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Máquinas, sínteses e crítica da psicanálise: O capítulo 1 d'O Anti-Édipo
Este texto é uma interpretação do primeiro capítulo d’O Anti-Édipo, de Deleuze e Guattari, mais como uma escrita do que como uma leitura. Ou seja, não há aqui intenção de descobrir uma verdade escondida para um texto que, de início, se propõe um “processo esquizofrênico”. De todo modo, divido esta minha escrita em quatro momentos: primeiramente, com uma análise do filme Incêndios (2010), tentando mostrar como um enredo aparentemente edipiano (no sentido psicanalítico) é muito mais rico que o Édipo; em segundo lugar, com uma exposição das três sínteses maquínico-desejantes, ou do inconsciente, desenvolvidas por Deleuze e Guattari; em terceiro lugar, com uma apresentação da ofensiva promovida pela “psiquiatria materialista” deleuzeguattariana em relação a certos autores psicanalistas como Reich, Lacan e Melanie Klein; por fim, com um aprofundamento das questões éticas e teóricas implicadas neste primeiro capítulo do livro, sobretudo aquelas ligadas ao projeto geral da obra: uma crítica econômico-libidinal do capitalismo, tendo em conta seus aspectos “esquizofrênicos” e mostrando a contribuição inestimável da psicanálise para este mesmo sistema econômico-libidinal.