M. Bezerra, Ana Luiza De Oliveira Barboza, Emilly Roanita Santana Silva, Érika Arantes de Oliveira Cardoso, Darlen Cardoso de Carvalho
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Paralelamente, avaliar o impacto da prevalência da comercialização de AZ em 2020 nas cinco regiões geográficas brasileiras. Material e métodos: O estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados de comercialização da AZ foram retirados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Posteriormente foram copilados para análise no software estatístico BioEstat. O teste de qui-quadrado (ꭓ2) de Pearson foi utilizado para a análise de associação entre o total de AZ comercializado os anos de 2019 e 2020. Para essa análise foi considerado o valor de p≤0,05 como significativo. Resultados: A AZ totalizou em 2020 no Brasil 2.632.624 caixas ou frascos vendidos, sendo a região Sudeste a que obteve maior comercialização (1319360), seguida do Sul (477879), Nordeste (420912), Centro-oeste (278842) e Norte (135631). Em relação ao comparativo da comercialização de AZ entre o ano pré-pandêmico de 2019 e o pandêmico de 2020 nas regiões geográficas brasileira, evidenciou-se uma diferença de 75.903 de caixas ou frascos vendidas a mais no ano de 2020 em comparação ao ano anterior, com o maior aumento encontrado na região Centro-Oeste e Sul do país. As diferenças de comercialização de AZ entre os anos de 2019 e 2020 foram estatisticamente significantes para todas as regiões brasileiras (p<0,05). Conclusão: Constatou-se o potencial aumento do consumo de AZ no Brasil durante a pandemia da COVID-19. Esses dados servem de alerta para elaboração de ações públicas em prol do uso seguro e racional de AZ e prevenção de resistência bacterina.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ANÁLISE DA COMERCIALIZAÇÃO DA AZITROMICINA NA PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL.\",\"authors\":\"M. Bezerra, Ana Luiza De Oliveira Barboza, Emilly Roanita Santana Silva, Érika Arantes de Oliveira Cardoso, Darlen Cardoso de Carvalho\",\"doi\":\"10.51161/conbracif/10\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A infecção por coronavírus (COVID-19) afetou mais de 22 milhões de brasileiros, causando mais de 600 mil mortes. 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ANÁLISE DA COMERCIALIZAÇÃO DA AZITROMICINA NA PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL.
Introdução: A infecção por coronavírus (COVID-19) afetou mais de 22 milhões de brasileiros, causando mais de 600 mil mortes. No Brasil houve intensa busca por medicamentos candidatos para o tratamento da doença, incluindo o antibiótico macrolídeo Azitromicina (AZ). AZ é usado principalmente para o tratamento de infecções bacterianas respiratórias, entéricas e geniturinárias e não há, até o momento, evidências clínicas bem controladas, prospectivas e randomizadas para apoiar a terapia com AZ na COVID-19. A sua utilização indiscriminada compete para o surgimento de resistência bacteriana e efeitos adversos cardíacos indesejáveis. Objetivo: Comparar a comercialização de AZ entre o ano pré-pandêmico de 2019 e o ano pandêmico de 2020. Paralelamente, avaliar o impacto da prevalência da comercialização de AZ em 2020 nas cinco regiões geográficas brasileiras. Material e métodos: O estudo tem caráter transversal, descritivo e quantitativo. Os dados de comercialização da AZ foram retirados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Posteriormente foram copilados para análise no software estatístico BioEstat. O teste de qui-quadrado (ꭓ2) de Pearson foi utilizado para a análise de associação entre o total de AZ comercializado os anos de 2019 e 2020. Para essa análise foi considerado o valor de p≤0,05 como significativo. Resultados: A AZ totalizou em 2020 no Brasil 2.632.624 caixas ou frascos vendidos, sendo a região Sudeste a que obteve maior comercialização (1319360), seguida do Sul (477879), Nordeste (420912), Centro-oeste (278842) e Norte (135631). Em relação ao comparativo da comercialização de AZ entre o ano pré-pandêmico de 2019 e o pandêmico de 2020 nas regiões geográficas brasileira, evidenciou-se uma diferença de 75.903 de caixas ou frascos vendidas a mais no ano de 2020 em comparação ao ano anterior, com o maior aumento encontrado na região Centro-Oeste e Sul do país. As diferenças de comercialização de AZ entre os anos de 2019 e 2020 foram estatisticamente significantes para todas as regiões brasileiras (p<0,05). Conclusão: Constatou-se o potencial aumento do consumo de AZ no Brasil durante a pandemia da COVID-19. Esses dados servem de alerta para elaboração de ações públicas em prol do uso seguro e racional de AZ e prevenção de resistência bacterina.