Gabriela Jubilato Bosso, Letícia Cappellano, Luis Fernando Ventura Vilella, André Viu Matheus, A. P. Batista
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Abstract
Introdução: Rara em crianças e adolescentes, a leucemia mieloide crônica representa cerca de 2 a 3% dos casos de leucemia em menores de 15 anos. A doença mieloproliferativa é originada a partir da translocação dos cromossomos 9 e 22, dando origem ao cromossomo Philadelphia. O tratamento recomendado para crianças e adolescentes com LMC segue os protocolos de pacientes adultos pela falta de estudos na pediatria pela raridade da doença. O uso de inibidores de tirosina-quinase como o imatinibe tem mostrado bons resultados nos pacientes pediátricos. Objetivo: Relatar um caso de leucemia mieloide crônica em paciente pediátrico e o tratamento utilizado. Material e métodos: Os dados foram retirados do prontuário médico do paciente e foram coletados desde o momento da entrada do paciente no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil, por profissionais envolvidos durante toda a assistência através de anamnese, exame físico e exames laboratoriais. Resultado: Nesse estudo é relatado o caso de um paciente de 21 anos do sexo masculino que deu entrada no Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil aos 14 anos com diagnóstico de LMC. Apresentou leucocitose, cromossomo Ph+ presente e fusão dos genes BCR/ABL1. Paciente está em tratamento com imatinibe desde 2014. A partir do diagnóstico de LMC no paciente pediátrico, a primeira linha de tratamento sugerida nos estudos mais recentes com adultos é o mesilato de imatinibe, que apresenta boa resposta e remissão da doença em um período de 12 a 18 meses. Para avaliação dos resultados do tratamento ou possibilidade de falha dele são observadas respostas hematológica, citogenética e molecular. O sucesso do tratamento em 18 meses é indicado pela ausência do cromossomo Ph+, resposta hematológica completa e razão BCR-ABL1/ABL menor ou igual a 0,1% na escala internacional. Conclusão: Pela escassez de casos e estudos da LMC na pediatria, o tratamento atual segue protocolos de pacientes adultos.