Introdução: Na última década, a epidemia de HIV/aids no norte do Brasil, em especial no estado do Amazonas é crescente, e caracteriza-se por um aumento acentuado dos casos de incidência do HIV/aids. Doadores de sangue infectados pelo HIV são considerados uma importante população sentinela para a vigilância epidemiológica, no entanto, dados sobre a epidemiologia dessa infecção em doadores de sangue ainda são escassos. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos doadores de sangue e a prevalência de coinfecção do HIV/vírus das hepatites B, HIV/vírus da Hepatite C, HIV/vírus linfotrópico das células T humanas HTLV-1/2, HIV/Sífilis e HIV/Doença de Chagas da Fundação HEMOAM no período de 2017 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo. Na triagem dos doadores de sangue para o HIV foi utilizado o método de Quimiluminescência (CMIA) e teste de ácido nucleico (NAT). As análises descritivas foram realizadas a partir de informações cadastradas no banco de dados do programa HEMOSYS da Fundação HEMOAM. Resultados: No período do estudo, um total de 172.867 candidatos a doação de sangue compareceram na Fundação HEMOAM. Destes, 0,8% (N=146) testaram positivo para o HIV. Entre estes, houve o predomínio de homens 77,4% (N=113), jovens entre 18 a 27 anos 39% (N=57), solteiros 52,1% (N=76), de raça parda 60,3% (N=88), com escolaridade ensino médio 40,4% (N=59). Em relação a coinfecção, verificou-se alta prevalência de HIV/sífilis com 26% (N=38) entre doadores de sangue, seguido pelo HIV/Hepatite C (HCV), sendo 3,4% (N=05). Não foram encontrados nenhuma coinfecção do HIV com o vírus da hepatite B, vírus linfotrópico de células T humanas HTLV, e Doença de chagas. Conclusão: Os resultados apresentados nesse estudo mostraram que os doadores de sangue infectados pelo HIV, eram adultos jovens, solteiros, do sexo masculino, pardos, com escolaridade ensino médio. Evidenciando que, este grupo necessita de mais políticas de educação e prevenção, ampliando a oferta de testes sorológicos para o HIV-1 nesta população. Os dados destacam a relevância da detecção da prevalência de coinfecções com o HIV em doadores de sangue, que podem subsidiar medidas de prevenção e de disseminação de infecção.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS DOADORES DE SANGUE DA FUNDAÇÃO HEMOAM INFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA, NO PERÍODO DE 2017 A 2019","authors":"D. Souza, Myuki Alfaia Esashika Crispin","doi":"10.51161/hematoclil/163","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/163","url":null,"abstract":"Introdução: Na última década, a epidemia de HIV/aids no norte do Brasil, em especial no estado do Amazonas é crescente, e caracteriza-se por um aumento acentuado dos casos de incidência do HIV/aids. Doadores de sangue infectados pelo HIV são considerados uma importante população sentinela para a vigilância epidemiológica, no entanto, dados sobre a epidemiologia dessa infecção em doadores de sangue ainda são escassos. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos doadores de sangue e a prevalência de coinfecção do HIV/vírus das hepatites B, HIV/vírus da Hepatite C, HIV/vírus linfotrópico das células T humanas HTLV-1/2, HIV/Sífilis e HIV/Doença de Chagas da Fundação HEMOAM no período de 2017 a 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo. Na triagem dos doadores de sangue para o HIV foi utilizado o método de Quimiluminescência (CMIA) e teste de ácido nucleico (NAT). As análises descritivas foram realizadas a partir de informações cadastradas no banco de dados do programa HEMOSYS da Fundação HEMOAM. Resultados: No período do estudo, um total de 172.867 candidatos a doação de sangue compareceram na Fundação HEMOAM. Destes, 0,8% (N=146) testaram positivo para o HIV. Entre estes, houve o predomínio de homens 77,4% (N=113), jovens entre 18 a 27 anos 39% (N=57), solteiros 52,1% (N=76), de raça parda 60,3% (N=88), com escolaridade ensino médio 40,4% (N=59). Em relação a coinfecção, verificou-se alta prevalência de HIV/sífilis com 26% (N=38) entre doadores de sangue, seguido pelo HIV/Hepatite C (HCV), sendo 3,4% (N=05). Não foram encontrados nenhuma coinfecção do HIV com o vírus da hepatite B, vírus linfotrópico de células T humanas HTLV, e Doença de chagas. Conclusão: Os resultados apresentados nesse estudo mostraram que os doadores de sangue infectados pelo HIV, eram adultos jovens, solteiros, do sexo masculino, pardos, com escolaridade ensino médio. Evidenciando que, este grupo necessita de mais políticas de educação e prevenção, ampliando a oferta de testes sorológicos para o HIV-1 nesta população. Os dados destacam a relevância da detecção da prevalência de coinfecções com o HIV em doadores de sangue, que podem subsidiar medidas de prevenção e de disseminação de infecção.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"2000 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128265817","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: As doenças infectocontagiosas são de fácil e rápida transmissão, seja por agentes patogênicos de forma viral ou vetores. Logo, o ser humano está exposto frequentemente a ambientes contagiosos e há décadas essas doenças afetam a população Brasileira. Objetivo: Informar sobre as doenças infectocontagiosas no âmbito do SUS, no qual no ano de 2022 ainda são um agravo ao Sistema Público de Saúde. O presente resumo também tem como objetivo evidenciar, orientar e educar quanto as políticas de saúde voltadas à prevenção das doenças infectocontagiosas. Métodos: Este resumo trata-se de uma revisão bibliográfica, baseada em artigos retirados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Ministério da Saúde e plataforma Scielo. Sendo utilizados 5 Artigos destes periódicos de pesquisa. Resultados e discussão: Nesse contexto, as doenças infectocontagiosas representam um problema recorrente e crescente no meio social, ademais sua propagação rápida e seus fatores causadores, tal qual, vírus, bactérias, protozoários, fungos contribuem para essa prevalência nacional. Nesse viés, os programas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), tal qual, programa Nacional de Imunização (PIN), são essenciais, haja vista que vacinas, planos de cuidados, orientação, instruções são meios fundamentais de conscientização, planejamento, informação a despeito da prevenção as doenças infectocontagiosas. A atuação dos profissionais da saúde representa outro fator crucial, visto que os mesmos são protagonistas de planejamentos, planos de cuidados, assistência e orientação a toda população. O Brasil tem um vasto histórico de surtos ocasionados por doenças infectocontagiosas, aliado a problemas estruturais, saneamento básico e modelo de vida inadequados ocasionando riscos à saúde, evidentes até hoje. Conclusão: Essa exposição aos riscos biológicos implicam na manutenção de uma alta carga de morbidade e mortalidade na população que se prolonga. Portanto, é importante enfatizar a necessidade de ações multisetoriais para prevenção e controle das doenças e proporcionar a cada indivíduo a capacidade de plenitude física e mental. A criação de políticas públicas permitem a prevenção e promoção da Saúde da população afastada dos centros urbanos fazendo jus aos princípios do SUS de integralidade, Equidade e Universalidade do acesso à saúde.
