{"title":"Rating de crédito, governança corporativa e desempenho das empresas listadas na BM&FBOVESPA","authors":"Lucyan Hendyo Max Pereira, Orleans Silva Martins","doi":"10.5700/rege559","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"<div><p>Este trabalho buscou analisar os efeitos das práticas de governança corporativa sobre o <em>rating</em> de crédito atribuído pela <em>Moody’s</em> às empresas abertas, não financeiras, com ações negociadas na BM&FBOVESPA no período de 2008 a 2012. A análise se apoiou nos fundamentos teóricos abordados pela Teoria da Agência (JENSEN; MECKLING, 1976), sobretudo no que diz respeito aos mecanismos de transparência e qualidade dos ativos que, como consequência, podem afetar os indicadores de desempenho e credibilidade das firmas (LARKER; TAYAN, 2011; BAKER; ANDERSON, 2010). Para atingir os objetivos de pesquisa foram utilizadas regressões do tipo <em>Probit</em> ordenado, tendo como variável dependente o <em>rating</em> de crédito das empresas e como variáveis independentes seus indicadores de governança corporativa e desempenho. Dentre os principais resultados, foi possível observar que houve uma relação positiva e significante do <em>rating</em> de crédito com os níveis de governança corporativa e o retorno sobre o ativo. Adicionalmente, verificou-se relação negativa entre o <em>rating</em> e a alavancagem das firmas. Constatou-se, ademais, que durante o apogeu da crise financeira de 2008 as empresas situadas em níveis mais elevados de governança apresentaram desempenho financeiro superior àquelas situadas em níveis mais baixos. Dentre as principais contribuições do trabalho, destacam-se as ratificação das evidências existentes de que há efeito positivo da governança corporativa sobre os <em>ratings</em> atribuídos pela <em>Moody’s</em>, o que sugere que o nível de governança deve ser considerado nas análises de crédito, bem como as evidências de que melhores níveis de governança repercutiram de maneira positiva no desempenho das empresas durante uma crise financeira.</p></div><div><p>This study aimed to analyze the effects of corporate governance practices on the credit rating assigned by Moody’s to open, non-financial companies with shares traded on the BM&FBOVESPA in the period 2008-2012. Analysis relied on theoretical grounds addressed by the Agency Theory (JENSEN; MECKLING, 1976), particularly with regard to the mechanisms of transparency and quality of assets that, as a consequence, may affect the performance indicators and credibility of firms (LARKER; TAYAN, 2011; BAKER, ANDERSON, 2011). To achieve the research purposes, ordered Probit regressions were used, having as dependent variable the credit rating of the companies, and, as independent variables, indicators of corporate governance and performance. Among the main results, it was possible to observe that there was a positive and significant relationship between the credit rating and the level of corporate governance and return on assets. Additionally, there was a negative relationship between rating and leverage firms. It was found also that during the height of the financial crisis of 2008, firms in the highest levels of governance were superior to those in lower levels. The main contributions of this study concern the ratification of existing evidence in the sense that there is a positive effect of corporate governance on the ratings assigned by Moody’s, suggesting that the level of governance should be considered in credit analysis, as well as evidence that better levels of governance resonated positively on business performance during a financial crisis.</p></div><div><p>Este trabajo buscó analizar los efectos de las prácticas de gobernanza corporativa sobre el rating de crédito atribuido por la Moody’s a las empresas abiertas, no financieras, con acciones negociadas en la BM&FBOVESPA en el período de 2008 a 2012. El análisis se apoyó en los fundamentos teóricos abordados por la Teoría de la Agencia (JENSEN; MECKLING, 1976), sobretodo en lo que se refiere a los mecanismos de transparencia y cualidad de los activos que, como consecuencia, pueden afectar los indicadores de rendimiento y credibilidad de las firmas (LARKER; TAYAN, 2011; BAKER; ANDERSON, 2011). Para alcanzar los objetivos de la investigación fueron utilizadas regresiones del tipo Probit ordenado, teniendo como variable dependiente el rating de crédito de las empresas y como variables independientes sus indicadores de gobernanza corporativa y rendimiento. Entre los principales resultados, ha sido posible observar que hubo una relación positiva y significante del rating de crédito con los niveles de gobernanza corporativa y el retorno sobre el activo. Adicionalmente, se constató la relación negativa entre el rating y el apalancamiento de las firmas. Se comprobó, además, que durante el apogeo de la crisis financiera de 2008 las empresas situadas en niveles más elevados de gobernanza presentaron rendimiento financiero superior a aquellas situadas en niveles más bajos. Entre las principales contribuciones del trabajo, se destaca la ratificación de las evidencias existentes en el sentido de que hay efecto positivo de la gobernanza corporativa sobre los ratings atribuidos por la Moody’s, sugiriendo que el nivel de gobernanza debe ser considerado en los análisis de crédito, tanto como las evidencias de que mejores niveles de gobernanza repercutieron de manera positiva en el rendimiento de las empresas durante una crisis financiera.