30年的REF:我们抵抗并生存下来

Q3 Social Sciences Revista Estudos Feministas Pub Date : 2022-01-01 DOI:10.1590/1806-9584-2022v30n185998
Mara Coelho de Souza Lago, C. Wolff, T. R. O. Ramos, Luzinete Simões Minella
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摘要

在风险、否认、传染病复发、冠状病毒大流行进入新周期的时代,我们无法避免死亡和有限性的主题。当我们的杂志的贡献研究女权主义在信息披露的研究和暴力问题的研究,我们倡导“21天结束针对妇女的暴力”,获得性别研究所(调查/ s), 11月25日至2021年12月9日,特蕾莎Kleba文献编辑的文件和描述主题的重要性,强调女性主义者向杂志的作品我们已经离开,通过纪念部分。规范在不断适应的索引,我们不得不放弃这部分编辑的杂志和爱的讣告,路易莎(Luzinete MINELLA, 2016)是只记录编辑的在线期刊门户的年代和ses SciELO门户,到尽可能多的下载及访问。在制作该杂志的持续过程中,我们将我们对女权主义者的记忆包括在社论中,也包括在该杂志的其他部分,如本期,主题部分献给maria Lugones,她于2019年离开我们。现在我们需要记录黑人女权主义和贝尔胡克斯女权主义运动所遭受的损失——美国的黑人女权主义,与许多其他激进理论一起,参与了西方女权主义的觉醒,全球北方,质疑普遍女性的概念。为了谈论bell hooks和我们所经历的失落感,我们将这篇社论与Sandra azeredo的文章展开,Sandra azeredo是我们来自米纳斯吉拉斯州的女权主义同伴,她与hooks有着古老的友谊和共存纽带。玛丽亚Lugones,参与美国descoloniais研究的重要理论贡献或其他大洲的建造,在与汉尼拔Quijano(1991)的概念、类别的“colonialidade性别”(Lugones, 2014),导致的横向研究女权主义思想,考虑了在南方的原住民racializados接触的殖民者。这些人从非洲大陆被绑架,在南北国家被奴役,比如巴西。代表了这种重视全球南方产生的女权主义理论的范式,这种当前思想的重要表达并没有被理解
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Em tempos de riscos, negacionismos, recrudescimento de contágio, entrando em novo ciclo da pandemia de coronavírus, não podemos evitar o tema da morte, da finitude. Quando falamos das contribuições da Revista Estudos Feministas na divulgação de pesquisas e estudos sobre a questão da violência, nos “21 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, promovidos pelo Instituto de Estudos de Gênero (IEG/UFSC), entre os dias 25 de novembro e 09 de dezembro de 2021,1 Teresa Kleba, editora de Dossiê e Seção Temática da REF, ressaltou a importância das homenagens que a revista fazia às feministas que já nos haviam deixado, por meio da seção In Memoriam. Na constante adaptação às normativas de indexadores, tivemos que abrir mão desta seção na edição da revista e o obituário da saudosa Luiza Bairros (Luzinete MINELLA, 2016) está registrado apenas na edição online dos Portais de Periódicos da UFSC e do IEG, e não no Portal SciELO, aquele que alcança o maior número de downloads e acessos internacionais. Nesse processo contínuo do fazer da revista, temos incluído nossas memórias das feministas que perdemos no editorial e também em outras seções da revista, como neste número, com a Seção Temática dedicada à María Lugones, que nos deixou em 2019. Agora precisamos registrar a perda sofrida pelo feminismo negro e por todos os movimentos feministas de bell hooks – feminista negra dos Estados Unidos que participou, com muitas outras teóricas militantes, de uma tomada de consciência do feminismo ocidental, do Norte Global, questionando a concepção da mulher universal. Para falar de bell hooks e do sentimento de perda que vivenciamos, desdobramos este editorial com a escrita de Sandra Azerêdo, nossa companheira feminista de Minas Gerais, ligada a hooks por antigos laços de amizade e convivência. María Lugones, participando dos estudos descoloniais desenvolvidos nos Estados Unidos com a importante contribuição de teóricas/os de outros continentes construiu, no diálogo com as concepções de Aníbal Quijano (1991), a categoria de “colonialidade de gênero” (LUGONES, 2014), contribuindo para o descentramento dos estudos feministas, na consideração do pensamento produzido no Sul pelos povos nativos racializados no contato com o colonizador, e por aquela população sequestrada do continente africano para ser escravizada nos países do Norte e do Sul, como o Brasil. Representando este paradigma que valoriza as teorias feministas produzidas no Sul Global, esta importante expressão do pensamento atual não
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