Pub Date : 2024-01-08DOI: 10.22168/2237-6321-22648
Maria Ladjane dos Santos Pereira
Para que esta resenha possa ser lida por você, leitor deste periódico, aponto para um dos caros conceitos explorados na obra de Bezerra (2022), o uptake. Valho-me, portanto, da metáfora de Freadman (1994), ao considerar a chamada de submissão da revista como o lançamento da bola que deu início ao jogo. Em resposta, envio o texto que, dentro das regras do jogo, se apresenta ao público como parte do conteúdo desta edição. É nesta direção, de uma concepção de gêneros para além de definições centradas em um ou outro aspecto de natureza mais estrutural ou composicional que caminha a obra em destaque.Neste livro, o autor apresenta os gêneros considerando a sua complexidade e, consequentemente, dá conta de explorar as relações contextuais para a compreensão desse objeto. Em seus termos, “o gênero é complexo como a linguagem é complexa, como os seres humanos que a constituem e por ela são constituídos são complexos” (p. 18).
{"title":"Resenha do livro “O gênero como ele é (e como não é)”, de Benedito Gomes Bezerra","authors":"Maria Ladjane dos Santos Pereira","doi":"10.22168/2237-6321-22648","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-22648","url":null,"abstract":"Para que esta resenha possa ser lida por você, leitor deste periódico, aponto para um dos caros conceitos explorados na obra de Bezerra (2022), o uptake. Valho-me, portanto, da metáfora de Freadman (1994), ao considerar a chamada de submissão da revista como o lançamento da bola que deu início ao jogo. Em resposta, envio o texto que, dentro das regras do jogo, se apresenta ao público como parte do conteúdo desta edição. É nesta direção, de uma concepção de gêneros para além de definições centradas em um ou outro aspecto de natureza mais estrutural ou composicional que caminha a obra em destaque.Neste livro, o autor apresenta os gêneros considerando a sua complexidade e, consequentemente, dá conta de explorar as relações contextuais para a compreensão desse objeto. Em seus termos, “o gênero é complexo como a linguagem é complexa, como os seres humanos que a constituem e por ela são constituídos são complexos” (p. 18).","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"51 42","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139447060","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-23DOI: 10.22168/2237-6321-12598
Ernesto Mário Dimande
No presente artigo discutimos as estratégias de indeterminação de sujeito na língua ronga, uma língua bantu integrada no grupo Tswa-Ronga (S50), falada na Província e Cidade de Maputo. A discussão deste tema tem como objetivo identificar estratégias que os falantes desta língua adotam no processo de indeterminação de sujeito. A análise de dados recolhidos através de um questionário estruturado e administrado a 20 falantes nativos da variante dialectal Xinondrwana e analisados com base nas abordagens de Mioto, Silva e Lopes (2004), Perini (2010), Bechara (2010) e Cunha e Cintra (2011), sugere que para os falantes desta língua indeterminar o sujeito implicam a adoção de três estratégias: i. flexão do verbo na 3ª pessoa do plural; ii. uso da passiva, através dos morfemas indeterminadores ku- e -iw-; e iii. o preposicionamento de sujeito com referência genérica.