</p></div>","PeriodicalId":43596,"journal":{"name":"REGE-Revista de Gestao","volume":"22 2","pages":"Pages 205-221"},"PeriodicalIF":1.8000,"publicationDate":"2015-04-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1809227616301096/pdf?md5=5a81365436c37a4839a613047692115d&pid=1-s2.0-S1809227616301096-main.pdf","citationCount":"2","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REGE-Revista de Gestao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1809227616301096","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"MANAGEMENT","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho buscou analisar os efeitos das práticas de governança corporativa sobre o rating de crédito atribuído pela Moody’s às empresas abertas, não financeiras, com ações negociadas na BM&FBOVESPA no período de 2008 a 2012. A análise se apoiou nos fundamentos teóricos abordados pela Teoria da Agência (JENSEN; MECKLING, 1976), sobretudo no que diz respeito aos mecanismos de transparência e qualidade dos ativos que, como consequência, podem afetar os indicadores de desempenho e credibilidade das firmas (LARKER; TAYAN, 2011; BAKER; ANDERSON, 2010). Para atingir os objetivos de pesquisa foram utilizadas regressões do tipo Probit ordenado, tendo como variável dependente o rating de crédito das empresas e como variáveis independentes seus indicadores de governança corporativa e desempenho. Dentre os principais resultados, foi possível observar que houve uma relação positiva e significante do rating de crédito com os níveis de governança corporativa e o retorno sobre o ativo. Adicionalmente, verificou-se relação negativa entre o rating e a alavancagem das firmas. Constatou-se, ademais, que durante o apogeu da crise financeira de 2008 as empresas situadas em níveis mais elevados de governança apresentaram desempenho financeiro superior àquelas situadas em níveis mais baixos. Dentre as principais contribuições do trabalho, destacam-se as ratificação das evidências existentes de que há efeito positivo da governança corporativa sobre os ratings atribuídos pela Moody’s, o que sugere que o nível de governança deve ser considerado nas análises de crédito, bem como as evidências de que melhores níveis de governança repercutiram de maneira positiva no desempenho das empresas durante uma crise financeira.
This study aimed to analyze the effects of corporate governance practices on the credit rating assigned by Moody’s to open, non-financial companies with shares traded on the BM&FBOVESPA in the period 2008-2012. Analysis relied on theoretical grounds addressed by the Agency Theory (JENSEN; MECKLING, 1976), particularly with regard to the mechanisms of transparency and quality of assets that, as a consequence, may affect the performance indicators and credibility of firms (LARKER; TAYAN, 2011; BAKER, ANDERSON, 2011). To achieve the research purposes, ordered Probit regressions were used, having as dependent variable the credit rating of the companies, and, as independent variables, indicators of corporate governance and performance. Among the main results, it was possible to observe that there was a positive and significant relationship between the credit rating and the level of corporate governance and return on assets. Additionally, there was a negative relationship between rating and leverage firms. It was found also that during the height of the financial crisis of 2008, firms in the highest levels of governance were superior to those in lower levels. The main contributions of this study concern the ratification of existing evidence in the sense that there is a positive effect of corporate governance on the ratings assigned by Moody’s, suggesting that the level of governance should be considered in credit analysis, as well as evidence that better levels of governance resonated positively on business performance during a financial crisis.
Este trabajo buscó analizar los efectos de las prácticas de gobernanza corporativa sobre el rating de crédito atribuido por la Moody’s a las empresas abiertas, no financieras, con acciones negociadas en la BM&FBOVESPA en el período de 2008 a 2012. El análisis se apoyó en los fundamentos teóricos abordados por la Teoría de la Agencia (JENSEN; MECKLING, 1976), sobretodo en lo que se refiere a los mecanismos de transparencia y cualidad de los activos que, como consecuencia, pueden afectar los indicadores de rendimiento y credibilidad de las firmas (LARKER; TAYAN, 2011; BAKER; ANDERSON, 2011). Para alcanzar los objetivos de la investigación fueron utilizadas regresiones del tipo Probit ordenado, teniendo como variable dependiente el rating de crédito de las empresas y como variables independientes sus indicadores de gobernanza corporativa y rendimiento. Entre los principales resultados, ha sido posible observar que hubo una relación positiva y significante del rating de crédito con los niveles de gobernanza corporativa y el retorno sobre el activo. Adicionalmente, se constató la relación negativa entre el rating y el apalancamiento de las firmas. Se comprobó, además, que durante el apogeo de la crisis financiera de 2008 las empresas situadas en niveles más elevados de gobernanza presentaron rendimiento financiero superior a aquellas situadas en niveles más bajos. Entre las principales contribuciones del trabajo, se destaca la ratificación de las evidencias existentes en el sentido de que hay efecto positivo de la gobernanza corporativa sobre los ratings atribuidos por la Moody’s, sugiriendo que el nivel de gobernanza debe ser considerado en los análisis de crédito, tanto como las evidencias de que mejores niveles de gobernanza repercutieron de manera positiva en el rendimiento de las empresas durante una crisis financiera.