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Abstract
Uma visão e uma forma de escrita universalizantes permeiam a produção científica geográfica, o que dificulta, de modo sempre relativo, o desenvolvimento de olhares mais sensíveis à pluralidade que produz e compõe o espaço. Além disso, há a consolidação de uma relação de autoridade entre os autores que embasam teoricamente os textos de pesquisa e os pesquisadores. Isso pode funcionar negativamente como uma barreira, entre aqueles que pesquisam e os grupos que são pesquisados, quando as teorias são aplicadas nos contextos sociais e espaciais investigados de forma mecânica. As ideias centrais deste artigo questionam esses poderes instituídos na prática de pesquisa e que em muitas circunstâncias impedem descobertas e o surgimento do novo no campo científico geográfico. Proponho um diálogo com a epistemologia feminista, que defende a posicionalidade do pesquisador, já que todo resultado de pesquisa é parcial, pois é situado no tempo e no espaço e deriva das escolhas do pesquisador e das suas relações com o objeto pesquisado.
PALAVRAS-CHAVE: Epistemologia Feminista; Geografia; Pesquisa; Posicionalidade.