Waldemar Ferreira Netto, Marcus Vinicius Moreira Martins, Ana Aparecida Jorge, Juan Costa Carreiro, Mariana Nitzschke Padilha
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Abstract
Este trabalho analisa a distinção entre o que chamamos de prosódia afetiva e gramatical com base no modelo do aplicativo ExProsodia. Para isso, extraímos parâmetros relacionados à produção da prosódia afetiva e gramatical e comparamos os resultados obtidos entre sujeitos com esquizofrenia e os sujeitos do grupo controle, estes divididos pela variável autodeclarada gênero (masculino e feminino). Analisaram-se dados extraídos de 15 amostras de pacientes com esquizofrenia (dois femininos e quatro masculinos) e de 30 amostras de sujeitos do grupo controle (15 homens e 15 mulheres), coletados no site YouTube, de pessoas que não apresentavam nenhuma psicose evidente. A comparação do uso de entoação gramatical com a afetiva mostrou que a relação é estatisticamente diferente entre os sujeitos do grupo-controle masculino e os pacientes com esquizofrenia (p<0,001) e parcialmente semelhante entre os sujeitos do grupo-controle feminino e os pacientes com esquizofrenia (p<0,05). Os resultados indicam que elas são parcialmente semelhantes entre os sujeitos do grupo-controle (p<0,05). Para testar esse segundo resultado, observamos que indivíduos do sexo masculino produzem mais parâmetros relacionados à função gramatical do que o grupo feminino (2,43 > 1,95), permitindo diferenciar as amostras. Enfatiza-se mais pesquisas serem necessárias para explicar essas singularidades entoacionais.