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Abstract
Resumo: Com este artigo pretendo interrogar como os deslocamentos, sobretudo no âmbito do projeto de interacionalização da literatura, a partir de conceitos como transnacionalização e da multiplicação de temas ligados à violência, têm sido útil ao mercado editorial e, de certa forma, menos favorável aos projetos de cultura nacional. Isto nos leva a indagar acerca dos lugares da literatura e dos sentidos dos lugares, de sua autonomia em relação a outros modos de discurso, e da capacidade da ficção transnacional de se colocar numa relação ipertextual com os diferentes tecidos históricos sem destituir a obra literária da sua capacidade política de articulação sociocultural. Combinando, portanto, a ideia de deslocamento e ‘estranhamento’ como um valor suplemantar, que possibilita ajustar foco e perspectiva, veremos como Bernardo Carvalho, em O filho da mãe, trata das questões relativas ao transnacional na literatura, através da abordagem de temas comuns às grandes cidades e aos territórios em guerra, cujas especificidades modelam e determinam o comportamento das personagens e as suas relações dentro de uma estrutura social deteriorada pelos conflitos e pela violência.