{"title":"Estratégias de indeterminação de sujeito nas línguas bantu: o caso da língua ronga","authors":"Ernesto Mário Dimande","doi":"10.22168/2237-6321-12598","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12598","url":null,"abstract":"No presente artigo discutimos as estratégias de indeterminação de sujeito na língua ronga, uma língua bantu integrada no grupo Tswa-Ronga (S50), falada na Província e Cidade de Maputo. A discussão deste tema tem como objetivo identificar estratégias que os falantes desta língua adotam no processo de indeterminação de sujeito. A análise de dados recolhidos através de um questionário estruturado e administrado a 20 falantes nativos da variante dialectal Xinondrwana e analisados com base nas abordagens de Mioto, Silva e Lopes (2004), Perini (2010), Bechara (2010) e Cunha e Cintra (2011), sugere que para os falantes desta língua indeterminar o sujeito implicam a adoção de três estratégias: i. flexão do verbo na 3ª pessoa do plural; ii. uso da passiva, através dos morfemas indeterminadores ku- e -iw-; e iii. o preposicionamento de sujeito com referência genérica.","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"15 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74098087","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-18DOI: 10.22168/2237-6321-12682
E. Bispo, S. Cavalcante, V. V. Rodrigues
{"title":"Do discurso para a gramática: a relação entre uso e estrutura","authors":"E. Bispo, S. Cavalcante, V. V. Rodrigues","doi":"10.22168/2237-6321-12682","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12682","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"64 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85603226","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-14DOI: 10.22168/2237-6321-12592
M. H. D. M. Neves
O objetivo do estudo é, com apoio na teoria funcionalista da linguagem, problematizar as interfaces da língua em uso, pondo centro especial na gramática que rege a língua e considerando todo o entorno da produção da linguagem. Em busca de paralelos com o próprio texto, parte-se da entidade “oração”, que é problematizada como organização da informação, como organização da interação linguística e como organização semântica. Entra em questão todo o processamento de configuração das cadeias linguísticas que se produzam, considerada a interface com o próprio fazer da linguagem, expandido na vivência em comunidade de língua. No exame fica evidente que, para o resultado semântico e para o efeito pragmático pretendidos, releva a existência de uma determinação pragmática sobre o arranjo sintático. A conclusão é que a consciência dessa integração que aciona a gramática, levando à produção linguística, é o que permite a separação analítica dos processos, garantindo análises teoricamente sustentadas.
{"title":"As interfaces da língua em uso. Um tratamento funcionalista da entidade “oração”","authors":"M. H. D. M. Neves","doi":"10.22168/2237-6321-12592","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12592","url":null,"abstract":"O objetivo do estudo é, com apoio na teoria funcionalista da linguagem, problematizar as interfaces da língua em uso, pondo centro especial na gramática que rege a língua e considerando todo o entorno da produção da linguagem. Em busca de paralelos com o próprio texto, parte-se da entidade “oração”, que é problematizada como organização da informação, como organização da interação linguística e como organização semântica. Entra em questão todo o processamento de configuração das cadeias linguísticas que se produzam, considerada a interface com o próprio fazer da linguagem, expandido na vivência em comunidade de língua. No exame fica evidente que, para o resultado semântico e para o efeito pragmático pretendidos, releva a existência de uma determinação pragmática sobre o arranjo sintático. A conclusão é que a consciência dessa integração que aciona a gramática, levando à produção linguística, é o que permite a separação analítica dos processos, garantindo análises teoricamente sustentadas.","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"98 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87709107","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.22168/2237-6321-12600
Amanda Krüger Cardoso de Freitas, Leosmar Aparecido da Silva, Mirian Santos de Cerqueira
O presente artigo aborda o tratamento dado por gramáticos descritivistas, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelo livro didático, às orações coordenadas adversativas e às subordinadas concessivas quanto à inter-relação existente entre elas. No que se refere à metodologia, esta pesquisa é do tipo documental, uma vez que toma como corpus de análise o livro didático Aprender e praticar gramática, de Mauro Ferreira, destinado ao ensino médio. Os resultados do estudo mostraram que a BNCC recomenda o trabalho com os efeitos de sentido das orações coordenadas adversativas e das orações adverbiais concessivas, sem tratar necessariamente da relação de sentido entre ambas. Em relação ao livro didático, a pesquisa revelou que a relação não é feita na explicação do conteúdo, mas é feita em uma atividade de forma ainda incipiente. Trabalhos desta natureza podem contribuir para um ensino mais produtivo de língua portuguesa.
