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O equilíbrio de uma interação pode depender da maneira como os participantes reagem diante dos conflitos que brotam durante a conversação. A partir do momento em que se inicia a interação, há um jogo de interesses diversos e, até de forma intuitiva, locutor e interlocutor negociam, a fim de conseguirem um determinado equilíbrio. Em geral, é o equilíbrio que marca as interações, ainda que haja ocasiões em que uma das partes, ou ambas, desejam o conflito. Sabe-se que é arriscado afirmar que determinada interação é ou não descortês, pois, dependendo de vários fatores, como contexto, relação de poder e distância social entre os interlocutores e grau de imposição do ato diretivo, uma determinada interação, aparentemente, descortês, pode não ser, propriamente, descortês. Em consonância com Fuentes Rodriguez e Brenes Peña (2013), consideramos que há dois polos, cortesia e descortesia, entre os quais existe um continuum gradual que precisa ser observado. Nosso objetivo é fazer considerações a respeito desses dois polos, embasados em dois modelos: Brown e Levinson (1987) e Culpeper (1996).