Diante de novos perfis de leitoras e leitores jovens, acostumadas/os à interação com dispositivos digitais e à intermidialidade cara às redes sociais, observa-se a necessidade de investigar novas formas de mediação da leitura literária. Os hábitos de consumo desse público e suas relações com os textos por vezes colocam em questão conceitos de literatura e de leitura, ao que correspondem também inovações na cena literária da Internet, cada vez mais marcada pela presença de influenciadoras e influenciadores digitais. Nesse contexto, realiza-se aqui a análise do perfil @patzzic, que tem centenas de milhares de seguidoras e seguidores no TikTok e produz e divulga análises, spoilers, dicas de leitura e críticas sobre obras e autoras/autores, tanto clássicas/os quanto contemporâneas/os. Esta análise discorre sobre a abordagem que @patzzic faz das obras comentadas, mais especificamente por meio do que o influenciador digital popularizou no Brasil como “fofoca literária”. Para análise do corpus, formado por duas fofocas literárias do perfil em questão, adotam-se construtos teóricos de literatura como campo expandido, literatura em meio digital, influência literária digital, adaptações e intermidialidade, com base em Garramuño (2014), Rocha (2014), Schøllhammer e Defilippo (2019), Hutcheon (2011) e Rajewsky (2012), respectivamente.
{"title":"Fofoca literária na rede social TikTok: um estudo de caso sobre o influenciador literário digital @patzzic","authors":"Vinicius Carvalho Pereira, Jhonatan Perotto, Divanize Carbonieri","doi":"10.12957/soletras.2023.79588","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.79588","url":null,"abstract":"Diante de novos perfis de leitoras e leitores jovens, acostumadas/os à interação com dispositivos digitais e à intermidialidade cara às redes sociais, observa-se a necessidade de investigar novas formas de mediação da leitura literária. Os hábitos de consumo desse público e suas relações com os textos por vezes colocam em questão conceitos de literatura e de leitura, ao que correspondem também inovações na cena literária da Internet, cada vez mais marcada pela presença de influenciadoras e influenciadores digitais. Nesse contexto, realiza-se aqui a análise do perfil @patzzic, que tem centenas de milhares de seguidoras e seguidores no TikTok e produz e divulga análises, spoilers, dicas de leitura e críticas sobre obras e autoras/autores, tanto clássicas/os quanto contemporâneas/os. Esta análise discorre sobre a abordagem que @patzzic faz das obras comentadas, mais especificamente por meio do que o influenciador digital popularizou no Brasil como “fofoca literária”. Para análise do corpus, formado por duas fofocas literárias do perfil em questão, adotam-se construtos teóricos de literatura como campo expandido, literatura em meio digital, influência literária digital, adaptações e intermidialidade, com base em Garramuño (2014), Rocha (2014), Schøllhammer e Defilippo (2019), Hutcheon (2011) e Rajewsky (2012), respectivamente.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"8 6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135667882","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.73786
Márcia Gomes, Gedy Weis Alves
O reaproveitamento de textos anteriores tornou-se um padrão criativo na produção midiática contemporânea. Essa prática envolve intertextualidade, mudança de contexto de realização e, muitas vezes, de mídia, à qual se associa reconfiguração dos procedimentos de feitura e recepção. Neste artigo se analisa a relação entre atualização e memória cultural na transposição do romance Gabriela, cravo e canela (1958), de Jorge Amado, para as telenovelas Gabriela realizadas pela Rede Globo (1975, 2012). Na retomada do romance pelos audiovisuais, verifica-se como as obras derivadas conciliam em si as reminiscências e as vivências sociais com as lógicas de produção atuais, em formato industrial. Verificou-se o redirecionamento dos textos derivados, com a ampliação dos vínculos intertextuais, a atualização de aspectos da trama e dos personagens, e alteração do tratamento estético, adequando-os às convenções do gênero televisivo e a sua imagem de público. Nas adaptações, a vida privada e as relações amorosas tornam-se o foco principal, ao passo que a contextualização histórica do relato passa a segundo plano e as questões políticas são arrefecidas, embora continuem presentes no enredo.
