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Resumo: Neste artigo, temos como objetivo apresentar e ampliar o conceito de feminismo popular na América Latina a partir do caso das mulheres de favelas que são reconhecidas pelo seu ativismo social e político. Para tal, partiremos das epistemologias feministas e decoloniais que nos permitem perceber as resistências geralmente invisibilizadas pela colonialidade do gênero e muitas vezes ignoradas pelo feminismo hegemônico. Metodologicamente, este estudo se alicerça em uma pesquisa qualitativa na qual foram realizadas entrevistas com 110 mulheres em 105 favelas do Rio de Janeiro. Apoiamo-nos, principalmente, nas respostas à questão sobre se considerarem feministas ou não e o motivo. Assim, propomos uma definição ampliada do feminismo popular que se caracteriza pela subjetividade específica dessas mulheres, sua articulação em rede, um compromisso radical pela favela e uma temporalidade de ação diferenciada na cidade.