{"title":"DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS, UM DESAFIO À SAÚDE PÚBLICA","authors":"Eduarda Albuquerque Vilar, Rainnymarie Silva, Jailan Francisco, Rafaela Freiras, Harthur Kayllon","doi":"10.51161/hematoclil/161","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/161","url":null,"abstract":"Introdução: As doenças infectocontagiosas são de fácil e rápida transmissão, seja por agentes patogênicos de forma viral ou vetores. Logo, o ser humano está exposto frequentemente a ambientes contagiosos e há décadas essas doenças afetam a população Brasileira. Objetivo: Informar sobre as doenças infectocontagiosas no âmbito do SUS, no qual no ano de 2022 ainda são um agravo ao Sistema Público de Saúde. O presente resumo também tem como objetivo evidenciar, orientar e educar quanto as políticas de saúde voltadas à prevenção das doenças infectocontagiosas. Métodos: Este resumo trata-se de uma revisão bibliográfica, baseada em artigos retirados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Ministério da Saúde e plataforma Scielo. Sendo utilizados 5 Artigos destes periódicos de pesquisa. Resultados e discussão: Nesse contexto, as doenças infectocontagiosas representam um problema recorrente e crescente no meio social, ademais sua propagação rápida e seus fatores causadores, tal qual, vírus, bactérias, protozoários, fungos contribuem para essa prevalência nacional. Nesse viés, os programas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), tal qual, programa Nacional de Imunização (PIN), são essenciais, haja vista que vacinas, planos de cuidados, orientação, instruções são meios fundamentais de conscientização, planejamento, informação a despeito da prevenção as doenças infectocontagiosas. A atuação dos profissionais da saúde representa outro fator crucial, visto que os mesmos são protagonistas de planejamentos, planos de cuidados, assistência e orientação a toda população. O Brasil tem um vasto histórico de surtos ocasionados por doenças infectocontagiosas, aliado a problemas estruturais, saneamento básico e modelo de vida inadequados ocasionando riscos à saúde, evidentes até hoje. Conclusão: Essa exposição aos riscos biológicos implicam na manutenção de uma alta carga de morbidade e mortalidade na população que se prolonga. Portanto, é importante enfatizar a necessidade de ações multisetoriais para prevenção e controle das doenças e proporcionar a cada indivíduo a capacidade de plenitude física e mental. A criação de políticas públicas permitem a prevenção e promoção da Saúde da população afastada dos centros urbanos fazendo jus aos princípios do SUS de integralidade, Equidade e Universalidade do acesso à saúde.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132245843","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Victória Regina dos Santos, Paula Beatriz Pereira, Joice Rodrigues dos Santos
Introdução: As anemias sideroblásticas são um grupo de anemias reconhecidas pelo distúrbio na formação do grupo heme, no qual pode ocorrer devido a deficiências enzimáticas nas células da série vermelha ou defeitos nas mitocôndrias. Na visão clínica da doença, é comum a aparição de inclusões eritrocitárias como sideroblastos em anel e os corpos de Pappenheimer, que são acúmulos de ferro presentes na mitocôndria das células que são visíveis a coloração azul da Prússia. Objetivo: Este resumo pretende decorrer sobre a anemia sideroblástica e como algumas de sua aparições clínicas são importantes para obter um diagnóstico adequado através do conhecimento específico teórico. Metodologia: Foram utilizadas pesquisas na literatura referentes ao tema central e artigos científicos na base de dados PubMed e SciELO entre os anos 2003 a 2017. Os critérios estabelecidos destinam-se a seleção de informações que contemplam o assunto com detalhes e façam uma junção dos conhecimentos. Resultados: Foi observado que as inclusões eritrocitárias são dadas como exemplo nos exames de anemias sideroblásticas. Mesmo que estas apareçam em outras anemias, pode-se dizer que, os sideroblastos (eritrócitos com grânulos que contém ferro encontrados na medula óssea) e os siderócitos (eritrócitos com grânulos de ferro encontrados no sangue periférico) são um dos indicativos da presença desta doença. Estes sideroblastos e siderócitos podem aparecer também nas síndromes mielodisplásicas, talassemias, intoxicação por chumbo e pós-esplenectomia, entretanto, o que se discerne para especificamente a anemia sideroblástica é a aparição de hipocromia e nível ferro sérico alto. Conclusão: O déficit na síntese do grupo heme acarreta prejuízo a hemoglobina e o acúmulo de ferro na mitocôndria, caracterizando as inclusões. Este excesso de ferro nas mitocôndrias faz com que este grupo de anemias seja mais específica por apresentar nível de ferro sérico alto, sendo assim as inclusões são relevantes para um diagnóstico preciso e não devem ser descartadas no momento do laudo, pois essas favorecem para que haja uma abordagem mais seletiva dentre os outros tipos de anemias.
