{"title":"“DO PENSAR PARA O MELHOR AGIR”: QUE ÁFRICA OS AFRICANOS QUEREM?","authors":"P. Gomes","doi":"10.25247/2447-861X.2018.n245.p532-567","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo procuro discutir criticamente alguns aspetos ligados às independências dos países africanos connquistadas entre os anos 1960 e os anos 1990 e as ideias subjacentes ao projeto histórico da unidade continental, em particular modo dos países de língua oficial portuguesa, submetidos à colonização portuguesa. Faço-o a partir de reflexões teóricas de inteletuais africanos que marcaram as lutas nacionalistas do século XX, como foi o caso de Amílca Cabral. O texto parte da concepção de indepencência e emancipação elaborada por Cabral e procura dialogar com alguns estudiosos da África contemporânea, em particular filósofos, no sentido de compreender o caminho percorrido por africanos na construção e produção de conhecimento sobre o continente e os principais desafios do futuro a partir da visão da “Agenda 2063” e da definição de uma “Agenda Inteletual Africana”, numa perspetiva descolonial. O artigo procura localizar as reflexões na realidade da Guiné-Bissau (pátria de Amílcar Cabral) a partir do debate acadêmico sobre temas de gênero em curso no continente. Por quem e como o conhecimento sobre África é produzido constituem as questões centrais, a partir das quais procuro conduzir as minhas reflexões neste trabalho.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25247/2447-861X.2018.n245.p532-567","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo procuro discutir criticamente alguns aspetos ligados às independências dos países africanos connquistadas entre os anos 1960 e os anos 1990 e as ideias subjacentes ao projeto histórico da unidade continental, em particular modo dos países de língua oficial portuguesa, submetidos à colonização portuguesa. Faço-o a partir de reflexões teóricas de inteletuais africanos que marcaram as lutas nacionalistas do século XX, como foi o caso de Amílca Cabral. O texto parte da concepção de indepencência e emancipação elaborada por Cabral e procura dialogar com alguns estudiosos da África contemporânea, em particular filósofos, no sentido de compreender o caminho percorrido por africanos na construção e produção de conhecimento sobre o continente e os principais desafios do futuro a partir da visão da “Agenda 2063” e da definição de uma “Agenda Inteletual Africana”, numa perspetiva descolonial. O artigo procura localizar as reflexões na realidade da Guiné-Bissau (pátria de Amílcar Cabral) a partir do debate acadêmico sobre temas de gênero em curso no continente. Por quem e como o conhecimento sobre África é produzido constituem as questões centrais, a partir das quais procuro conduzir as minhas reflexões neste trabalho.