{"title":"在高中阅读文学经典","authors":"Adriana Pin, M. A. Dalvi","doi":"10.34024/olhares.2023.v11.14290","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo, que sintetiza os resultados de um estudo teórico-bibliográfico, dedica-se a uma questão encontrada por professores de Língua Portuguesa e Literatura atuantes nos últimos anos da educação básica. A Pedagogia das Competências foi erigida como teoria pedagógica de Estado, o que vem sendo apontado como incompatível com uma educação literária em seu sentido pleno. Neste novo quadro, é relevante trabalhar com clássicos literários, muitos deles produzidos há séculos atrás – portanto, aparentemente muito distantes dos adolescentes e jovens contemporâneos? O artigo defende a manutenção do ensino de leitura literária de textos e obras clássicos no nível médio, considerando a especificidade da educação escolar e sua contribuição para a formação humana, sob inspiração da Pedagogia Histórico-Crítica em sua articulação com a Psicologia Histórico-Cultural. Compreende a leitura literária dos clássicos como possibilidade afim a um ensino desenvolvimental, que tem por meio e finalidade tanto a socialização do saber sistematizado quanto a elucidação e superação das condições objetivas postas, que tendem a dificultar – quando não impossibilitar – a produção e circulação de conhecimentos literários que integrem os planos do sensível e do inteligível, na realidade da educação pública brasileira contemporânea. Partindo do pressuposto de que, na sociedade capitalista, a apropriação dessas objetivações não está garantida, principalmente para as pessoas desfavorecidas socioeconomicamente, tal proposta configura-se em chave contra-hegemônica.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-05-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"LEITURA DE CLÁSSICOS LITERÁRIOS NO ENSINO MÉDIO\",\"authors\":\"Adriana Pin, M. A. Dalvi\",\"doi\":\"10.34024/olhares.2023.v11.14290\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo, que sintetiza os resultados de um estudo teórico-bibliográfico, dedica-se a uma questão encontrada por professores de Língua Portuguesa e Literatura atuantes nos últimos anos da educação básica. A Pedagogia das Competências foi erigida como teoria pedagógica de Estado, o que vem sendo apontado como incompatível com uma educação literária em seu sentido pleno. Neste novo quadro, é relevante trabalhar com clássicos literários, muitos deles produzidos há séculos atrás – portanto, aparentemente muito distantes dos adolescentes e jovens contemporâneos? O artigo defende a manutenção do ensino de leitura literária de textos e obras clássicos no nível médio, considerando a especificidade da educação escolar e sua contribuição para a formação humana, sob inspiração da Pedagogia Histórico-Crítica em sua articulação com a Psicologia Histórico-Cultural. Compreende a leitura literária dos clássicos como possibilidade afim a um ensino desenvolvimental, que tem por meio e finalidade tanto a socialização do saber sistematizado quanto a elucidação e superação das condições objetivas postas, que tendem a dificultar – quando não impossibilitar – a produção e circulação de conhecimentos literários que integrem os planos do sensível e do inteligível, na realidade da educação pública brasileira contemporânea. Partindo do pressuposto de que, na sociedade capitalista, a apropriação dessas objetivações não está garantida, principalmente para as pessoas desfavorecidas socioeconomicamente, tal proposta configura-se em chave contra-hegemônica.\",\"PeriodicalId\":40381,\"journal\":{\"name\":\"Revista Olhres\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2023-05-29\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Olhres\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.34024/olhares.2023.v11.14290\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"Q4\",\"JCRName\":\"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Olhres","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/olhares.2023.v11.14290","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
Este artigo, que sintetiza os resultados de um estudo teórico-bibliográfico, dedica-se a uma questão encontrada por professores de Língua Portuguesa e Literatura atuantes nos últimos anos da educação básica. A Pedagogia das Competências foi erigida como teoria pedagógica de Estado, o que vem sendo apontado como incompatível com uma educação literária em seu sentido pleno. Neste novo quadro, é relevante trabalhar com clássicos literários, muitos deles produzidos há séculos atrás – portanto, aparentemente muito distantes dos adolescentes e jovens contemporâneos? O artigo defende a manutenção do ensino de leitura literária de textos e obras clássicos no nível médio, considerando a especificidade da educação escolar e sua contribuição para a formação humana, sob inspiração da Pedagogia Histórico-Crítica em sua articulação com a Psicologia Histórico-Cultural. Compreende a leitura literária dos clássicos como possibilidade afim a um ensino desenvolvimental, que tem por meio e finalidade tanto a socialização do saber sistematizado quanto a elucidação e superação das condições objetivas postas, que tendem a dificultar – quando não impossibilitar – a produção e circulação de conhecimentos literários que integrem os planos do sensível e do inteligível, na realidade da educação pública brasileira contemporânea. Partindo do pressuposto de que, na sociedade capitalista, a apropriação dessas objetivações não está garantida, principalmente para as pessoas desfavorecidas socioeconomicamente, tal proposta configura-se em chave contra-hegemônica.