Vinicyus Eduardo Melo Amorim, Ana Cecília Araújo Cabral
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Abstract
Introdução: O transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula deficitária por outra com células normais, objetivando uma reconstituição hematopoiética. É na medula óssea que se localizam as células-tronco, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). A chance de encontrar um doador compatível não aparentado é de um entre 100.000 habitantes, por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, mais rápido indivíduos compatíveis poderão ser achados para atender a enorme lista de espera. Percebe-se, no entanto, que a pandemia dificultou as doações, principalmente pelo distanciamento social, redução de campanhas e serviços de saúde desprevenidos para agir neste cenário atípico, reduzindo o número de novos doadores cadastrados, significativamente, comparado aos anos anteriores. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar como a pandemia da COVID-19 influencia nos indicadores epidemiológicos de doação de medula óssea, assim como identificar as principais causas operacionais que levam a redução de novos doadores cadastrados. Material e métodos: Este estudo teve como base artigos de plataformas literárias como PUBMED e BVS, assim como dados epidemiológicos coletados nas plataformas digitais de órgãos federais, dentre elas, REDOME, SBTMO, ABRALE e Ministério da Saúde. Resultados: Notou-se uma redução de 46,92% do número de doadores novos cadastrados em 2021 em relação a 2019, sobretudo nos picos da pandemia. Existem 108 hemocentros espalhados pelo país responsáveis pela coleta de medula óssea e 13 bancos coletores de cordões umbilicais, entretanto, todos os estados foram impactados com o baixo número de doadores devido às medidas de distanciamento social, cuidados com a COVID-19 e carência de informações sobre dúvidas e receios da população pela redução de campanhas integrativas. Conclusão: Conclui-se que a pandemia gerou impactos severos na redução de doadores de medula óssea, principalmente pelas medidas restritivas e mudanças de foco no período pandêmico, prejudicando a qualidade de vida e atrasando a cura de vários pacientes que esperam na fila um doador compatível entre milhares.