{"title":"Alagamentos e qualidade ambiental urbana: um estudo na cidade semiárida de Mossoró, Rio Grande do Norte, entre os anos de 2015 e 2021","authors":"Letícia Gabriele da Silva Bezerra, Weslley Misael Bezerra Damasio, Alfredo Marcelo Grigio, Zoraide Souza Pessoa","doi":"10.51359/2238-6211.2023.257498","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As cidades são a maior representatividade humana de transformação do ambiente natural, entretanto, não são sinônimos de qualidade ambiental. Entre os problemas causados pela apropriação da terra, dos recursos naturais e a concentração populacional, estão os alagamentos. Apesar da região Nordeste do Brasil sofrer predominantemente com as secas, essa também é afetada pelas dinâmicas pluviométricas. Logo, o objetivo deste trabalho foi analisar a ocorrência de alagamentos na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, inserida na porção semiárida da Região Nordeste do país, entre os anos de 2015 a 2021, buscando identificar as áreas e os bairros mais afetados, relacionando-os as condições de qualidade ambiental urbana da cidade. Foram utilizados os procedimentos técnicos bibliográfico e documental e dados levantados pela Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil de Mossoró. De 2015 a 2018, foram registrados pontos de alagamentos em 13 dos 30 bairros da cidade, concentrando-se nos bairros centrais. De 2019 a 2021, os pontos de alagamentos foram registrados em 24 dos 30 bairros, sendo observado uma dispersão dos registros para os bairros periféricos a partir do ano de 2020. As condições de qualidade ambiental urbana são impactadas essencialmente pelo acúmulo de água em contato com resíduos de lixo e águas residuais de esgoto a céu aberto, propiciando a proliferação de vetores e doenças de veiculação hídrica, podendo afetar a saúde da população e do ambiente, mostrando-se urgente a execução de ações eficientes e eficazes, articuladas a população, que proporcionem a resolução de um problema que já ocorre há anos.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Geografia Recife","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2023.257498","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
As cidades são a maior representatividade humana de transformação do ambiente natural, entretanto, não são sinônimos de qualidade ambiental. Entre os problemas causados pela apropriação da terra, dos recursos naturais e a concentração populacional, estão os alagamentos. Apesar da região Nordeste do Brasil sofrer predominantemente com as secas, essa também é afetada pelas dinâmicas pluviométricas. Logo, o objetivo deste trabalho foi analisar a ocorrência de alagamentos na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, inserida na porção semiárida da Região Nordeste do país, entre os anos de 2015 a 2021, buscando identificar as áreas e os bairros mais afetados, relacionando-os as condições de qualidade ambiental urbana da cidade. Foram utilizados os procedimentos técnicos bibliográfico e documental e dados levantados pela Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil de Mossoró. De 2015 a 2018, foram registrados pontos de alagamentos em 13 dos 30 bairros da cidade, concentrando-se nos bairros centrais. De 2019 a 2021, os pontos de alagamentos foram registrados em 24 dos 30 bairros, sendo observado uma dispersão dos registros para os bairros periféricos a partir do ano de 2020. As condições de qualidade ambiental urbana são impactadas essencialmente pelo acúmulo de água em contato com resíduos de lixo e águas residuais de esgoto a céu aberto, propiciando a proliferação de vetores e doenças de veiculação hídrica, podendo afetar a saúde da população e do ambiente, mostrando-se urgente a execução de ações eficientes e eficazes, articuladas a população, que proporcionem a resolução de um problema que já ocorre há anos.