{"title":"Entre o risco e o desastre: uma análise conceitual dos múltiplos componentes envoltos em uma complexa equação","authors":"Antonio Marcos da Conceição Lima, J. Monteiro","doi":"10.51359/2238-6211.2022.251953","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O risco é inerente ao ser humano e o acompanha desde sempre, seja individualmente ou em sociedade. É uma constatação inquietante, pois, atualmente, além do risco existe a possibilidade dos desastres. Estudar os eventos adversos é um desafio, considerando a grande diversidade conceitual. Este trabalho é uma proposta de análise das terminologias mais comumente utilizadas em escritas sociológicas, geográficas e institucionais. Em meio a tantas abordagens é necessário compreender como os riscos, os perigos e ameaças permeiam a vida na sociedade atual. O ser humano corre risco(s) desde que nasce. A existência humana pode ser considerada o fundamento do risco. O contraponto das ideias aqui expostas compõe o debate e aclara o sentido sobre as ambiguidades e equívocos relacionados ao(s) risco(s) e ao(s) desastre(s). O risco fundamenta a discussão devido seu caráter polissêmico e vasto, ele é o aglutinador temático. Contudo, o ser humano é quem dá sentido aos eventos adversos extremos. O Homem é sujeito da reflexibilidade na sociedade global, pois os acontecimentos arriscados e desastrosos só se configuram pela presença humana. A vulnerabilidade determina o grau de severidade pela exposição a um evento perigoso. Também pode-se entender que a resiliência é a superação e a contraposição à vulnerabilidade. Certamente, muito se produziu em favor do entendimento dos eventos relacionados ao risco, porém, não se conseguiu nas diversas áreas do conhecimento, equacionar ou eliminar a complexidade adjunta.","PeriodicalId":53283,"journal":{"name":"Revista de Geografia Recife","volume":"31 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Geografia Recife","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51359/2238-6211.2022.251953","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O risco é inerente ao ser humano e o acompanha desde sempre, seja individualmente ou em sociedade. É uma constatação inquietante, pois, atualmente, além do risco existe a possibilidade dos desastres. Estudar os eventos adversos é um desafio, considerando a grande diversidade conceitual. Este trabalho é uma proposta de análise das terminologias mais comumente utilizadas em escritas sociológicas, geográficas e institucionais. Em meio a tantas abordagens é necessário compreender como os riscos, os perigos e ameaças permeiam a vida na sociedade atual. O ser humano corre risco(s) desde que nasce. A existência humana pode ser considerada o fundamento do risco. O contraponto das ideias aqui expostas compõe o debate e aclara o sentido sobre as ambiguidades e equívocos relacionados ao(s) risco(s) e ao(s) desastre(s). O risco fundamenta a discussão devido seu caráter polissêmico e vasto, ele é o aglutinador temático. Contudo, o ser humano é quem dá sentido aos eventos adversos extremos. O Homem é sujeito da reflexibilidade na sociedade global, pois os acontecimentos arriscados e desastrosos só se configuram pela presença humana. A vulnerabilidade determina o grau de severidade pela exposição a um evento perigoso. Também pode-se entender que a resiliência é a superação e a contraposição à vulnerabilidade. Certamente, muito se produziu em favor do entendimento dos eventos relacionados ao risco, porém, não se conseguiu nas diversas áreas do conhecimento, equacionar ou eliminar a complexidade adjunta.