Vitória Moreira Soares, Maria Clara Tomaz Feijão, A. Teles, Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra, Aline Diogo Marinho
{"title":"NOVOS TRATAMENTOS DA LEUCEMIA NEUTROFÍLICA CRÔNICA: REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Vitória Moreira Soares, Maria Clara Tomaz Feijão, A. Teles, Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra, Aline Diogo Marinho","doi":"10.51161/hematoclil/119","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A Leucemia Neutrofílica Crônica (LNC) é uma neoplasia mieloproliferativa rara, com hipercelularidade de medula. Entretanto, pouco é sabido sobre o aumento na sobrevida para LNC com o uso de IFN-α, inibidor de JAK1/2 e inibidor da MEK. Potencial curativo é expresso apenas com o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), indicado para parte dos casos. Objetivos: Revisar as novas terapias: inibição da JAK-STAT, do MEK e da tirosina quinase, potencialmente vantajosas no manejo clínico da LNC. Material e métodos: Revisão sistemática de artigos originais disponíveis na plataforma PubMed entre 2020 e 2021, ordenados por relevância, acerca do tratamento da LNC. Resultados: Foram encontrados 27 artigos na plataforma, tendo sido selecionados os 7 mais relevantes. Os fármacos têm sido capazes de estabilizar o paciente com melhor qualidade de vida, mas sem potencial curativo e sem aumento da sobrevida. Recentemente, o inibidor da JAK-STAT ruxolitinibe emergiu, como tratamento nos casos de mutação de membrana proximal de CSF3, objetivando citorredução e preparação para o TCTH. Os desafios do emprego deste medicamento são: determinação do período ideal para o uso e benefícios da sua associação ao trametinibe para evitar a resistência. Ademais, o dasatinibe, inibidor da tirosina quinase, e o trametinibe, inibidor seletivo da MEK1/2, estão sendo utilizadas para potencializar o tratamento no caso de associação de mutações. Pacientes portadores de mutação NRAS e CSF3R têm apresentado boa resposta à terapêutica com inibidores de MEK1/2.Nesse sentido, sabe-se que o ruxolitinibe apresenta taxa de resposta de 32%, sendo mais eficaz contra a mutação CSF3R-T618I, mesmo sem evidência de melhora na sobrevida. Já o dasatinibe teve eficácia comprovada em teste in vitro, atuando nos casos de mutação CSF3R, entretanto, os estudos in vivo são incipientes. Conclusão: Portanto, conclui-se que é necessário o desenvolvimento de novas terapias, visando o gene CSF3R, considerado o principal envolvido na carcinogênese da LNC, além da realização de testes com as drogas supramencionadas: ruxolitinibe, dasatinibe e trametinibe, com o fito de elucidar as suas indicações e efeitos.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"15 6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/119","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A Leucemia Neutrofílica Crônica (LNC) é uma neoplasia mieloproliferativa rara, com hipercelularidade de medula. Entretanto, pouco é sabido sobre o aumento na sobrevida para LNC com o uso de IFN-α, inibidor de JAK1/2 e inibidor da MEK. Potencial curativo é expresso apenas com o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), indicado para parte dos casos. Objetivos: Revisar as novas terapias: inibição da JAK-STAT, do MEK e da tirosina quinase, potencialmente vantajosas no manejo clínico da LNC. Material e métodos: Revisão sistemática de artigos originais disponíveis na plataforma PubMed entre 2020 e 2021, ordenados por relevância, acerca do tratamento da LNC. Resultados: Foram encontrados 27 artigos na plataforma, tendo sido selecionados os 7 mais relevantes. Os fármacos têm sido capazes de estabilizar o paciente com melhor qualidade de vida, mas sem potencial curativo e sem aumento da sobrevida. Recentemente, o inibidor da JAK-STAT ruxolitinibe emergiu, como tratamento nos casos de mutação de membrana proximal de CSF3, objetivando citorredução e preparação para o TCTH. Os desafios do emprego deste medicamento são: determinação do período ideal para o uso e benefícios da sua associação ao trametinibe para evitar a resistência. Ademais, o dasatinibe, inibidor da tirosina quinase, e o trametinibe, inibidor seletivo da MEK1/2, estão sendo utilizadas para potencializar o tratamento no caso de associação de mutações. Pacientes portadores de mutação NRAS e CSF3R têm apresentado boa resposta à terapêutica com inibidores de MEK1/2.Nesse sentido, sabe-se que o ruxolitinibe apresenta taxa de resposta de 32%, sendo mais eficaz contra a mutação CSF3R-T618I, mesmo sem evidência de melhora na sobrevida. Já o dasatinibe teve eficácia comprovada em teste in vitro, atuando nos casos de mutação CSF3R, entretanto, os estudos in vivo são incipientes. Conclusão: Portanto, conclui-se que é necessário o desenvolvimento de novas terapias, visando o gene CSF3R, considerado o principal envolvido na carcinogênese da LNC, além da realização de testes com as drogas supramencionadas: ruxolitinibe, dasatinibe e trametinibe, com o fito de elucidar as suas indicações e efeitos.