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De cor: uma leitura de Che cos’è la poesia?, de Jacques Derrida
Poema, diálogo, ensaio, enumerações, ou nada disso: talvez Che cos’è la poesia? seja mesmo uma “coisa”, aquilo que escapa à representação. Na rasura da poesia, a escrita do poema, na rasura da ontologia, a escrita da coisa, na rasura do ser, a escrita do animal. Para duas enumerações econômicas, quatro parágrafos. No dobro, muitas dobras, para além dessas duas proposições, desses dois algarismos, dessas duas palavras, “de cor” (par coeur). Em uma economia da memória, uma economia libidinal, uma teoria sobre a poesia, um pensamento filosófico, uma ética, o incalculável. Se a metafísica ocidental tradicionalmente separou cérebro e coração, filosofia e poesia, incorpóreo e corpóreo, Derrida os articula neste ensaio e nos faz pensar que é através de um saber “de cor” que a experiência poemática pode ser pensada como uma travessia em que se lança e é lançado, a um só tempo, a uma exposição ao amor e à catástrofe.