{"title":"Abionan和Exu在中间相遇:小说三部曲的展开,在Antonio Olinto","authors":"Luis Henrique Novais","doi":"10.1590/2596-304x20232548lhsn","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO: Este trabalho investiga os mecanismos que, a partir de uma exigência interna da linguagem narrativa olintiana, operam o desdobramento do romance em trilogia, resultando na série literária Alma da África. Buscou-se, seguindo a trilha indicada por Pereira (2017) e Sodré (2017), aproximação teórico-crítica entre a operação da dobra (DELEUZE, 1991) e elementos específicos da mitologia e da cultura iorubá, fortemente presentes na trilogia. Foi analisado o modo como se estrutura a relação entre os três romances, partindo da função desempenhada pelo segundo livro, O rei de Keto (OLINTO, 2007b). Com isso, considerando particularmente as conexões entre a protagonista Abionan e o Orixá Exu (PRANDI, 2020; VERGER, 2018), identificou-se uma economia narrativa pautada pelos princípios de ambivalência, repetição e expansão responsáveis, entre outras coisas, pela afirmação de certa experiência existencial relativa à visão de mundo iorubá. Tais princípios, que as figuras de Exu e de Abionan condensam especialmente, promovem a força expansiva da linguagem narrativa olintiana. Tal efeito é verificado, por exemplo, na sintaxe da frase, em que a opção pela vírgula, em vez do ponto final, demanda continuidade; mas também na ampla sintaxe da trilogia, na qual sobretudo o segundo livro se comporta como romance-vírgula, abrindo espaço para a expansão da forma romanesca.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"9 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-04-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":"{\"title\":\"Abionan e Exu se encontram no meio do caminho: o desdobramento do romance em trilogia, em Antonio Olinto\",\"authors\":\"Luis Henrique Novais\",\"doi\":\"10.1590/2596-304x20232548lhsn\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"RESUMO: Este trabalho investiga os mecanismos que, a partir de uma exigência interna da linguagem narrativa olintiana, operam o desdobramento do romance em trilogia, resultando na série literária Alma da África. Buscou-se, seguindo a trilha indicada por Pereira (2017) e Sodré (2017), aproximação teórico-crítica entre a operação da dobra (DELEUZE, 1991) e elementos específicos da mitologia e da cultura iorubá, fortemente presentes na trilogia. Foi analisado o modo como se estrutura a relação entre os três romances, partindo da função desempenhada pelo segundo livro, O rei de Keto (OLINTO, 2007b). Com isso, considerando particularmente as conexões entre a protagonista Abionan e o Orixá Exu (PRANDI, 2020; VERGER, 2018), identificou-se uma economia narrativa pautada pelos princípios de ambivalência, repetição e expansão responsáveis, entre outras coisas, pela afirmação de certa experiência existencial relativa à visão de mundo iorubá. Tais princípios, que as figuras de Exu e de Abionan condensam especialmente, promovem a força expansiva da linguagem narrativa olintiana. Tal efeito é verificado, por exemplo, na sintaxe da frase, em que a opção pela vírgula, em vez do ponto final, demanda continuidade; mas também na ampla sintaxe da trilogia, na qual sobretudo o segundo livro se comporta como romance-vírgula, abrindo espaço para a expansão da forma romanesca.\",\"PeriodicalId\":33855,\"journal\":{\"name\":\"Revista Brasileira de Literatura Comparada\",\"volume\":\"9 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-04-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"1\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Brasileira de Literatura Comparada\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.1590/2596-304x20232548lhsn\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20232548lhsn","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Abionan e Exu se encontram no meio do caminho: o desdobramento do romance em trilogia, em Antonio Olinto
RESUMO: Este trabalho investiga os mecanismos que, a partir de uma exigência interna da linguagem narrativa olintiana, operam o desdobramento do romance em trilogia, resultando na série literária Alma da África. Buscou-se, seguindo a trilha indicada por Pereira (2017) e Sodré (2017), aproximação teórico-crítica entre a operação da dobra (DELEUZE, 1991) e elementos específicos da mitologia e da cultura iorubá, fortemente presentes na trilogia. Foi analisado o modo como se estrutura a relação entre os três romances, partindo da função desempenhada pelo segundo livro, O rei de Keto (OLINTO, 2007b). Com isso, considerando particularmente as conexões entre a protagonista Abionan e o Orixá Exu (PRANDI, 2020; VERGER, 2018), identificou-se uma economia narrativa pautada pelos princípios de ambivalência, repetição e expansão responsáveis, entre outras coisas, pela afirmação de certa experiência existencial relativa à visão de mundo iorubá. Tais princípios, que as figuras de Exu e de Abionan condensam especialmente, promovem a força expansiva da linguagem narrativa olintiana. Tal efeito é verificado, por exemplo, na sintaxe da frase, em que a opção pela vírgula, em vez do ponto final, demanda continuidade; mas também na ampla sintaxe da trilogia, na qual sobretudo o segundo livro se comporta como romance-vírgula, abrindo espaço para a expansão da forma romanesca.