Juliane Cristina Zanella, J. Silveira, Weverson Luis Monteiro Lima
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Abstract
Introdução: O sangue alogênico é um recurso terapêutico, que apesar do incentivo para doação, se torna escasso com facilidade. Nesse contexto, transfundir com sabedoria se torna uma necessidade e não mais uma opção. Sendo assim, para utilização das bolsas sanguíneas de forma sábia, entra em cena a "Patient Blood Management (PBM)", uma nova abordagem baseada em evidências, multidisciplinar e centrada no paciente que visa otimizar o atendimento daqueles que podem precisar de uma transfusão de sangue. Isso ocorre por meio da transfusão de apenas determinados elementos sanguíneos que são necessários para o paciente, seja nas fases pré-operatória, operatória ou pós-operatória. Objetivos: Avaliar a eficácia, benefícios e contrapontos da PBM através de uma revisão integrativa da literatura. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que buscou artigos na base de dados PUBMED, utilizando o descritor "Patient Blood Management" e os filtros “Ensaios clínicos randomizados“, “Revisão Sistemática”, “meta análise”, “texto completo” e “resumo”. Foram encontrados 26 resultados, dos quais 12 foram selecionados por se adequarem aos objetivos deste estudo. Resultados: Quando comparada ao manejo padrão de transfusão, a PBM mostrou-se eficaz e esteve relacionada a complicações reduzidas, redução de sangramento e da necessidade de transfusão em pessoas submetidas a cirurgias de grande porte. Uma revisão e análise sistemática mostrou que essa terapia, quando guiada por tromboelastografia (TEG), pode melhorar o gerenciamento de produtos sanguíneos e melhorar o tempo de permanência na sala de cirurgia, taxa de sangramento e mortalidade. Por outro lado, uma meta análise concluiu que as intervenções de PBM não tiveram efeito estatisticamente significativo na duração do tratamento ou na redução da mortalidade hospitalar. Conclusão: Tendo em vista o sistema de saúde sobrecarregado e a falta de bolsas de sangue no Brasil, a terapia PBM mostra-se uma solução promissora, segura, e eficaz, que traz melhora para o desfecho clínico dos pacientes e, portanto, merece a atenção dos profissionais da saúde e deve ser implementada o quanto antes pelos hospitais.