{"title":"INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS NA ANEMIA SIDEROBLÁSTICA","authors":"Victória Regina dos Santos, Paula Beatriz Pereira, Joice Rodrigues dos Santos","doi":"10.51161/hematoclil/166","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/166","url":null,"abstract":"Introdução: As anemias sideroblásticas são um grupo de anemias reconhecidas pelo distúrbio na formação do grupo heme, no qual pode ocorrer devido a deficiências enzimáticas nas células da série vermelha ou defeitos nas mitocôndrias. Na visão clínica da doença, é comum a aparição de inclusões eritrocitárias como sideroblastos em anel e os corpos de Pappenheimer, que são acúmulos de ferro presentes na mitocôndria das células que são visíveis a coloração azul da Prússia. Objetivo: Este resumo pretende decorrer sobre a anemia sideroblástica e como algumas de sua aparições clínicas são importantes para obter um diagnóstico adequado através do conhecimento específico teórico. Metodologia: Foram utilizadas pesquisas na literatura referentes ao tema central e artigos científicos na base de dados PubMed e SciELO entre os anos 2003 a 2017. Os critérios estabelecidos destinam-se a seleção de informações que contemplam o assunto com detalhes e façam uma junção dos conhecimentos. Resultados: Foi observado que as inclusões eritrocitárias são dadas como exemplo nos exames de anemias sideroblásticas. Mesmo que estas apareçam em outras anemias, pode-se dizer que, os sideroblastos (eritrócitos com grânulos que contém ferro encontrados na medula óssea) e os siderócitos (eritrócitos com grânulos de ferro encontrados no sangue periférico) são um dos indicativos da presença desta doença. Estes sideroblastos e siderócitos podem aparecer também nas síndromes mielodisplásicas, talassemias, intoxicação por chumbo e pós-esplenectomia, entretanto, o que se discerne para especificamente a anemia sideroblástica é a aparição de hipocromia e nível ferro sérico alto. Conclusão: O déficit na síntese do grupo heme acarreta prejuízo a hemoglobina e o acúmulo de ferro na mitocôndria, caracterizando as inclusões. Este excesso de ferro nas mitocôndrias faz com que este grupo de anemias seja mais específica por apresentar nível de ferro sérico alto, sendo assim as inclusões são relevantes para um diagnóstico preciso e não devem ser descartadas no momento do laudo, pois essas favorecem para que haja uma abordagem mais seletiva dentre os outros tipos de anemias.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127552073","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A síndrome (PIMS) é uma doença inflamatória sistêmica rara que afeta crianças e adolescentes e está ligada a COVID-19. Na Europa, a síndrome inflamatória pediatra do sistema múltiplo associada temporal com o SARS-CoV-2 (PIMS-TS). PIMS-TS é muito similar à doença de Kawasaki. Esta afeta crianças na idade precoce e é caracterizada por febre que pode durar cerca de 5 dias, prurido corporal, glândulas inchadas, dedos vermelhos e olhos vermelhos. Este síndrome não é transmissível entre indivíduos.PIMS-TS igualmente compartilha de características clínicas e patológicas com outras síndromes inflamatórias pediatras que são não-Kawasaki. O SARS-CoV-2 está relacionado à PIMS, independentemente do desenvolvimento da síndrome, pode gerar sérias complicações de saúde para a criança. Como sugerem os estudos da síndrome antifosfolipídica pediátrica confirmaram que as tromboses relacionadas com os anticorpos antifosfolipídicos em crianças estão frequentemente associadas a múltiplos anticorpos antifosfolipídicos positivos e à presença concomitante de doenças pró trombóticas hereditárias. As crianças com síndrome antifosfolipídica têm demonstrado frequentemente manifestações não trombóticas associadas, particularmente manifestações hematológicas, cutâneas e neurológicas. Objetivo: Reportar a relação entre a Síndrome (PIMS) com o SARS-CoV-2 e qual a sua possível relação ao Síndrome Antifosfolípide. Material e Métodos: Após observação a nível laboratorial, foi realizado uma pesquisa de artigos nas bases de dados do Google Académico, usando os descritores (PIMS), SARS-CoV-2 e Síndrome Antifosfolípide em crianças; reunindo-se um total de 31 artigos, sendo posteriormente excluídos 11 devido à subreposição de informação. Levou-se em consideração a atualidade das referências, sendo todas posteriores a 2019. Segue-se a análise dos artigos selecionados e a elaboração do resumo. Resultados: observou-se cuidadosamente a relação síndrome (PIMS) que afeta crianças e adolescentes e que está ligada a COVID-19, em que nalguns casos pode revelar na criança a presença de Síndrome Antifosfolípide. Conclusão: É imperativo relacionar cuidadosamente a relação síndrome (PIMS) com a presença de COVID-19, nas crianças e saber relacionar a presença de Síndrome Antifosfolípide. De forma a não comprometer uma criança à anticoagulação ao longo da vida, deve-se ter instrumentos mais precisos para prever o risco e definir o prognóstico mais claramente.
{"title":"SÍNDROME INFLAMATÓRIA PEDIÁTRICA MULTISSISTÊMICA (PIMS) E A SUA RELAÇÃO COM O SARS-COV-2 E QUAL A SUA POSSÍVEL RELAÇÃO AO SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE","authors":"V. Cunha, Ângela Silva","doi":"10.51161/hematoclil/167","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/167","url":null,"abstract":"Introdução: A síndrome (PIMS) é uma doença inflamatória sistêmica rara que afeta crianças e adolescentes e está ligada a COVID-19. Na Europa, a síndrome inflamatória pediatra do sistema múltiplo associada temporal com o SARS-CoV-2 (PIMS-TS). PIMS-TS é muito similar à doença de Kawasaki. Esta afeta crianças na idade precoce e é caracterizada por febre que pode durar cerca de 5 dias, prurido corporal, glândulas inchadas, dedos vermelhos e olhos vermelhos. Este síndrome não é transmissível entre indivíduos.PIMS-TS igualmente compartilha de características clínicas e patológicas com outras síndromes inflamatórias pediatras que são não-Kawasaki. O SARS-CoV-2 está relacionado à PIMS, independentemente do desenvolvimento da síndrome, pode gerar sérias complicações de saúde para a criança. Como sugerem os estudos da síndrome antifosfolipídica pediátrica confirmaram que as tromboses relacionadas com os anticorpos antifosfolipídicos em crianças estão frequentemente associadas a múltiplos anticorpos antifosfolipídicos positivos e à presença concomitante de doenças pró trombóticas hereditárias. As crianças com síndrome antifosfolipídica têm demonstrado frequentemente manifestações não trombóticas associadas, particularmente manifestações hematológicas, cutâneas e neurológicas. Objetivo: Reportar a relação entre a Síndrome (PIMS) com o SARS-CoV-2 e qual a sua possível relação ao Síndrome Antifosfolípide. Material e Métodos: Após observação a nível laboratorial, foi realizado uma pesquisa de artigos nas bases de dados do Google Académico, usando os descritores (PIMS), SARS-CoV-2 e Síndrome Antifosfolípide em crianças; reunindo-se um total de 31 artigos, sendo posteriormente excluídos 11 devido à subreposição de informação. Levou-se em consideração a atualidade das referências, sendo todas posteriores a 2019. Segue-se a análise dos artigos selecionados e a elaboração do resumo. Resultados: observou-se cuidadosamente a relação síndrome (PIMS) que afeta crianças e adolescentes e que está ligada a COVID-19, em que nalguns casos pode revelar na criança a presença de Síndrome Antifosfolípide. Conclusão: É imperativo relacionar cuidadosamente a relação síndrome (PIMS) com a presença de COVID-19, nas crianças e saber relacionar a presença de Síndrome Antifosfolípide. De forma a não comprometer uma criança à anticoagulação ao longo da vida, deve-se ter instrumentos mais precisos para prever o risco e definir o prognóstico mais claramente.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121228361","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cefas Lourenço do; Carmo Júnior, Ana Beatriz De Paula Silva, L. Alves, Izabela Ramos Nascimento
