L. Silva, J. G. Barreto, Cristiano Guilherme Alves de Oliveira, Sandra Chalhub De Oliveira
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Abstract
Introdução: Existe um grande número de hemoglobinas anormais, as quais compreendem um grupo de distúrbios hereditários que afetam os genes que codificam as cadeias globínicas alfa (α) e beta (β) da molécula de hemoglobina. Os portadores do traço falciforme são clínica e hematologicamente saudáveis, portanto aptos à doação de sangue. Objetivo: Avaliar a prevalência de traço falcemico em doadores de sangue na região Norte do Estado do Rio de Janeiro. Materiais e métodos: A metodologia empregada foi pesquisa com caráter exploratório de natureza retrospectiva baseada em informações do banco de dados do Hemocentro Regional de Campos dos Goytacazes/RJ, abrangendo o período de 2004 à 2020. Resultados: Foram avaliados um total de 167.215 amostras de ambos os sexos, onde 4.992 amostras foram positivas, representando 2,99% para o traço falciforme (HbS), o que comparado com dados publicados de pesquisas em outras regiões do Brasil no mesmo período, observa-se que obtivemos na presente pesquisa valores que chegam ao dobro do percentual encontrado nas demais regiões brasileiras. Os resultados demostram um número considerável de doadores portadores de traço falcêmico, o que também reflete como o traço falcêmico encontra-se presente na população brasileira, demonstrando a importância da atenção nos serviços de hemoterapia, para as unidades de hemocomponentes oriundos de doadores portadores de traço falcêmico, no intuito de promover a sua adequada utilização transfusional. Conclusão: Através da presente pesquisa foi possível estimar a incidência de traço falcêmico em 2,99% da população de doadores do Hemocentro Regional de Campos – RJ, o que reflete uma realidade da Região Norte Fluminense. Tais fatos demonstram a importância da triagem hematológica na doação sanguínea, e a necessidade de orientação aos portadores de traço da Hbs com aconselhamento genético visando reduzir o risco nascimento de crianças portadoras de doença falciforme, onde estima-se um elevado risco baseado na incidência de traço falcemico na população estudada.