{"title":"O fenômeno da oposição em cláusulas coordenadas e subordinadas no ensino de português","authors":"Amanda Krüger Cardoso de Freitas, Leosmar Aparecido da Silva, Mirian Santos de Cerqueira","doi":"10.22168/2237-6321-12600","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12600","url":null,"abstract":"O presente artigo aborda o tratamento dado por gramáticos descritivistas, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelo livro didático, às orações coordenadas adversativas e às subordinadas concessivas quanto à inter-relação existente entre elas. No que se refere à metodologia, esta pesquisa é do tipo documental, uma vez que toma como corpus de análise o livro didático Aprender e praticar gramática, de Mauro Ferreira, destinado ao ensino médio. Os resultados do estudo mostraram que a BNCC recomenda o trabalho com os efeitos de sentido das orações coordenadas adversativas e das orações adverbiais concessivas, sem tratar necessariamente da relação de sentido entre ambas. Em relação ao livro didático, a pesquisa revelou que a relação não é feita na explicação do conteúdo, mas é feita em uma atividade de forma ainda incipiente. Trabalhos desta natureza podem contribuir para um ensino mais produtivo de língua portuguesa.","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"20 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82758935","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.22168/2237-6321-12601
D. O. Silva, Joceli Catarina Stassi-Sé
A pesquisa investiga, no âmbito da articulação de orações, construções encabeçadas por como em ocorrências parentéticas (JUBRAN, 2006) do tipo como se diz, como sabe, como é que se chama? nas variedades lusófonas do Corpus de Referência do Português Contemporâneo (2016), com o objetivo de discutir o estatuto funcional desse item, sob o enfoque da Gramática Discursivo-Funcional (GDF), de Hengeveld e Mackenzie (2008). Para isso, analisamos, à luz do modelo teórico da GDF, o estatuto de como nessas construções e seu escopo, considerando as camadas dos Níveis Interpessoal e Morfossintático da teoria. Em sua metodologia, a pesquisa leva em conta as propriedades discursivas, pragmáticas e morfossintáticas dessas construções, bem como o estatuto interpessoal e morfossintático de como nesses contextos de produção. A hipótese do trabalho é a de que essas construções, por não apresentarem uma oração principal à qual se subordinem, atuam em camadas mais altas do Nível Interpessoal da teoria. Como resultado, observamos as construções atuando (i) como Movimentos, com o como sendo marcador de Função interacional Resgate (STASSI-SÉ, 2012); e (ii) como Movimentos, com o como sendo um marcador de perguntas meditativas (FONTES, 2012), ambos os tipos atuando no monitoramento da interação verbal. Essa caracterização aponta para a tendência dessas construções operarem discursivamente, independentemente do tradicional valor semântico atribuído ao como em estudos orientados gramaticalmente.
该研究调查了从句的发音,以括号出现的como (JUBRAN, 2006)为标题的结构,如como se diz, como sabe, como e que se chama?在当代葡萄牙语参考语料库(2016)的葡萄牙语变体中,以Hengeveld和Mackenzie(2008)的功能语篇语法(fgd)为重点,探讨该项目的功能地位。为此,我们根据GDF的理论模型,分析了como在这些结构中的地位及其范围,考虑了该理论的人际层面和形态句法层面。在其方法论中,研究考虑了这些结构的话语、语用和形态句法特性,以及como在这些生产语境中的人际和形态句法地位。这项工作的假设是,这些结构,因为它们没有呈现一个主句,它们服从,在理论的人际层面的更高层次上工作。因此,我们观察到结构作为(i)运动,作为交互功能的标志(STASSI- se, 2012);(ii)作为动作,o作为冥想问题的标记(FONTES, 2012),这两种类型都在监测语言互动中起作用。这一特征表明,在语法导向的研究中,这些结构倾向于以话语的方式运作,而不考虑传统的语义价值。
{"title":"Construções encabeçadas por “como” no português","authors":"D. O. Silva, Joceli Catarina Stassi-Sé","doi":"10.22168/2237-6321-12601","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12601","url":null,"abstract":"A pesquisa investiga, no âmbito da articulação de orações, construções encabeçadas por como em ocorrências parentéticas (JUBRAN, 2006) do tipo como se diz, como sabe, como é que se chama? nas variedades lusófonas do Corpus de Referência do Português Contemporâneo (2016), com o objetivo de discutir o estatuto funcional desse item, sob o enfoque da Gramática Discursivo-Funcional (GDF), de Hengeveld e Mackenzie (2008). Para isso, analisamos, à luz do modelo teórico da GDF, o estatuto de como nessas construções e seu escopo, considerando as camadas dos Níveis Interpessoal e Morfossintático da teoria. Em sua metodologia, a pesquisa leva em conta as propriedades discursivas, pragmáticas e morfossintáticas dessas construções, bem como o estatuto interpessoal e morfossintático de como nesses contextos de produção. A hipótese do trabalho é a de que essas construções, por não apresentarem uma oração principal à qual se subordinem, atuam em camadas mais altas do Nível Interpessoal da teoria. Como resultado, observamos as construções atuando (i) como Movimentos, com o como sendo marcador de Função interacional Resgate (STASSI-SÉ, 2012); e (ii) como Movimentos, com o como sendo um marcador de perguntas meditativas (FONTES, 2012), ambos os tipos atuando no monitoramento da interação verbal. Essa caracterização aponta para a tendência dessas construções operarem discursivamente, independentemente do tradicional valor semântico atribuído ao como em estudos orientados gramaticalmente.","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79838530","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.22168/2237-6321-12589