对以往文本的重复使用已成为当代媒体制作的一种创造性模式。这种做法涉及互文性、表演环境的改变,通常还涉及媒体,与制作和接受程序的重新配置有关。本文分析了豪尔赫·阿马多(Jorge Amado)的小说《加布里埃拉,克拉沃和卡内拉》(Gabriela, cravo e canela, 1958)与Rede Globo(1975,2012)制作的肥皂剧《加布里埃拉》(Gabriela)的转换过程中更新与文化记忆的关系。在视听媒体对小说的恢复中,我们可以看到衍生作品如何以工业形式将回忆和社会经验与当前的生产逻辑相协调。随着互文联系的扩展,情节和人物方面的更新,以及审美处理的改变,衍生文本被重新定位,使它们适应电视类型的惯例和公众形象。在改编中,私人生活和爱情关系成为主要焦点,而故事的历史背景被置于背景中,政治问题被冷落,尽管它们仍然存在于情节中。
{"title":"Memória e atualização na adaptação de Gabriela, cravo e canela","authors":"Márcia Gomes, Gedy Weis Alves","doi":"10.12957/soletras.2023.73786","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.73786","url":null,"abstract":"O reaproveitamento de textos anteriores tornou-se um padrão criativo na produção midiática contemporânea. Essa prática envolve intertextualidade, mudança de contexto de realização e, muitas vezes, de mídia, à qual se associa reconfiguração dos procedimentos de feitura e recepção. Neste artigo se analisa a relação entre atualização e memória cultural na transposição do romance Gabriela, cravo e canela (1958), de Jorge Amado, para as telenovelas Gabriela realizadas pela Rede Globo (1975, 2012). Na retomada do romance pelos audiovisuais, verifica-se como as obras derivadas conciliam em si as reminiscências e as vivências sociais com as lógicas de produção atuais, em formato industrial. Verificou-se o redirecionamento dos textos derivados, com a ampliação dos vínculos intertextuais, a atualização de aspectos da trama e dos personagens, e alteração do tratamento estético, adequando-os às convenções do gênero televisivo e a sua imagem de público. Nas adaptações, a vida privada e as relações amorosas tornam-se o foco principal, ao passo que a contextualização histórica do relato passa a segundo plano e as questões políticas são arrefecidas, embora continuem presentes no enredo.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"2015 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036706","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.74605
Rochele Moura Prass, Ernani Mügge
Tematizamos a presença de autores de literatura brasileira contemporânea na plataforma Instagram e, mais especificamente, postagens que dialogam com o texto literário. O objetivo foi analisar o uso que o autor João Paulo Cuenca faz do seu Instagram enquanto recurso paratextual, intermidiático, da obra Descobri que estava morto. As principais perspectivas teóricas são os conceitos de autor, de Roland Barthes, Michel Foucault e Giorgio Agamben; de paratextos, epitexto público, de Gérard Genette; produção cultural no contexto de plataformização, de Thomas Poell, David Nieborg e Brooke Erin Duffy; e de intermidialidade, de Irina Rajewsky e de Jürgen Müller. Cotejamos seis posts do autor no seu perfil no Instagram, publicados entre 2016 e 2020, com a narrativa. Essas postagens figuram como epitextos públicos e têm caráter intermidiático, inseridas no fenômeno de plataforma. Percebemos que dialogam diretamente com a figura do autor, podem direcionar a leitura do texto e suas interpretações bem como figurar como traço da literatura brasileira contemporânea.