Introdução: O Mieloma Múltiplo (MM) é a segunda neoplasia hematológica mais comum e sua incidência está aumentando, resultado do envelhecimento populacional. A sobrevida global em pacientes com MM melhorou significativamente, pelo avanço em pesquisas na área como, uso de novos agentes, desenvolvimento de imunoterapias inovadoras, transplante autólogo de células-tronco e melhores cuidados de suporte. Apesar do desenvolvimento atual sobre MM, o envelhecimento continua sendo fator de mau prognóstico. Objetivos: Analisar as atualizações no diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo, em pacientes idosos. Material e Métodos: Revisão sistemática da literatura, na base de dados PubMed, com descritores: “treatment AND diagnosis AND (multiple myeloma)”. Foram identificados 29 artigos com os filtros: Free full text, Review, Scientific Integrity Review, Systematic Review, 5 years, Humans e Aged: 65+ years. Destes, 17 artigos foram considerados elegíveis e 12, excluídos, por não se enquadrarem nos objetivos deste estudo. Resultados: Apesar da sobrevida global em pacientes com MM ter melhorado substancialmente, o envelhecimento continua sendo fator agravante na doença. Pacientes idosos apresentam maior incidência de comorbidades relacionadas à idade, fragilidade e disfunção orgânica, e tem diagnóstico dificultado, além de limitação na seleção de terapias. Alguns critérios para o diagnóstico são hipercalcemia >2,75mmol/L, insuficiência renal definida com creatinina sérica >173 mmol/l, anemia com hemoglobina <10g/dl e lesões osteolíticas. Também bioindicadores que indicam desenvolvimento do MM, como, células plasmáticas clonais da medula óssea, e presença de mais de uma lesão medular focal na ressonância magnética. A principal abordagem de tratamento é o transplante autólogo de células-tronco, necessitando a avaliação do paciente para determinar a elegibilidade, baseada na aptidão física e na funcionalidade do órgão. Alguns métodos terapêuticos atuais incluem Daratumumabe (anticorpo monoclonal anticâncer) e Lenalidomida, relacionados ao aumento de sobrevida global e melhora no desfecho dos pacientes. Por fim, as decisões terapêuticas devem equilibrar o manejo individual do paciente com eficácia, toxicidade e praticidade, porque, pacientes idosos estão em risco de eventos adversos graves. Conclusão: As comorbidades são fatores de risco para mau prognóstico, nos pacientes idosos e, configuram uma dificuldade no diagnóstico e estabelecimento de tratamentos adequados. Logo, a conduta terapêutica deve ser individualizada para cada paciente.
{"title":"ATUALIZAÇÕES NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO MIELOMA MÚLTIPLO EM PACIENTES IDOSOS","authors":"Cefas Lourenço do; Carmo Júnior, Ana Beatriz De Paula Silva, L. Alves, Izabela Ramos Nascimento","doi":"10.51161/hematoclil/160","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/160","url":null,"abstract":"Introdução: O Mieloma Múltiplo (MM) é a segunda neoplasia hematológica mais comum e sua incidência está aumentando, resultado do envelhecimento populacional. A sobrevida global em pacientes com MM melhorou significativamente, pelo avanço em pesquisas na área como, uso de novos agentes, desenvolvimento de imunoterapias inovadoras, transplante autólogo de células-tronco e melhores cuidados de suporte. Apesar do desenvolvimento atual sobre MM, o envelhecimento continua sendo fator de mau prognóstico. Objetivos: Analisar as atualizações no diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo, em pacientes idosos. Material e Métodos: Revisão sistemática da literatura, na base de dados PubMed, com descritores: “treatment AND diagnosis AND (multiple myeloma)”. Foram identificados 29 artigos com os filtros: Free full text, Review, Scientific Integrity Review, Systematic Review, 5 years, Humans e Aged: 65+ years. Destes, 17 artigos foram considerados elegíveis e 12, excluídos, por não se enquadrarem nos objetivos deste estudo. Resultados: Apesar da sobrevida global em pacientes com MM ter melhorado substancialmente, o envelhecimento continua sendo fator agravante na doença. Pacientes idosos apresentam maior incidência de comorbidades relacionadas à idade, fragilidade e disfunção orgânica, e tem diagnóstico dificultado, além de limitação na seleção de terapias. Alguns critérios para o diagnóstico são hipercalcemia >2,75mmol/L, insuficiência renal definida com creatinina sérica >173 mmol/l, anemia com hemoglobina <10g/dl e lesões osteolíticas. Também bioindicadores que indicam desenvolvimento do MM, como, células plasmáticas clonais da medula óssea, e presença de mais de uma lesão medular focal na ressonância magnética. A principal abordagem de tratamento é o transplante autólogo de células-tronco, necessitando a avaliação do paciente para determinar a elegibilidade, baseada na aptidão física e na funcionalidade do órgão. Alguns métodos terapêuticos atuais incluem Daratumumabe (anticorpo monoclonal anticâncer) e Lenalidomida, relacionados ao aumento de sobrevida global e melhora no desfecho dos pacientes. Por fim, as decisões terapêuticas devem equilibrar o manejo individual do paciente com eficácia, toxicidade e praticidade, porque, pacientes idosos estão em risco de eventos adversos graves. Conclusão: As comorbidades são fatores de risco para mau prognóstico, nos pacientes idosos e, configuram uma dificuldade no diagnóstico e estabelecimento de tratamentos adequados. Logo, a conduta terapêutica deve ser individualizada para cada paciente.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"52 4.5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132025348","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ingrid Pontes Farias, Aderson Ferreira Cavalcante Neto, Alaíde Maria Rodrigues Pinheiro, Antonia Moemia Lúcia Rodrigues Portela