Nice Da Silva Ramos
Investigamos o estatuto da microconstrução [sabe (-se) lá que] utilizada com a função de conector textual na língua portuguesa atual, estabelecendo relações semânticas, além das discursivo-pragmáticas, entre as partes do texto, conforme Koch (2015, 2017). O escopo de atuação do objeto pesquisado não é limitado ao encadeamento de orações como estabelecido pela tradição no tocante à função dos elementos conectores. Conforme Rodríguez (2017), defendemos a existência da sintaxe de unidades superiores à sentença – a macrossintaxe. O aporte teórico utilizado é a Linguística Funcional Centrada no Uso, aliada aos pressupostos da Gramática de Construções. Justificamos essa escolha pelo relevo dado ao uso real da língua, aos aspectos linguísticos e extralinguísticos envolvidos nas análises, além da semântica e da pragmática, lócus do uso linguístico, que alimenta a mudança linguística. As instanciações de [sabe (-se) lá que] provêm do Corpus do Português NOW, com dados que figuram entre 2012 e 2019. Sobre a frequência token de [sabe (-se) lá que], encontramos 25 ocorrências assim distribuídas: [sabe-se lá que], com maior produtividade (24) e [sabe lá que], com menor produtividade (uma). Sintaticamente, verificamos seis posições em que a microconstrução é recrutada, bem como quatro valores semântico-pragmáticos a ela aferidos.
根据Koch(2015, 2017)的研究,我们研究了微结构[sabe (se) la que]在当前葡萄牙语中作为文本连接功能的地位,在文本部分之间建立语义关系,超越语篇-语用关系。研究对象的作用范围并不局限于传统上建立的关于连接元素功能的从句链。根据rodriguez(2017),我们主张存在高于句子的单位语法——宏句法。所使用的理论框架是以使用为中心的功能语言学,结合构式语法的假设。我们认为这一选择是合理的,因为它强调了语言的实际使用,分析中涉及的语言和语言外方面,以及语义和语用,语言使用的轨迹,推动了语言的变化。[sabe (se) la que]的实例来自葡萄牙语NOW语料库,数据出现在2012年至2019年之间。关于[我们知道什么]的令牌频率,我们发现了25个这样分布的事件:[我们知道什么],生产率最高(24),生产率最低(1)。在句法上,我们验证了微结构招募的6个位置,以及测量的4个语义-语用值。
{"title":"Estudo funcional sobre a microconstrução [sabe (-se) lá que] como conector na língua portuguesa contemporânea","authors":"Nice Da Silva Ramos","doi":"10.22168/2237-6321-12589","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12589","url":null,"abstract":"Investigamos o estatuto da microconstrução [sabe (-se) lá que] utilizada com a função de conector textual na língua portuguesa atual, estabelecendo relações semânticas, além das discursivo-pragmáticas, entre as partes do texto, conforme Koch (2015, 2017). O escopo de atuação do objeto pesquisado não é limitado ao encadeamento de orações como estabelecido pela tradição no tocante à função dos elementos conectores. Conforme Rodríguez (2017), defendemos a existência da sintaxe de unidades superiores à sentença – a macrossintaxe. O aporte teórico utilizado é a Linguística Funcional Centrada no Uso, aliada aos pressupostos da Gramática de Construções. Justificamos essa escolha pelo relevo dado ao uso real da língua, aos aspectos linguísticos e extralinguísticos envolvidos nas análises, além da semântica e da pragmática, lócus do uso linguístico, que alimenta a mudança linguística. As instanciações de [sabe (-se) lá que] provêm do Corpus do Português NOW, com dados que figuram entre 2012 e 2019. Sobre a frequência token de [sabe (-se) lá que], encontramos 25 ocorrências assim distribuídas: [sabe-se lá que], com maior produtividade (24) e [sabe lá que], com menor produtividade (uma). Sintaticamente, verificamos seis posições em que a microconstrução é recrutada, bem como quatro valores semântico-pragmáticos a ela aferidos.","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75685895","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.22168/2237-6321-12576
Clara Sousa, Diogo Pinheiro
No PB, há uma construção idiomática particular identificada pela sequência “bem que”. Exemplos do seu uso são frases como “Bem que minha mãe avisou que ia chover” e “Bem que eu queria ganhar na loteria”. A proposta desse trabalho é investigar esse fenômeno sob a luz da Gramática de Construções Baseada no Uso (BYBEE, 2010; GOLDBERG, 2006). Adotando essa perspectiva, propomos que todos os usos analisados da sequência “bem que” são instâncias de uma construção mais abstrata, a Construção de Bem Que S. Especificamente, neste artigo, propomos que ela é identificada, formalmente, pela sequência [bem que [sentença]] e, no polo semântico-pragmático, pela presença do valor de rejeição de proposição. Nesse sentido, defendemos que trata-se de uma construção de intersubjetividade, já que atua no gerenciamento de informações inter-sujeito. Aqui, a partir de uma análise qualitativo-interpretativa de dados retirados do Twitter, procuramos relacionar, detalhadamente, os usos dessa construção com as generalizações propostas.