{"title":"O Instagram de João Paulo Cuenca como epitexto intermidiático de sua obra Descobri que estava morto","authors":"Rochele Moura Prass, Ernani Mügge","doi":"10.12957/soletras.2023.74605","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.74605","url":null,"abstract":"Tematizamos a presença de autores de literatura brasileira contemporânea na plataforma Instagram e, mais especificamente, postagens que dialogam com o texto literário. O objetivo foi analisar o uso que o autor João Paulo Cuenca faz do seu Instagram enquanto recurso paratextual, intermidiático, da obra Descobri que estava morto. As principais perspectivas teóricas são os conceitos de autor, de Roland Barthes, Michel Foucault e Giorgio Agamben; de paratextos, epitexto público, de Gérard Genette; produção cultural no contexto de plataformização, de Thomas Poell, David Nieborg e Brooke Erin Duffy; e de intermidialidade, de Irina Rajewsky e de Jürgen Müller. Cotejamos seis posts do autor no seu perfil no Instagram, publicados entre 2016 e 2020, com a narrativa. Essas postagens figuram como epitextos públicos e têm caráter intermidiático, inseridas no fenômeno de plataforma. Percebemos que dialogam diretamente com a figura do autor, podem direcionar a leitura do texto e suas interpretações bem como figurar como traço da literatura brasileira contemporânea.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036711","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.74171
Irma Caputo
O presente artigo investiga o conceito de escritas performativas a partir de três casos literários brasileiros que apresentam graus diferenciados de performatividade no tipo de hibridização de práticas de linguagens propostas e no tipo de coação aplicada às regras prescritivas e normativas do código verbal. A partir dos casos selecionados O peso do pássaro morto (2017) de Aline Bei, Ó (2008) de Nuno Ramos, Corpografia (1992) de Josely Vianna Baptista e Francisco Farias serão investigadas as operações de linguagem que permitem definir essas escritas performativas, analisando tanto a forma como a linguagem verbal tenta sair da sua semioticidade intrínseca quanto às práticas estéticas incorporadas advindas de outras artes. Cada exemplo tratado estabelece uma relação mais íntima com áreas diversas, tais como teatro, artes plásticas e fotografia. Serão enfim avaliados quais os resultados comuns alcançados na recepção, independentemente do tipo de procedimentos estéticos utilizados e de que maneira novas formas sensíveis da literatura podem acarretar novos cortes epistemológicos.
{"title":"Escritas performativas: três estudos de caso brasileiros","authors":"Irma Caputo","doi":"10.12957/soletras.2023.74171","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.74171","url":null,"abstract":"O presente artigo investiga o conceito de escritas performativas a partir de três casos literários brasileiros que apresentam graus diferenciados de performatividade no tipo de hibridização de práticas de linguagens propostas e no tipo de coação aplicada às regras prescritivas e normativas do código verbal. A partir dos casos selecionados O peso do pássaro morto (2017) de Aline Bei, Ó (2008) de Nuno Ramos, Corpografia (1992) de Josely Vianna Baptista e Francisco Farias serão investigadas as operações de linguagem que permitem definir essas escritas performativas, analisando tanto a forma como a linguagem verbal tenta sair da sua semioticidade intrínseca quanto às práticas estéticas incorporadas advindas de outras artes. Cada exemplo tratado estabelece uma relação mais íntima com áreas diversas, tais como teatro, artes plásticas e fotografia. Serão enfim avaliados quais os resultados comuns alcançados na recepção, independentemente do tipo de procedimentos estéticos utilizados e de que maneira novas formas sensíveis da literatura podem acarretar novos cortes epistemológicos.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"149 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036538","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.74636
Jaimeson Machado Garcia, Cristiane Lindemann
O audiolivro é um tipo de mídia que, desde a sua origem, foi convencionado como uma alternativa ao livro. Por isso, autores como Matthew Rubery (2016) argumentam que sua identidade sempre esteve definida em relação ao impresso. Mas, e quando o audiolivro é lançado antes do livro? Quais são os impactos dessa quebra de expectativa? Observando situações como essa, o presente artigo tem por objetivo comparar as semelhanças e, principalmente, as diferenças ocasionadas durante o processo de transmidialidade intermidial, também chamada de transformação de mídia (ELLESTRÖM, 2021), a fim de investigar a forma como isso afeta a midiação e a percepção. Para tanto, escolhemos como objeto de estudo a audiobiografia e o livro Mulher Maravilha, de Chico Felitti (2020; 2021), por refletir um possível novo cenário de (inter)relações entre esses dois tipos de mídias. Após análise comparativa a partir da mídia verbal sonora e da mídia verbal escrita, foi possível averiguar que o livro Mulher Maravilha (2021) não representa uma alternativa ao audiolivro, ou seja, uma transcrição do que é lido em voz alta, mas sim um outro produto de mídia, expandido, complementado, corrigido e, finalmente, publicado.
