Cefas Lourenço do; Carmo Júnior, Ana Beatriz De Paula Silva, L. Alves, Izabela Ramos Nascimento
{"title":"ATUALIZAÇÕES NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO MIELOMA MÚLTIPLO EM PACIENTES IDOSOS","authors":"Cefas Lourenço do; Carmo Júnior, Ana Beatriz De Paula Silva, L. Alves, Izabela Ramos Nascimento","doi":"10.51161/hematoclil/160","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O Mieloma Múltiplo (MM) é a segunda neoplasia hematológica mais comum e sua incidência está aumentando, resultado do envelhecimento populacional. A sobrevida global em pacientes com MM melhorou significativamente, pelo avanço em pesquisas na área como, uso de novos agentes, desenvolvimento de imunoterapias inovadoras, transplante autólogo de células-tronco e melhores cuidados de suporte. Apesar do desenvolvimento atual sobre MM, o envelhecimento continua sendo fator de mau prognóstico. Objetivos: Analisar as atualizações no diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo, em pacientes idosos. Material e Métodos: Revisão sistemática da literatura, na base de dados PubMed, com descritores: “treatment AND diagnosis AND (multiple myeloma)”. Foram identificados 29 artigos com os filtros: Free full text, Review, Scientific Integrity Review, Systematic Review, 5 years, Humans e Aged: 65+ years. Destes, 17 artigos foram considerados elegíveis e 12, excluídos, por não se enquadrarem nos objetivos deste estudo. Resultados: Apesar da sobrevida global em pacientes com MM ter melhorado substancialmente, o envelhecimento continua sendo fator agravante na doença. Pacientes idosos apresentam maior incidência de comorbidades relacionadas à idade, fragilidade e disfunção orgânica, e tem diagnóstico dificultado, além de limitação na seleção de terapias. Alguns critérios para o diagnóstico são hipercalcemia >2,75mmol/L, insuficiência renal definida com creatinina sérica >173 mmol/l, anemia com hemoglobina <10g/dl e lesões osteolíticas. Também bioindicadores que indicam desenvolvimento do MM, como, células plasmáticas clonais da medula óssea, e presença de mais de uma lesão medular focal na ressonância magnética. A principal abordagem de tratamento é o transplante autólogo de células-tronco, necessitando a avaliação do paciente para determinar a elegibilidade, baseada na aptidão física e na funcionalidade do órgão. Alguns métodos terapêuticos atuais incluem Daratumumabe (anticorpo monoclonal anticâncer) e Lenalidomida, relacionados ao aumento de sobrevida global e melhora no desfecho dos pacientes. Por fim, as decisões terapêuticas devem equilibrar o manejo individual do paciente com eficácia, toxicidade e praticidade, porque, pacientes idosos estão em risco de eventos adversos graves. Conclusão: As comorbidades são fatores de risco para mau prognóstico, nos pacientes idosos e, configuram uma dificuldade no diagnóstico e estabelecimento de tratamentos adequados. Logo, a conduta terapêutica deve ser individualizada para cada paciente.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"52 4.5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/160","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O Mieloma Múltiplo (MM) é a segunda neoplasia hematológica mais comum e sua incidência está aumentando, resultado do envelhecimento populacional. A sobrevida global em pacientes com MM melhorou significativamente, pelo avanço em pesquisas na área como, uso de novos agentes, desenvolvimento de imunoterapias inovadoras, transplante autólogo de células-tronco e melhores cuidados de suporte. Apesar do desenvolvimento atual sobre MM, o envelhecimento continua sendo fator de mau prognóstico. Objetivos: Analisar as atualizações no diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo, em pacientes idosos. Material e Métodos: Revisão sistemática da literatura, na base de dados PubMed, com descritores: “treatment AND diagnosis AND (multiple myeloma)”. Foram identificados 29 artigos com os filtros: Free full text, Review, Scientific Integrity Review, Systematic Review, 5 years, Humans e Aged: 65+ years. Destes, 17 artigos foram considerados elegíveis e 12, excluídos, por não se enquadrarem nos objetivos deste estudo. Resultados: Apesar da sobrevida global em pacientes com MM ter melhorado substancialmente, o envelhecimento continua sendo fator agravante na doença. Pacientes idosos apresentam maior incidência de comorbidades relacionadas à idade, fragilidade e disfunção orgânica, e tem diagnóstico dificultado, além de limitação na seleção de terapias. Alguns critérios para o diagnóstico são hipercalcemia >2,75mmol/L, insuficiência renal definida com creatinina sérica >173 mmol/l, anemia com hemoglobina <10g/dl e lesões osteolíticas. Também bioindicadores que indicam desenvolvimento do MM, como, células plasmáticas clonais da medula óssea, e presença de mais de uma lesão medular focal na ressonância magnética. A principal abordagem de tratamento é o transplante autólogo de células-tronco, necessitando a avaliação do paciente para determinar a elegibilidade, baseada na aptidão física e na funcionalidade do órgão. Alguns métodos terapêuticos atuais incluem Daratumumabe (anticorpo monoclonal anticâncer) e Lenalidomida, relacionados ao aumento de sobrevida global e melhora no desfecho dos pacientes. Por fim, as decisões terapêuticas devem equilibrar o manejo individual do paciente com eficácia, toxicidade e praticidade, porque, pacientes idosos estão em risco de eventos adversos graves. Conclusão: As comorbidades são fatores de risco para mau prognóstico, nos pacientes idosos e, configuram uma dificuldade no diagnóstico e estabelecimento de tratamentos adequados. Logo, a conduta terapêutica deve ser individualizada para cada paciente.