{"title":"Idiomaticidade na gramática: um estudo da Construção Bem Que S","authors":"Clara Sousa, Diogo Pinheiro","doi":"10.22168/2237-6321-12576","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12576","url":null,"abstract":"No PB, há uma construção idiomática particular identificada pela sequência “bem que”. Exemplos do seu uso são frases como “Bem que minha mãe avisou que ia chover” e “Bem que eu queria ganhar na loteria”. A proposta desse trabalho é investigar esse fenômeno sob a luz da Gramática de Construções Baseada no Uso (BYBEE, 2010; GOLDBERG, 2006). Adotando essa perspectiva, propomos que todos os usos analisados da sequência “bem que” são instâncias de uma construção mais abstrata, a Construção de Bem Que S. Especificamente, neste artigo, propomos que ela é identificada, formalmente, pela sequência [bem que [sentença]] e, no polo semântico-pragmático, pela presença do valor de rejeição de proposição. Nesse sentido, defendemos que trata-se de uma construção de intersubjetividade, já que atua no gerenciamento de informações inter-sujeito. Aqui, a partir de uma análise qualitativo-interpretativa de dados retirados do Twitter, procuramos relacionar, detalhadamente, os usos dessa construção com as generalizações propostas.","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"14 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82359567","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.22168/2237-6321-12599
N. Dias
Os objetivos deste trabalho são verificar quais relações semânticas identificadas por Neves (2000) para a conjunção mas podem ser encontradas nas construções em estudo, no século XXI; e quais relações semânticas das construções com enquanto que e sendo que, identificadas no século XXI, são recorrentes nos séculos XVI-XX. Utilizo os pressupostos da Linguística Baseada no Uso, propostos por Bybee (2016) e Diessel (2017), que usam bases teóricas do Funcionalismo e da Linguística Cognitiva. Apresenta-se um esquema muito amplo [X- QUE conector], sendo o X representado na fonte, pela conjunção adverbial enquanto e pelo elemento verbal sendo, que apontam, respectivamente, tempo simultâneo e em curso, formando junto com o que um chunk de valor contrastivo. Considera-se como hipótese que a motivação de o falante migrar elementos linguísticos de base temporal para a categoria de conectores contrastivos se assenta no tempo simultâneo e em curso, que proveem material para o contraste. A primeira construção instancia preferencialmente um contraste simples que se assenta na comparação de eventos, de indivíduos, de resultados estatísticos, de itens lexicais, enquanto a segunda construção é mais usada para fazer a relação semântica de parcialidade em relação ao primeiro segmento e de gradação em relação ao primeiro segmento ou à porção maior de informação. Os novos conectores fazem uma extensão da rede contrastiva.
