A. Maroja, Tania Machado da Silva, S. Garavelli, L. F. Zara
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Na segunda etapa foram realizadas simulações computacionais que definiram a configuração e a potência da fonte sonora necessária para a barreira. Na terceira etapa foi realizada a caracterização dos sons aéreos e subaquáticos nas imediaçõesda Usina. Nesta etapa foram realizados testes in situ utilizando o arranjo simulado com a fonte sonora da Lubell LL916 e o hidrofone C75 da Cetacean Research, testando a eficiência de 4 diferentes configurações de ruído: rosa; trovão; tiro e com componentes tonais bem definidos. Os testes foram realizados no vertedouro da Usina hidrelétrica Jirau, onde foram monitoradas a movimentação de peixes antes e durante o acionamento da fonte sonora. Os resultados indicaram que todos os diferentes tipos de sons têm potencial de aumentar a movimentação dos peixes, entretanto com desempenhos diferentes. O som gerado com componentes tonais aumentou em 57% a movimentação, o ruído de trovão em 43%, o ruído de tiro em 37% e o ruído rosa em 29%. 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Reação da ictiofauna da região amazônica a diferentes impulsos sonoros
Este trabalho é parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D - 06631-0009/2019), que tem como objetivo desenvolver e validar estratégias tecnológicas integrando sistemas físico-químicos para a repulsão da ictiofauna do tubo de sucção durante o desligamento das unidades geradoras da Usina Hidrelétrica Jirau, localizada no rio Madeira, estado de Rondônia, Brasil. Uma das estratégias é a barreira acústica, que está sendo desenvolvida de forma a atender as particularidades das espécies de peixes amazônicos da área de estudo. A barreira irá evitar e/ou minimizar a entrada de peixes nos tubos de sucção durante paradas e retomadas das turbinas. Na primeira etapa, foram identificados parâmetros acústicos: limiar auditivo e faixa de frequência de audição dos peixes mais comuns capturados na Usina. Na segunda etapa foram realizadas simulações computacionais que definiram a configuração e a potência da fonte sonora necessária para a barreira. Na terceira etapa foi realizada a caracterização dos sons aéreos e subaquáticos nas imediaçõesda Usina. Nesta etapa foram realizados testes in situ utilizando o arranjo simulado com a fonte sonora da Lubell LL916 e o hidrofone C75 da Cetacean Research, testando a eficiência de 4 diferentes configurações de ruído: rosa; trovão; tiro e com componentes tonais bem definidos. Os testes foram realizados no vertedouro da Usina hidrelétrica Jirau, onde foram monitoradas a movimentação de peixes antes e durante o acionamento da fonte sonora. Os resultados indicaram que todos os diferentes tipos de sons têm potencial de aumentar a movimentação dos peixes, entretanto com desempenhos diferentes. O som gerado com componentes tonais aumentou em 57% a movimentação, o ruído de trovão em 43%, o ruído de tiro em 37% e o ruído rosa em 29%. Esses resultados são promissores e serão aplicados em testes nos tubos de sucção na próxima etapa do estudo.