Matthias Grenzer, Cleodon Amaral de Lima, Robert Barbosa Cardoso
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Abstract
O presente estudo se propõe a traduzir e interpretar o Salmo 62, texto composto em hebraico no decorrer do primeiro milênio antes de Cristo. Em especial, procura-se por uma compreensão mais exata do que o salmista afirma no versículo 6 de sua oração poética: “Ó minha alma, acalma-te somente em relação a Deus, porque dele vem minha esperança!”. Existe, sobretudo, o interesse de descobrir a reflexão teológica que acompanha o vocábulo “esperança”, palavra-chave para a espiritualidade judaico-cristã. Afinal, todo ser humano se encontra necessitado de esperança. Isto é, ser esperançoso é algo constitutivo da existência humana. No entanto, embora a questão da esperança em si una as pessoas, as respostas não o fazem. Nesse sentido, observa-se que, comumente, se cultivam esperanças marcadas por interesses particulares e até agressões nada respeitosas à sobrevivência digna de todos. Por isso, é de suma importância estabelecer um diálogo qualificado sobre quem e/ou o que merece tornar-se alvo de esperanças a serem cultivadas pelo ser humano. O Salmo 62 traz uma, isto é, a sua proposta. Respeitando a relativa autonomia desse poema antigo, sua linguagem artística e seu contexto literário-histórico, a investigação a seguir procura, portanto, pela esperança de quem aqui reza. Aliás, justamente a oração, momento em que o ser humano se abre ao diálogo com Deus, parece ser um espaço privilegiado para, criticamente, rever o que é digno de tornar-se esperança.