Fernando Fernandes da Silva, Pedro Balaus Custódio, Maria João Marçalo
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Abstract
O presente estudo buscou apresentar e descrever a estrutura e as regras que governam a formação desses sinais variantes, respaldando-se em referências como as obras de Quadros e Karnopp (2004) e comparando com registros de Capovilla (2019). Adicionalmente, obras de Xavier e Barbosa (2014), bem como de Rodero-Takahira (2012, 2015, 2020) foram utilizadas para aprofundar a análise sobre compostos e morfologia. A metodologia adotada fundamentou-se no princípio de pesquisa em línguas proposto por Paiva (2019), Cervo e Bervian (2002), e envolveu a realização de entrevistas semidirigidas, conversas ambientadas e inputs imagéticos documentados em filmagens com 12 colaboradores surdos jovens, em um ambiente controlado, seguindo um roteiro preestabelecido que utilizava aspectos da linguística sociovariacionista cunhada por Labov (2008) e Calvet (2002). Permitiu-se a identificação de variantes tanto no contexto fonológico e morfológico distintos utilizados na região de Macapá, que foram nomeados como “sinalização Tucuju”, destacando a riqueza e a diversidade regional na Libras. Conclui-se que existe um vasto campo inexplorado para a pesquisa no domínio morfológico de Libras, principalmente em relação às variantes regionais. Ressalta-se a necessidade de conduzir pesquisas com enfoque variacionista sociolinguístico, visando uma compreensão mais profunda das variáveis sociais, que influenciam a formação e o uso dos sinais em comunidades surdas. Tal iniciativa não apenas enriqueceria o campo de estudos de Libras, mas também facilitaria a documentação e preservação de variantes regionais distintas, valorizando a riqueza e diversidade do patrimônio linguístico brasileiro.