Marcia Lisbôa Costa de Oliveira, Karina Rivelli Gonçalves Lima
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A abordagem funda-se na epistemologia freireana e na perspectiva do Letramento Crítico, compreendendo-se a educação como ato político, a literatura como direito humano e a leitura literária como experiência estética singular e multidimensional. Aplicou-se na interpretação dos dados do caderno de campo e da gravação a Análise de Conteúdo, identificando-se categorias neles recorrentes, organizadas em eixos temáticos: conhecimentos sobre o mundo; língua e poder; reconhecimento de desigualdades vividas; ilusão do real e identificação. Nas rodas, a leitura do mundo, as referências culturais e conhecimentos do grupo são acionados. Os resultados indicam que as características do conto e a estratégia de mediação favoreceram o engajamento dos jovens no processo de construção de sentidos, em que acionaram conhecimentos prévios, vivenciaram catarses e elaboraram reflexões crítica. 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“FALA DA GENTE, SABE?”: cenas de leitura do conto “Rolézim”, de Geovani Martins, com jovens em vulnerabilidade social
O artigo apresenta o recorte de uma pesquisa-ação socialmente crítica que implementou oficinas de língua portuguesa com jovens em vulnerabilidade que integram projetos de inclusão social do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e participam de projeto de extensão Letrajovem. O foco deste trabalho recai sobre a leitura do conto “Rolézim”, de Geovani Martins, o qual foi escolhido pela proximidade da variante linguística empregada, bem como das situações ficcionais, com aquelas vividas pelos participantes das oficinas. A abordagem funda-se na epistemologia freireana e na perspectiva do Letramento Crítico, compreendendo-se a educação como ato político, a literatura como direito humano e a leitura literária como experiência estética singular e multidimensional. Aplicou-se na interpretação dos dados do caderno de campo e da gravação a Análise de Conteúdo, identificando-se categorias neles recorrentes, organizadas em eixos temáticos: conhecimentos sobre o mundo; língua e poder; reconhecimento de desigualdades vividas; ilusão do real e identificação. Nas rodas, a leitura do mundo, as referências culturais e conhecimentos do grupo são acionados. Os resultados indicam que as características do conto e a estratégia de mediação favoreceram o engajamento dos jovens no processo de construção de sentidos, em que acionaram conhecimentos prévios, vivenciaram catarses e elaboraram reflexões crítica. A experiência corroborou a hipótese de que a aproximação com as vivências dos participantes estimularia a interação com o texto e reafirmou a relevância da adoção de perspectivas críticas e colaborativas na democratização da leitura literária com pessoas em vulnerabilidade social. Palavras-chave: Democratização da Leitura. Literatura. Justiça Social.