这项工作的目的是验证Neves(2000)为连词确定的语义关系,但可以在21世纪研究的结构中找到;以及在21世纪被识别的“while that and be”结构在16 - 20世纪反复出现的语义关系。我使用Bybee(2016)和Diessel(2017)提出的基于使用的语言学假设,他们使用功能主义和认知语言学的理论基础。它提出了一个非常广泛的方案[X- that connecter], X在源中由状语连词表示,而由动词元素表示,分别指向同时时间和持续时间,与什么形成对比值块。我们认为,说话者将基于时间的语言元素迁移到对比连接词范畴的动机是基于同时的和持续的时间,这为对比提供了材料。第一建筑实例最好是一个简单的对比,如果是由个体组成的,所发生的事情的结果比较,统计的词条,而第二个比较用于建设提出的语义关系的第一段,对于第一段的品脱或信息。新的连接器是对比网络的延伸。
{"title":"Construções contrastivas com enquanto que e sendo que","authors":"N. Dias","doi":"10.22168/2237-6321-12599","DOIUrl":"https://doi.org/10.22168/2237-6321-12599","url":null,"abstract":"Os objetivos deste trabalho são verificar quais relações semânticas identificadas por Neves (2000) para a conjunção mas podem ser encontradas nas construções em estudo, no século XXI; e quais relações semânticas das construções com enquanto que e sendo que, identificadas no século XXI, são recorrentes nos séculos XVI-XX. Utilizo os pressupostos da Linguística Baseada no Uso, propostos por Bybee (2016) e Diessel (2017), que usam bases teóricas do Funcionalismo e da Linguística Cognitiva. Apresenta-se um esquema muito amplo [X- QUE conector], sendo o X representado na fonte, pela conjunção adverbial enquanto e pelo elemento verbal sendo, que apontam, respectivamente, tempo simultâneo e em curso, formando junto com o que um chunk de valor contrastivo. Considera-se como hipótese que a motivação de o falante migrar elementos linguísticos de base temporal para a categoria de conectores contrastivos se assenta no tempo simultâneo e em curso, que proveem material para o contraste. A primeira construção instancia preferencialmente um contraste simples que se assenta na comparação de eventos, de indivíduos, de resultados estatísticos, de itens lexicais, enquanto a segunda construção é mais usada para fazer a relação semântica de parcialidade em relação ao primeiro segmento e de gradação em relação ao primeiro segmento ou à porção maior de informação. Os novos conectores fazem uma extensão da rede contrastiva.","PeriodicalId":40607,"journal":{"name":"Entrepalavras","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76739579","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-03DOI: 10.22168/2237-6321-12611
Rosângela do Socorro Nogueira de Sousa, M. Nogueira
Este artigo trata, sob uma perspectiva discursivo-funcional, do tradicionalmente chamado, em gramáticas de língua portuguesa, aposto de oração, com o objetivo de analisar suas funções textual-discursivas. A base teórica é a Gramática Discursivo-Funcional (GDF), de Hengeveld e Mackenzie (2008), e estudos descritivos sobre aposição, tais como Quirk et al. (1985), Meyer (1992), Hannay e Keizer (2005), Keizer (2015), Nogueira (1996, 1999, 2012), Sousa (2016), Decat (2010, 2011, 2021). Quanto à metodologia, esta pesquisa, de natureza quantitativo-qualitativa, utilizou um corpus composto de 108 ocorrências dessas aposições, identificadas em artigos de opinião publicados no jornal Folha de S. Paulo, entre os anos de 2006 e 2010. Quanto aos resultados, identificamos que a aposição encapsuladora desempenha, nesses artigos, as funções textual-discursivas de Desdobramento (34,3%), Explicação (28,7%), Avaliação (22,2%), Constatação (7,4%) e Conclusão (7,4%).
本文从语篇功能的角度探讨了葡萄牙语语法中传统上称为“打赌从句”的语篇功能,旨在分析其语篇功能。其理论基础是Hengeveld和Mackenzie(2008)的功能语篇语法(fgd),以及Quirk等人(1985)、Meyer(1992)、Hannay和Keizer(2005)、Keizer(2015)、Nogueira(1996、1999、2012)、Sousa(2016)、Decat(2010、2011、2021)等对介词的描述性研究。在方法论上,本研究采用定量和定性的方法,使用了由2006年至2010年间发表在《圣保罗页报》(Folha de S. Paulo)上的观点文章中确定的108个这些关联事件组成的语料库。在结果方面,我们发现封装附位在这些文章中发挥了展开(34.3%)、解释(28.7%)、评价(22.2%)、发现(7.4%)和结论(7.4%)的文本-话语功能。
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