Introdução: Segundo a Organização mundial de saúde, a Anemia é definida como um estado em que a concentração de hemoglobina no sangue é anormalmente baixa, como uma consequência da carência de nutrientes. A Anemia Ferropriva está relacionada com a deficiência de ferro, sendo a mais comum dentre as carências nutricionais do mundo, com maior prevalência entre as mulheres e crianças. Para identificar características que sugerem diagnósticos para anemia ferropriva do paciente, é importante o exame físico, além de um hemograma completo e testes para hemólise e revisão do esfregaço de sangue periférico também podem ser importantes. Objetivos: Compreender os distúrbios envolvidos na patologia, prevenção, implicações clinicas e tratamento da anemia ferropriva. Metodologia: Para o levantamento dos estudos, foram realizadas buscas nas bases de dados das plataformas SCIELO, PUBMED, LILACS. As buscas ocorreram em junho de 2022 e abrangeu artigos publicados no período de 2015 a 2021, conforme o tema estudado. Para critérios de inclusão foram selecionados 10 artigos em português, utilizando-se os seguintes descritores: “síndromes anêmicas”; “hemoglobina” e “anemia”. Foram selecionados 5 artigos por estarem na íntegra, atuais. Foram excluídos estudos na forma de resumos, duplicados e que não atendiam ao objetivo proposto. Resultados: As causas da anemia ferropriva inclui má absorção de ferro, ingestão insuficiente de ferro na alimentação, perda aguda de sangue por consequência de traumas e perda crônica de sangue. Os grupos mais vulneráveis são lactentes, crianças menores de 5 anos e mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada por sintomas inespecíficos, como dificuldade de aprendizagem nas crianças, fadiga generalizada, anorexia, palidez de pele e mucosas, menor disposição para o trabalho e apatia. Embora o diagnóstico possa ser feito por meio do exame físico e do histórico do paciente, é importante o exame laboratorial, pois ele confirmará o quadro clínico do paciente. O tratamento é feito com reposição de ferro, podendo ser necessária transfusão, caso o paciente esteja descompensado hemodinamicamente, além disso, alimentação adequada e rica em ferro. Conclusão: Portanto, a triagem em pacientes de risco, diagnóstico precoce e tratamento com reposição e causa da carência do ferro são de extrema importância para diminuir morbimortalidade.
{"title":"INCIDÊNCIA DE ANEMIA FERROPRIVA E OS DISTÚRBIOS DO METABOLISMO PELA FALTA DE FERRO","authors":"Ingrid Pontes Farias, Aderson Ferreira Cavalcante Neto, Alaíde Maria Rodrigues Pinheiro, Antonia Moemia Lúcia Rodrigues Portela","doi":"10.51161/hematoclil/165","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/165","url":null,"abstract":"Introdução: Segundo a Organização mundial de saúde, a Anemia é definida como um estado em que a concentração de hemoglobina no sangue é anormalmente baixa, como uma consequência da carência de nutrientes. A Anemia Ferropriva está relacionada com a deficiência de ferro, sendo a mais comum dentre as carências nutricionais do mundo, com maior prevalência entre as mulheres e crianças. Para identificar características que sugerem diagnósticos para anemia ferropriva do paciente, é importante o exame físico, além de um hemograma completo e testes para hemólise e revisão do esfregaço de sangue periférico também podem ser importantes. Objetivos: Compreender os distúrbios envolvidos na patologia, prevenção, implicações clinicas e tratamento da anemia ferropriva. Metodologia: Para o levantamento dos estudos, foram realizadas buscas nas bases de dados das plataformas SCIELO, PUBMED, LILACS. As buscas ocorreram em junho de 2022 e abrangeu artigos publicados no período de 2015 a 2021, conforme o tema estudado. Para critérios de inclusão foram selecionados 10 artigos em português, utilizando-se os seguintes descritores: “síndromes anêmicas”; “hemoglobina” e “anemia”. Foram selecionados 5 artigos por estarem na íntegra, atuais. Foram excluídos estudos na forma de resumos, duplicados e que não atendiam ao objetivo proposto. Resultados: As causas da anemia ferropriva inclui má absorção de ferro, ingestão insuficiente de ferro na alimentação, perda aguda de sangue por consequência de traumas e perda crônica de sangue. Os grupos mais vulneráveis são lactentes, crianças menores de 5 anos e mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada por sintomas inespecíficos, como dificuldade de aprendizagem nas crianças, fadiga generalizada, anorexia, palidez de pele e mucosas, menor disposição para o trabalho e apatia. Embora o diagnóstico possa ser feito por meio do exame físico e do histórico do paciente, é importante o exame laboratorial, pois ele confirmará o quadro clínico do paciente. O tratamento é feito com reposição de ferro, podendo ser necessária transfusão, caso o paciente esteja descompensado hemodinamicamente, além disso, alimentação adequada e rica em ferro. Conclusão: Portanto, a triagem em pacientes de risco, diagnóstico precoce e tratamento com reposição e causa da carência do ferro são de extrema importância para diminuir morbimortalidade.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121261446","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Thiago José Monteiro Borges da Silva Valente, Waldemar de Brito Cavalcanti Neto, Luciana Ramos Teixeira
Introdução: A anemia é uma complicação prevalente e grave da doença renal crônica, pela deficiência da eritropoetina produzida pelos rins, ocasionando aumento da mortalidade associada a progressão da falência renal. O tratamento da anemia é a terapia com eritropoetina recombinante, elevando o nível de hemoglobina para 11,5 g/dL. No entanto, alguns pacientes, mesmo com essa terapia, não respondem ao tratamento e permanecem anêmicos. Objetivo: Avaliar a resistência ao uso da eritropoetina recombinante humana no tratamento da anemia para manutenção de níveis de hemoglobina em pacientes renais crônicos. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura nos bancos de dados Pubmed (Medline) sem restrição de idioma com os seguintes descritores: “anemia”, “doença renal crônica”, “eritropoetina recombinante”. Encontrou-se 18 artigos que foram selecionados para estudos observacionais. Resultados: De acordo com estudos multicêntricos brasileiros, elaborados em ambulatórios, a prevalência de anemia, considerada como concentração de hemoglobina menor que 11g/dL, foi de 39%, no estágio avançado de doença renal crônica. A avaliação da causa da anemia deve preceder o início da terapêutica com eritropoetina para reversão da anemia normocítica e normocrômica. O efeito biológico da eritropoetina em células hematopoiéticas é mediado pela ligação da mesma aos seus receptores específicos na superfície das células progenitoras eritropoiéticas, inibindo a apoptose, levando a proliferação e diferenciação dessas células. Todavia, foi observado que alguns pacientes não respondem a eritropoetina e os estudos apontam a liberação de citocinas inflamatórias, em decorrência a doença renal crônica, como a principal causa da resistência a eritropoetina. Na doença renal crônica a interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) tem sido identificadas no plasma desses pacientes. As citocinas atuam nas células progenitoras de maneira oposta à eritropoetina, estimulando a apoptose, inibindo a proliferação de células progenitoras reduzindo a expressão de receptores de eritropoetina. O efeito dessas citocinas explica a resistência ao tratamento da anemia com eritropoetina nesses pacientes necessitando altas dosagem de eritropoetina, levando alterações cardiovasculares. Conclusão: No contexto atual, ainda não há um estudo que relacione a dosagem de citocinas e a terapêutica para pacientes renais crônicos resistentes ao tratamento da anemia com eritropoetina recombinante humana.