{"title":"Do audiolivro ao livro: um estudo intermidial sobre Mulher Maravilha (2020), de Chico Felitti","authors":"Jaimeson Machado Garcia, Cristiane Lindemann","doi":"10.12957/soletras.2023.74636","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.74636","url":null,"abstract":"O audiolivro é um tipo de mídia que, desde a sua origem, foi convencionado como uma alternativa ao livro. Por isso, autores como Matthew Rubery (2016) argumentam que sua identidade sempre esteve definida em relação ao impresso. Mas, e quando o audiolivro é lançado antes do livro? Quais são os impactos dessa quebra de expectativa? Observando situações como essa, o presente artigo tem por objetivo comparar as semelhanças e, principalmente, as diferenças ocasionadas durante o processo de transmidialidade intermidial, também chamada de transformação de mídia (ELLESTRÖM, 2021), a fim de investigar a forma como isso afeta a midiação e a percepção. Para tanto, escolhemos como objeto de estudo a audiobiografia e o livro Mulher Maravilha, de Chico Felitti (2020; 2021), por refletir um possível novo cenário de (inter)relações entre esses dois tipos de mídias. Após análise comparativa a partir da mídia verbal sonora e da mídia verbal escrita, foi possível averiguar que o livro Mulher Maravilha (2021) não representa uma alternativa ao audiolivro, ou seja, uma transcrição do que é lido em voz alta, mas sim um outro produto de mídia, expandido, complementado, corrigido e, finalmente, publicado.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036539","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.74113
Jennifer Da Silva Gramiani Celeste, Rogério De Souza Sérgio Ferreira
Este artigo almeja apresentar investigações no campo de intersecção entre Estudos Literários e Interartes. Para isso, parte de alguns dos principais registros presentes em uma tese de doutoramento já defendida na área de Literatura. A pesquisa objetivou dissertar a respeito das perspectivas em relação à manifestação literária de cunho eletrônico, em especial, aquela produzida em Wattpad, uma plataforma virtual de autopublicação. Neste texto, o foco se debruça sobre a obra Aika, assinada por Lúcia Lemos, uma wattpader brasileira. Os livros dessa autora são exemplos da arte que possui caráter intermidiático, pois neles diferentes mídias se convergem, criando resultados ímpares. Em função do caminho trilhado, os aportes teóricos de alguns estudiosos se fizeram necessários, tal como é o caso de Vilém Flusser, Claus Clüver, João Maria Mendes e Irina Rajewsky. Em geral, percebemos que a Literatura Eletrônica têm logrado conquistar espaço dentre as muitas formas de ser, estar e existir do texto quando em tempos contemporâneos e digitais, sobretudo se sob a tenda da intermidialidade.Palavras-chave: Literatura eletrônica. Intermidialidade. Autoria independente. Wattpad.
