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Abstract
São hoje evidentes os benefícios da participação das famílias na educação para crianças, famílias e profissionais. No entanto, trabalhos recentes têm mostrado que nem sempre existe uma abordagem intencional e estruturada na formação inicial de futuros profissionais na área do envolvimento parental. Assim, este estudo teve como objetivo caraterizar as perceções das/dos estudantes dos Mestrados em Educação Pré-Escolar e em Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico sobre a sua formação nesta área e sobre a problemática do envolvimento e participação das famílias na educação. Participaram 379 estudantes de 18 instituições de diferentes regiões de Portugal. As questões colocadas focavam aspetos relativos à sua formação, a ações/atividades desenvolvidas conducentes ao envolvimento parental e às dificuldades e benefícios decorrentes da participação das famílias. Os resultados revelaram que as/os estudantes identificavam várias atividades a promover, com destaque para as realizadas em contexto escolar, em detrimento da participação em casa e do processo de comunicação. Os desafios inerentes à participação das famílias direcionavam-se, maioritariamente, para os constrangimentos destas e menos para os profissionais ou para o contexto. Os benefícios identificados foram, essencialmente, para as crianças. A análise das perceções das/dos estudantes face à formação evidenciou que aqueles que avaliaram mais positivamente a formação realizada, não só tiveram tendência para identificar mais ações/atividades e benefícios associados à participação das famílias, como mostraram uma perspetiva mais abrangente sobre as dificuldades com que se poderão deparar. Estes resultados serão discutidos face à literatura existente, tanto relativamente ao envolvimento parental (práticas, barreiras, estratégias, competências), como também à necessidade de formação explícita nesta área.