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O presente trabalho tem como tema o impacto das politicas publicas na construção social da masculinidade, e analisa a maneira como os contextos normativos e culturais nos quais os indivíduos estão inseridos tornam-se os balizadores para a forma como serão interpretadas as noções de gênero, e por consequência, de masculinidades. Sabe-se que as políticas públicas de saúde no desenvolvimento das sociedades modernas sempre foram o principal instrumento de interferência estatal na busca pelo controle dos corpos e das mentalidades das populações governadas. Tem-se por referencial empírico o texto que institui a Política Nacional de Saúde do Homem e procura-se refletir na forma como o aparato estatal brasileiro atua como um agente regulador da conduta da população masculina do país, estabelecendo um horizonte subjetivo limitado para esses homens se constituírem. Constata-se que a noção de autonomia na construção do universo subjetivo masculino seria mais um recurso retorico do que uma realidade propriamente implementada.