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Abstract
O país parou. Uma greve de caminhoneiros conseguiu deixar o governo e o povo de joelhos. Mais um pouco e viveremos cenas dignas de The Walking Dead. Mas nem tudo parou. E não foram os serviços essenciais nem a entrega de cerveja que continuaram funcionando a todo vapor. O que ninguém conseguiu nem consegue parar é o “mecanismo orçamentário”. Um mecanismo que deu ori gem a um dos primeiros e maiores escândalos de nossa República das últimas dé cadas, o já esquecido “escândalo dos anões do Orçamento”, no início da década de 1990. Depois veio o “mensalão”, em seguida o “petrolão”, “lava jato”, e outros devem estar a caminho. Políticos perderam seus mandatos no primeiro, outros tantos foram para a cadeia nos demais. Em todos eles, o “mecanismo orçamentá rio” sempre esteve presente: nada o assusta, ninguém é capaz de detêlo. Mas o que é e como funciona o “mecanismo orçamentário”? Em um país de dimensões continentais como o Brasil, cuja federação tem mais de 5 mil municípios, 27 estados e a União, a quantidade de dinheiro admi nistrada pelo setor público é impressionante. Só o orçamento da administração pública federal deste exercício de 2018 supera os R$ 3,5 trilhões. Não é a toa que,