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Foram organizadas rodas de conversas com 85 membros da comunidade (50 estudantes da escola) em que foi discutida a implementação deste projeto, intitulado por eles “Tai Porã/dentes saudáveis”. Foi estabelecido um mapa cognoscitivo intercientífico bilíngue em que os conhecimentos ocidentais e tradicionais se encontraram e identificamos um redimensionamento epistêmico. O dentista, que atende a aldeia através da Secretaria da Saúde Indígena (SESAI) ofereceu às crianças escovas, fios, pastas dentais e pastilhas evidenciadoras de placas para debater a importância da escovação na prevenção de doenças bucais. Com ajuda da comunidade, foi construído um “escovódromo” na escola para escovações diárias. Ao final dessa experiência, pesquisadores e a comunidade debateram sobre os resultados. A partir deste debate, é trazido aqui a reflexão de que a escola deve ser um lugar para propiciar um encontro de saberes. 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摘要
本文对形成我们西方文化的欧洲中心主义知识遗产进行了反思,邀请在实施口腔健康教育项目时考虑传统土著人民的知识,进行跨文化、非殖民和认识论间的讨论。为此,阿德里亚娜从她在位于Pindo Mirim村的瓜拉尼土著学校Mbya Nhamandu Nhemopu ' a担任教师的经历开始。这项行动研究的结构是这样的:孩子们因为吃了原本不属于传统习俗的食物,比如苏打水和糖,就会出现蛀牙、牙痛、牙垢等问题。与85名社区成员(50名学校学生)组织了一轮对话,讨论了这个名为“Tai pora /健康牙齿”的项目的实施。建立了一个跨科学的双语认知地图,其中西方知识和传统知识相遇,并确定了一个认知调整的维度。这位牙医通过土著卫生秘书处(SESAI)为该村服务,向儿童提供牙刷、牙线、牙膏和牙菌斑片,讨论刷牙在预防口腔疾病方面的重要性。在社区的帮助下,学校建立了一个“刷跑道”,用于日常刷牙。在实验结束时,研究人员和社区对结果进行了讨论。从这场辩论中,我们提出了一个反思,即学校应该是一个提供知识会议的地方。实践必须从多元的知识视角发展,促进跨文化、非殖民化和事实上的相互认知运动。
(Inter)Ações Interculturais e Interespistemológicas: Aplicação de um Projeto Pedagógico Decolonizador para Educação em Saúde Bucal na Escola Indígena Guarani Mbya Nhamandu Nhemopu’ã
Neste artigo é apresentada uma reflexão sobre a herança epistêmica eurocêntrica que formou nossa cultura ocidental, convidando para uma discussão intercultural, decolonial e interepistemológica ao considerar os conhecimentos dos povos tradicionais indígenas na implementação de um projeto voltado à educação em saúde bucal. Para tanto, Adriana partiu da sua experiência como professora da escola indígena Guarani Mbya Nhamandu Nhemopu’ã, localizada na aldeia de Pindo Mirim. Esta pesquisa-ação se estruturou tendo em vista que as crianças estavam apresentando problemas como cáries, dor de dente, tártaro por consumirem alimentos que originalmente não faziam parte dos costumes tradicionais – como refrigerantes e açúcares, por exemplo. Foram organizadas rodas de conversas com 85 membros da comunidade (50 estudantes da escola) em que foi discutida a implementação deste projeto, intitulado por eles “Tai Porã/dentes saudáveis”. Foi estabelecido um mapa cognoscitivo intercientífico bilíngue em que os conhecimentos ocidentais e tradicionais se encontraram e identificamos um redimensionamento epistêmico. O dentista, que atende a aldeia através da Secretaria da Saúde Indígena (SESAI) ofereceu às crianças escovas, fios, pastas dentais e pastilhas evidenciadoras de placas para debater a importância da escovação na prevenção de doenças bucais. Com ajuda da comunidade, foi construído um “escovódromo” na escola para escovações diárias. Ao final dessa experiência, pesquisadores e a comunidade debateram sobre os resultados. A partir deste debate, é trazido aqui a reflexão de que a escola deve ser um lugar para propiciar um encontro de saberes. As práticas devem ser desenvolvidas numa perspectiva plural de conhecimentos, propiciando movimentos interculturais, decolonizadores e interepistêmicos de fato.