A. M. Rodrigues, J. Lourenço, P. Mateus, Manuel Blasco Ruíz, F. I. Pitacas
{"title":"用臭爱森菌喂养achiga (Micropterus salmoides, lacepede, 1802)的生长参数(Savigny, 1826)","authors":"A. M. Rodrigues, J. Lourenço, P. Mateus, Manuel Blasco Ruíz, F. I. Pitacas","doi":"10.34188/bjaerv6n3-029","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O achigã (Micropterus salmoides Lacépède, 1802) é uma espécie piscícola de águas interiores com elevado interesse gastronómico em Portugal. A Eisenia fetida (Savigny, 1826) é uma boa fonte de proteína para utilizar na alimentação animal. No entanto, o baixo teor em matéria seca (19,03%) e os elevados teores em fibra bruta (5,83%) e em cinzas (10,70%), principalmente terra, poderão ser um fator limitante à sua utilização como alimento para peixes carnívoros. Com o objetivo de avaliar o interesse da utilização de E. fetida na alimentação de peixes, em setembro foram capturados 22 juvenis de achigã (0+ anos) numa pequena barragem de rega (N 39º49’27,89’’; O 07º26’57,92’’). Os achigãs foram colocados em três tanques para habituação a um alimento composto comercial. Como em Portugal não se produzem alimentos compostos específicos para achigãs foi utilizado um alimento composto comercial formulado para douradas (Sparus aurata Linnaeus, 1758) e robalos (Dicentrarchus labrax Linnaeus, 1758) (proteína bruta 49,74% MS e gordura bruta 18,07% MS). Ao fim de três semanas, 86,4% dos peixes já ingeriam o alimento sólido. Não foi necessária habituação à E. fetida uma vez que faz parte da alimentação natural do achigã. Em 13 outubro, dos 22 achigãs iniciais foram selecionados aleatoriamente 16 que foram colocados em dois tanques (8 peixes/tanque com 0,048m3 de água). No tanque G1 (E. fetida) e tanque G2 (alimento granulado) o peso, o comprimento, o fator K e a densidade iniciais foram, respetivamente, 13,62 g e 13,40 g (p>0,05); 10,49 cm e 10,39 cm (p>0,05); 1,160 e 1,179 (p>0,05); 2,27 kg/m3 e 2,23 kg/m3. Durante o ensaio, com duração de 179 dias, a temperatura média da água variou entre 17,1ºC e 24,5ºC e a taxa de sobrevivência foi de 100%. No dia 179 do ensaio, os valores médios de peso, comprimento, fator K e produtividade nos tanques G1 e G2 foram, respetivamente, 31,54 g e 40,87 g (p<0,05); 13,01 cm e 14,28 cm (p<0,05); 1,410 e 1,388 (p>0,05); 5,25 kg/m3 e 6,80 kg/m3. Os resultados obtidos parecem indicar que a E. fetida pode ser utilizada na alimentação de achigãs.","PeriodicalId":9294,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Animal and Environmental Research","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Parâmetros de crescimento de achigãs (Micropterus salmoides, Lacépède, 1802) alimentados com Eisenia fetida (Savigny, 1826)\",\"authors\":\"A. M. Rodrigues, J. Lourenço, P. Mateus, Manuel Blasco Ruíz, F. I. Pitacas\",\"doi\":\"10.34188/bjaerv6n3-029\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O achigã (Micropterus salmoides Lacépède, 1802) é uma espécie piscícola de águas interiores com elevado interesse gastronómico em Portugal. A Eisenia fetida (Savigny, 1826) é uma boa fonte de proteína para utilizar na alimentação animal. No entanto, o baixo teor em matéria seca (19,03%) e os elevados teores em fibra bruta (5,83%) e em cinzas (10,70%), principalmente terra, poderão ser um fator limitante à sua utilização como alimento para peixes carnívoros. Com o objetivo de avaliar o interesse da utilização de E. fetida na alimentação de peixes, em setembro foram capturados 22 juvenis de achigã (0+ anos) numa pequena barragem de rega (N 39º49’27,89’’; O 07º26’57,92’’). Os achigãs foram colocados em três tanques para habituação a um alimento composto comercial. Como em Portugal não se produzem alimentos compostos específicos para achigãs foi utilizado um alimento composto comercial formulado para douradas (Sparus aurata Linnaeus, 1758) e robalos (Dicentrarchus labrax Linnaeus, 1758) (proteína