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Abstract
A busca por analistas nas redes sociais tem se ampliado a partir de certas especificidades, em especial com o aumento das consultas onlines e das divulgações dos profissionais nas plataformas de atentimentos e perfis midiáticos. O que essa procura carrega de específico dos nossos tempos é a ocorrência de uma dinâmica em que a identidade do terapeuta se torna espécie de moeda de troca na concorrência pela escolha do paciente. Vemos, neste contexto, profissionais se ofertando enquanto modelos de identificação. Tal problemática, no campo da psicanálise, carrega impasses que cabem ao analista se advertir e tomar posição. Embora seja crucial aos pacientes poderem procurar seus futuros analista a partir de suas fantasias e suposições de saberes, além de légitimo o desejo de segurança em serem devidamente ouvidos em suas dores, este trabalho visa discorrer sobre a posição dos psicanalistas diante dessas demandas, e os possíveis efeitos nocivos do tratamento em se pautar pela consolidação das identidades dos pacientes em referência ao eu do analista.