Clarice Gutierrez Kitamura Kajimoto, Sílvio Hiroshi Nakao, M. Moraes
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Abstract
A literatura não é conclusiva sobre a suavização de resultados representar ou não boa qualidade da informação contábil, por ser uma forma de gerenciamento de resultados e por também estar associada à persistência do lucro. Este trabalho usa as contas de resultado para verificar se a suavização do lucro líquido, atendendo aos interesses dos gestores, pode coexistir com a persistência, conferindo aos investidores maior capacidade de predizer fluxos de caixa futuros. Com a amostra formada por 295 empresas brasileiras, no período de 2010 a 2015, verificou-se que existem contas, formando o lucro líquido, que são persistentes. Contudo, ao observar o grupo de tratamento, formado apenas pelas empresas que mais suavizam o lucro líquido, verificou-se que há contas que mantêm sua persistência e outras que deixam de apresentar persistência significativa. Em outra amostra, formada pelas 76 empresas que mais suavizam o lucro líquido, com o grupo de tratamento formado pelas empresas que suavizam, utilizando accruals discricionários, observou-se que as contas despesa de venda e outras receitas e outras despesas operacionais mantêm a persistência. Esses resultados sugerem que a associação da suavização do lucro líquido com a persistência ocorre por meio das contas de resultado que o compõem, mas há uma redução da capacidade preditiva em empresas que têm seu resultado suavizado.