{"title":"AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO DA ANEMIA COM ERITROPOETINA RECOMBINANTE HUMANA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA","authors":"Thiago José Monteiro Borges da Silva Valente, Waldemar de Brito Cavalcanti Neto, Luciana Ramos Teixeira","doi":"10.51161/hematoclil/164","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/164","url":null,"abstract":"Introdução: A anemia é uma complicação prevalente e grave da doença renal crônica, pela deficiência da eritropoetina produzida pelos rins, ocasionando aumento da mortalidade associada a progressão da falência renal. O tratamento da anemia é a terapia com eritropoetina recombinante, elevando o nível de hemoglobina para 11,5 g/dL. No entanto, alguns pacientes, mesmo com essa terapia, não respondem ao tratamento e permanecem anêmicos. Objetivo: Avaliar a resistência ao uso da eritropoetina recombinante humana no tratamento da anemia para manutenção de níveis de hemoglobina em pacientes renais crônicos. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura nos bancos de dados Pubmed (Medline) sem restrição de idioma com os seguintes descritores: “anemia”, “doença renal crônica”, “eritropoetina recombinante”. Encontrou-se 18 artigos que foram selecionados para estudos observacionais. Resultados: De acordo com estudos multicêntricos brasileiros, elaborados em ambulatórios, a prevalência de anemia, considerada como concentração de hemoglobina menor que 11g/dL, foi de 39%, no estágio avançado de doença renal crônica. A avaliação da causa da anemia deve preceder o início da terapêutica com eritropoetina para reversão da anemia normocítica e normocrômica. O efeito biológico da eritropoetina em células hematopoiéticas é mediado pela ligação da mesma aos seus receptores específicos na superfície das células progenitoras eritropoiéticas, inibindo a apoptose, levando a proliferação e diferenciação dessas células. Todavia, foi observado que alguns pacientes não respondem a eritropoetina e os estudos apontam a liberação de citocinas inflamatórias, em decorrência a doença renal crônica, como a principal causa da resistência a eritropoetina. Na doença renal crônica a interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) tem sido identificadas no plasma desses pacientes. As citocinas atuam nas células progenitoras de maneira oposta à eritropoetina, estimulando a apoptose, inibindo a proliferação de células progenitoras reduzindo a expressão de receptores de eritropoetina. O efeito dessas citocinas explica a resistência ao tratamento da anemia com eritropoetina nesses pacientes necessitando altas dosagem de eritropoetina, levando alterações cardiovasculares. Conclusão: No contexto atual, ainda não há um estudo que relacione a dosagem de citocinas e a terapêutica para pacientes renais crônicos resistentes ao tratamento da anemia com eritropoetina recombinante humana.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121648819","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Giovanna Walfredo de Carvalho Linhares, aime Angelo De Santiago Neto, Thiago Ribeiro de Carvalho
Introdução: A Covid-19, doença pandêmica enfrentada nos últimos anos, pode acarretar desdobramentos como o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), uma obstrução de artérias pulmonares por coágulos sanguíneos, diminuindo ou cessando o fluxo sanguíneo local. Especula-se que o SARS-CoV-2 tenha tropismo pelos pneumócitos tipo II, gerando uma hipercoagulabilidade que facilita a formação dos trombos pulmonares, mas tais mecanismos fisiopatológicos ainda não foram totalmente esclarecidos. Dessa maneira, é essencial conhecer a prevalência e as condutas adequadas para prevenir essa complicação tão incógnita e nociva. Objetivos: Analisar a apresentação do tromboembolismo pulmonar em pacientes com Covid-19 e suas características profiláticas. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada pela análise de cinco artigos publicados nas línguas portuguesa e inglesa entre 2020 e 2022, obtidos nas bases de dados SciELO e Pubmed. Os descritores pesquisados são “COVID-19” e “Tromboembolismo Pulmonar” e estão de acordo com o Sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Resultados: Segundo a literatura estudada, é evidente a correlação entre complicações tromboembólicas e Covid-19, enfermidade de característica pró-trombótica acentuada. A tomografia computadorizada de tórax acusou TEP em 23% dos pacientes positivos para Covid-19, sendo homens e aqueles em ventilação mecânica os mais atingidos. Outro estudo aponta que 27% dos pacientes em tratamento intensivo com SARS-CoV-2 apresentaram tromboembolismo venoso confirmado por exames de imagem, sendo 81% deles TEP. Os artigos teceram discrepâncias em relação à profilaxia antitrombótica, visto que esta carece de estudos concretos e prospectivos sobre seus benefícios. É válido mencionar que o TEP sofre sobreposição dos demais sintomas pulmonares da Covid-19. Por esse motivo, para alguns autores, a administração de anticoagulantes já deve ser considerada em cenários de terapia intensiva e executada em altas doses para aqueles com formas severas da Covid-19. De fato, pacientes que recebiam heparina estavam associados a uma menor mortalidade. Conclusão: Perante o exposto, observa-se que a infecção pelo SARS-CoV-2 tem intrínseca relação com eventos tromboembólicos. Em contrapartida, ainda se sofre com a carência de estudos concretos que possam contribuir para a formulação de uma abordagem sistemática e comprovadamente eficiente para a redução dos índices de episódios de hipercoagulabilidade em pacientes no contexto da Covid-19.
