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Neste artigo, caracterizam-se e analisam-se determinadas condições políticas, sociológicas e culturais do modo de praticar o “isolamento social”, como medida não farmacológica e preventiva à disseminação da “Corona Vírus Disease” (COVID-19), no estado de São Paulo. Para tanto, baseia-se nas respostas dadas por 4118 indivíduos, maiores de 18 anos, a um questionário que circulou online, entre abril e julho de 2020. Inicialmente, o artigo discute o caráter voluntário e não obrigatório da adesão ao isolamento social, no Brasil. Em seguida, destaca, no perfil dos respondentes, o nível de escolaridade, com o objetivo de averiguar possíveis incidências deste fator sobre a equação prática definidora do isolamento social – isto é: a permanência ou a saída do domicílio, assim como sobre os juízos a respeito dela. O artigo constata certa vantagem dos indivíduos com mais escolaridade, posto que não apenas tenham mais acesso às informações a respeito da doença, porém sejam também mais propensos a incorporá-las em suas reações. Por outro lado, de modo contra intuitivo, observa que estes indivíduos são também mais condescentes na avaliação de seu regime de restrições e licenciosidade. As razões disso são discutidas com base na perspectiva teórica de Pierre Bourdieu e Luc Boltanski.