bruta 49,74% MS e gordura bruta 18,07% MS). Ao fim de três semanas, 86,4% dos peixes já ingeriam o alimento sólido. Não foi necessária habituação à E. fetida uma vez que faz parte da alimentação natural do achigã. Em 13 outubro, dos 22 achigãs iniciais foram selecionados aleatoriamente 16 que foram colocados em dois tanques (8 peixes/tanque com 0,048m3 de água). No tanque G1 (E. fetida) e tanque G2 (alimento granulado) o peso, o comprimento, o fator K e a densidade iniciais foram, respetivamente, 13,62 g e 13,40 g (p>0,05); 10,49 cm e 10,39 cm (p>0,05); 1,160 e 1,179 (p>0,05); 2,27 kg/m3 e 2,23 kg/m3. Durante o ensaio, com duração de 179 dias, a temperatura média da água variou entre 17,1ºC e 24,5ºC e a taxa de sobrevivência foi de 100%. No dia 179 do ensaio, os valores médios de peso, comprimento, fator K e produtividade nos tanques G1 e G2 foram, respetivamente, 31,54 g e 40,87 g (p<0,05); 13,01 cm e 14,28 cm (p<0,05); 1,410 e 1,388 (p>0,05); 5,25 kg/m3 e 6,80 kg/m3. Os resultados obtidos parecem indicar que a E. fetida pode ser utilizada na alimentação de achigãs.\",\"PeriodicalId\":9294,\"journal\":{\"name\":\"Brazilian Journal of Animal and Environmental Research\",\"volume\":\"44 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-07-24\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Brazilian Journal of Animal and Environmental Research\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.34188/bjaerv6n3-029\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Brazilian Journal of Animal and Environmental Research","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34188/bjaerv6n3-029","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Parâmetros de crescimento de achigãs (Micropterus salmoides, Lacépède, 1802) alimentados com Eisenia fetida (Savigny, 1826)
O achigã (Micropterus salmoides Lacépède, 1802) é uma espécie piscícola de águas interiores com elevado interesse gastronómico em Portugal. A Eisenia fetida (Savigny, 1826) é uma boa fonte de proteína para utilizar na alimentação animal. No entanto, o baixo teor em matéria seca (19,03%) e os elevados teores em fibra bruta (5,83%) e em cinzas (10,70%), principalmente terra, poderão ser um fator limitante à sua utilização como alimento para peixes carnívoros. Com o objetivo de avaliar o interesse da utilização de E. fetida na alimentação de peixes, em setembro foram capturados 22 juvenis de achigã (0+ anos) numa pequena barragem de rega (N 39º49’27,89’’; O 07º26’57,92’’). Os achigãs foram colocados em três tanques para habituação a um alimento composto comercial. Como em Portugal não se produzem alimentos compostos específicos para achigãs foi utilizado um alimento composto comercial formulado para douradas (Sparus aurata Linnaeus, 1758) e robalos (Dicentrarchus labrax Linnaeus, 1758) (proteína bruta 49,74% MS e gordura bruta 18,07% MS). Ao fim de três semanas, 86,4% dos peixes já ingeriam o alimento sólido. Não foi necessária habituação à E. fetida uma vez que faz parte da alimentação natural do achigã. Em 13 outubro, dos 22 achigãs iniciais foram selecionados aleatoriamente 16 que foram colocados em dois tanques (8 peixes/tanque com 0,048m3 de água). No tanque G1 (E. fetida) e tanque G2 (alimento granulado) o peso, o comprimento, o fator K e a densidade iniciais foram, respetivamente, 13,62 g e 13,40 g (p>0,05); 10,49 cm e 10,39 cm (p>0,05); 1,160 e 1,179 (p>0,05); 2,27 kg/m3 e 2,23 kg/m3. Durante o ensaio, com duração de 179 dias, a temperatura média da água variou entre 17,1ºC e 24,5ºC e a taxa de sobrevivência foi de 100%. No dia 179 do ensaio, os valores médios de peso, comprimento, fator K e produtividade nos tanques G1 e G2 foram, respetivamente, 31,54 g e 40,87 g (p<0,05); 13,01 cm e 14,28 cm (p<0,05); 1,410 e 1,388 (p>0,05); 5,25 kg/m3 e 6,80 kg/m3. Os resultados obtidos parecem indicar que a E. fetida pode ser utilizada na alimentação de achigãs.