{"title":"TROMBOEMBOLISMO PULMONAR ASSOCIADO À COVID-19: PREVALÊNCIA E PROFILAXIA","authors":"Giovanna Walfredo de Carvalho Linhares, aime Angelo De Santiago Neto, Thiago Ribeiro de Carvalho","doi":"10.51161/hematoclil/159","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/159","url":null,"abstract":"Introdução: A Covid-19, doença pandêmica enfrentada nos últimos anos, pode acarretar desdobramentos como o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), uma obstrução de artérias pulmonares por coágulos sanguíneos, diminuindo ou cessando o fluxo sanguíneo local. Especula-se que o SARS-CoV-2 tenha tropismo pelos pneumócitos tipo II, gerando uma hipercoagulabilidade que facilita a formação dos trombos pulmonares, mas tais mecanismos fisiopatológicos ainda não foram totalmente esclarecidos. Dessa maneira, é essencial conhecer a prevalência e as condutas adequadas para prevenir essa complicação tão incógnita e nociva. Objetivos: Analisar a apresentação do tromboembolismo pulmonar em pacientes com Covid-19 e suas características profiláticas. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada pela análise de cinco artigos publicados nas línguas portuguesa e inglesa entre 2020 e 2022, obtidos nas bases de dados SciELO e Pubmed. Os descritores pesquisados são “COVID-19” e “Tromboembolismo Pulmonar” e estão de acordo com o Sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Resultados: Segundo a literatura estudada, é evidente a correlação entre complicações tromboembólicas e Covid-19, enfermidade de característica pró-trombótica acentuada. A tomografia computadorizada de tórax acusou TEP em 23% dos pacientes positivos para Covid-19, sendo homens e aqueles em ventilação mecânica os mais atingidos. Outro estudo aponta que 27% dos pacientes em tratamento intensivo com SARS-CoV-2 apresentaram tromboembolismo venoso confirmado por exames de imagem, sendo 81% deles TEP. Os artigos teceram discrepâncias em relação à profilaxia antitrombótica, visto que esta carece de estudos concretos e prospectivos sobre seus benefícios. É válido mencionar que o TEP sofre sobreposição dos demais sintomas pulmonares da Covid-19. Por esse motivo, para alguns autores, a administração de anticoagulantes já deve ser considerada em cenários de terapia intensiva e executada em altas doses para aqueles com formas severas da Covid-19. De fato, pacientes que recebiam heparina estavam associados a uma menor mortalidade. Conclusão: Perante o exposto, observa-se que a infecção pelo SARS-CoV-2 tem intrínseca relação com eventos tromboembólicos. Em contrapartida, ainda se sofre com a carência de estudos concretos que possam contribuir para a formulação de uma abordagem sistemática e comprovadamente eficiente para a redução dos índices de episódios de hipercoagulabilidade em pacientes no contexto da Covid-19.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"127 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133545300","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
J. Nunes, Maria Eduarda Mota De Alencar, Alaíde Maria Rodrigues Pinheiro, Ana Kélvia Araújo Arcanjo
Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma doença genética que apresenta homozigose da hemoglobina S (Hb SS). Por se tratar de uma doença que causa hemólise, observa-se no quadro clínico do paciente características como, icterícia, febre, quadros de crise dolorosa, estão mais susceptíveis a contrair infecções, as quais podem proporcionar um agravamento no quadro de anemia, além de episódios vaso-oclusivos, os quais afetam negativamente o fornecimento de oxigênio para os órgãos. Atualmente a hidroxiuréia (HU) é o medicamento mais utilizado para pacientes com AF, tornando-se um grande avanço para o tratamento dessa doença. Objetivos: Analisar e compreender o uso da hidroxiuréia em pacientes portadores de anemia falciforme com o intuito de integrar e promover mais informações sobre a presente temática para a comunidade científica. Material e métodos: A pesquisa foi realizada através de análise bibliográfica nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Para o levantamento, foram selecionados 10 artigos, publicados entre 2010 e 2022, em língua portuguesa, empregando os seguintes descritores: Anemia Falciforme; Hidroxiuréia; Tratamento. Foram descartados 6 artigos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Resultados: A HU apresenta um efeito citotóxico que ao inibir a enzima ribonucleotídeo redutase produz vários efeitos benéficos nos pacientes com AF, tais como: aumento da produção de hemoglobina fetal (HbF), aumento da hidratação do glóbulo vermelho, aumento da taxa hemoglobínica, maior produção de óxido nítrico e diminuição da expressão de moléculas de adesão. Até o momento, ela é considerada a terapia farmacológica de maior sucesso para a AF. Conclusão: A HU é o fármaco mais eficaz no tratamento da AF, visto que, além de aumentar os níveis de HbF, reduz o número de hospitalizações, transfusões, e episódios de crise dolorosa, promovendo uma melhora no quadro clínico, dessa forma proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente.
{"title":"A IMPLEMENTAÇÃO DA HIDROXIURÉIA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME","authors":"J. Nunes, Maria Eduarda Mota De Alencar, Alaíde Maria Rodrigues Pinheiro, Ana Kélvia Araújo Arcanjo","doi":"10.51161/hematoclil/157","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/157","url":null,"abstract":"Introdução: A anemia falciforme (AF) é uma doença genética que apresenta homozigose da hemoglobina S (Hb SS). Por se tratar de uma doença que causa hemólise, observa-se no quadro clínico do paciente características como, icterícia, febre, quadros de crise dolorosa, estão mais susceptíveis a contrair infecções, as quais podem proporcionar um agravamento no quadro de anemia, além de episódios vaso-oclusivos, os quais afetam negativamente o fornecimento de oxigênio para os órgãos. Atualmente a hidroxiuréia (HU) é o medicamento mais utilizado para pacientes com AF, tornando-se um grande avanço para o tratamento dessa doença. Objetivos: Analisar e compreender o uso da hidroxiuréia em pacientes portadores de anemia falciforme com o intuito de integrar e promover mais informações sobre a presente temática para a comunidade científica. Material e métodos: A pesquisa foi realizada através de análise bibliográfica nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Para o levantamento, foram selecionados 10 artigos, publicados entre 2010 e 2022, em língua portuguesa, empregando os seguintes descritores: Anemia Falciforme; Hidroxiuréia; Tratamento. Foram descartados 6 artigos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Resultados: A HU apresenta um efeito citotóxico que ao inibir a enzima ribonucleotídeo redutase produz vários efeitos benéficos nos pacientes com AF, tais como: aumento da produção de hemoglobina fetal (HbF), aumento da hidratação do glóbulo vermelho, aumento da taxa hemoglobínica, maior produção de óxido nítrico e diminuição da expressão de moléculas de adesão. Até o momento, ela é considerada a terapia farmacológica de maior sucesso para a AF. Conclusão: A HU é o fármaco mais eficaz no tratamento da AF, visto que, além de aumentar os níveis de HbF, reduz o número de hospitalizações, transfusões, e episódios de crise dolorosa, promovendo uma melhora no quadro clínico, dessa forma proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130229575","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A doença falciforme (DF) é uma hemoglobinopatia mundialmente predominante, responsável por elevado índice de morbimortalidade. Atualmente, a hidroxiureia (HU) é a melhor opção e o único tratamento eficaz para DF, que amplia a qualidade de vida e sobrevida. Objetivo: Revisar o uso do fármaco HU no tratamento da DF. Materiais e Métodos: Os dados foram levantados pelos bancos de dados PubMed e SciELO; e manuais, portarias e relatórios do Ministério da Saúde do Brasil. Foram priorizados artigos publicados nos últimos quinze anos. Resultados: A HU é um fármaco paliativo para DF, cujo principal mecanismo é a produção ampliada de hemoglobina fetal (HbF). O fármaco atua na redução de vasoclusões, hemólise, aumento da hemoglobina total, entre outros. Assim, a HU diminui o risco de infecções, hospitalização, e taxa de mortalidade. Houve um aumento em 40% de pacientes tratados com HU entre os anos de 2016 e 2020 no Brasil, juntamente com a elevação de 76% de sua dispensação. Apesar dos benefícios, a HU não age na prevenção de todas as complicações da DF e pode ocasionar supressão de medula, além do potencial carcinogênico, quando utilizada por longos períodos. No Brasil, o uso é contraindicado em sintomas leves, recomendado a partir dos dois anos de idade, somente prescrito após avaliação médica rigorosa, e exige diversos documentos, dentre eles o Termo de Consentimento Informado. A administração preconizada é por via oral e gradual até obtenção da dose máxima tolerada, de forma a proporcionar melhoria, isento de toxicidade. Hoje, o Brasil dispõe apenas cápsulas de 500 mg, apesar de haver produção internacional 100 mg pediátricas, para impedir o desperdício e erro de dosagem, quando diluída em domicílio. A duração mínima do tratamento é de dois anos e mantida indeterminadamente, com monitorização periódica. É indicado interrupção em casos de má adesão, insuficiência medular, fatores genéticos interferentes, e resposta terapêutica insatisfatória. Conclusão: Apesar de atualmente a HU ser um avanço terapêutico para DF, é preciso buscar novos medicamentos de menor toxicidade e maior eficácia. Nesse entretempo, se faz necessário a importação ou produção nacional da apresentação 100mg da HU, para uso em pacientes pediátricos.
{"title":"USO DA HIDROXIUREIA NA DOENÇA FALCIFORME: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA","authors":"T. C. Nascimento, Keila Correia de Alcântara","doi":"10.51161/hematoclil/154","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/154","url":null,"abstract":"Introdução: A doença falciforme (DF) é uma hemoglobinopatia mundialmente predominante, responsável por elevado índice de morbimortalidade. Atualmente, a hidroxiureia (HU) é a melhor opção e o único tratamento eficaz para DF, que amplia a qualidade de vida e sobrevida. Objetivo: Revisar o uso do fármaco HU no tratamento da DF. Materiais e Métodos: Os dados foram levantados pelos bancos de dados PubMed e SciELO; e manuais, portarias e relatórios do Ministério da Saúde do Brasil. Foram priorizados artigos publicados nos últimos quinze anos. Resultados: A HU é um fármaco paliativo para DF, cujo principal mecanismo é a produção ampliada de hemoglobina fetal (HbF). O fármaco atua na redução de vasoclusões, hemólise, aumento da hemoglobina total, entre outros. Assim, a HU diminui o risco de infecções, hospitalização, e taxa de mortalidade. Houve um aumento em 40% de pacientes tratados com HU entre os anos de 2016 e 2020 no Brasil, juntamente com a elevação de 76% de sua dispensação. Apesar dos benefícios, a HU não age na prevenção de todas as complicações da DF e pode ocasionar supressão de medula, além do potencial carcinogênico, quando utilizada por longos períodos. No Brasil, o uso é contraindicado em sintomas leves, recomendado a partir dos dois anos de idade, somente prescrito após avaliação médica rigorosa, e exige diversos documentos, dentre eles o Termo de Consentimento Informado. A administração preconizada é por via oral e gradual até obtenção da dose máxima tolerada, de forma a proporcionar melhoria, isento de toxicidade. Hoje, o Brasil dispõe apenas cápsulas de 500 mg, apesar de haver produção internacional 100 mg pediátricas, para impedir o desperdício e erro de dosagem, quando diluída em domicílio. A duração mínima do tratamento é de dois anos e mantida indeterminadamente, com monitorização periódica. É indicado interrupção em casos de má adesão, insuficiência medular, fatores genéticos interferentes, e resposta terapêutica insatisfatória. Conclusão: Apesar de atualmente a HU ser um avanço terapêutico para DF, é preciso buscar novos medicamentos de menor toxicidade e maior eficácia. Nesse entretempo, se faz necessário a importação ou produção nacional da apresentação 100mg da HU, para uso em pacientes pediátricos.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115615436","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}