本文旨在介绍文学研究与艺术间交叉领域的研究。为此,一些主要记录出现在一篇博士论文中,已经在文学领域进行了辩护。本研究旨在探讨电子文学表现形式的前景,特别是在虚拟自助出版平台Wattpad上制作的电子文学表现形式。在这篇文章中,重点是由lucia Lemos签名的作品Aika,一个巴西wattpader。作者的书是具有媒介特征的艺术的例子,因为在不同的媒介中,它们融合在一起,创造出独特的结果。由于所走的道路,一些学者的理论贡献是必要的,如vilem Flusser, Claus luver, joao Maria Mendes和Irina Rajewsky。总的来说,我们意识到,在当代和数字时代,电子文学已经成功地在文本的许多存在、存在和存在形式中占据了空间,特别是在中间性的帐篷下。关键词:电子文献。Intermidialidade。独立的句子。Wattpad。
{"title":"Achados Intermidiáticos na Literatura Eletrônica de Wattpad","authors":"Jennifer Da Silva Gramiani Celeste, Rogério De Souza Sérgio Ferreira","doi":"10.12957/soletras.2023.74113","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.74113","url":null,"abstract":"Este artigo almeja apresentar investigações no campo de intersecção entre Estudos Literários e Interartes. Para isso, parte de alguns dos principais registros presentes em uma tese de doutoramento já defendida na área de Literatura. A pesquisa objetivou dissertar a respeito das perspectivas em relação à manifestação literária de cunho eletrônico, em especial, aquela produzida em Wattpad, uma plataforma virtual de autopublicação. Neste texto, o foco se debruça sobre a obra Aika, assinada por Lúcia Lemos, uma wattpader brasileira. Os livros dessa autora são exemplos da arte que possui caráter intermidiático, pois neles diferentes mídias se convergem, criando resultados ímpares. Em função do caminho trilhado, os aportes teóricos de alguns estudiosos se fizeram necessários, tal como é o caso de Vilém Flusser, Claus Clüver, João Maria Mendes e Irina Rajewsky. Em geral, percebemos que a Literatura Eletrônica têm logrado conquistar espaço dentre as muitas formas de ser, estar e existir do texto quando em tempos contemporâneos e digitais, sobretudo se sob a tenda da intermidialidade.Palavras-chave: Literatura eletrônica. Intermidialidade. Autoria independente. Wattpad.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"2015 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036712","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.78814
James Cisneros, Revista SOLETRAS
{"title":"Entrevista com James Cisneros","authors":"James Cisneros, Revista SOLETRAS","doi":"10.12957/soletras.2023.78814","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.78814","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"384 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036869","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.74275
Ana Cláudia de Oliveira da Silva
En la producción ficcional de Max Aub, la verdad fácilmente se transforma en ficción y la invención en realidad. Este es el punto principal de la novela Jusep Torres Campalans, una biografía ficticia de un pintor cubista que nunca existió, pero que, debido al carácter verosímil de la estructura textual, podría ser interpretado como verdadero por un lector desavisado. Al aparente carácter mimético de la novela, se suman en la narrativa algunos trazos de la estética cubista. Sin embargo, además de considerar la importancia del estilo cubista en la obra, importa en este trabajo analizar la construcción discursiva de un artista que, a su vez, se torna símbolo de los anhelos, conflictos y amarguras de la travesía vanguardista. Para comprehender como eso ocurre, se analizarán las diferentes voces utilizadas en el relato para retomar reflexivamente el contexto histórico y cultural formador de las vanguardias, bien como establecer un panorama de las influencias artísticas, de los conceptos importantes, de las repercusiones y de los límites del cubismo. De esa manera, la novela maxaubiana demuestra la imposibilidad de describir lo real, sino de escribirlo, de reinventarlo en sus propios moldes.
{"title":"La jornada vanguardista de los pintores cubistas a través de Jusep Torres Campalans","authors":"Ana Cláudia de Oliveira da Silva","doi":"10.12957/soletras.2023.74275","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.74275","url":null,"abstract":"En la producción ficcional de Max Aub, la verdad fácilmente se transforma en ficción y la invención en realidad. Este es el punto principal de la novela Jusep Torres Campalans, una biografía ficticia de un pintor cubista que nunca existió, pero que, debido al carácter verosímil de la estructura textual, podría ser interpretado como verdadero por un lector desavisado. Al aparente carácter mimético de la novela, se suman en la narrativa algunos trazos de la estética cubista. Sin embargo, además de considerar la importancia del estilo cubista en la obra, importa en este trabajo analizar la construcción discursiva de un artista que, a su vez, se torna símbolo de los anhelos, conflictos y amarguras de la travesía vanguardista. Para comprehender como eso ocurre, se analizarán las diferentes voces utilizadas en el relato para retomar reflexivamente el contexto histórico y cultural formador de las vanguardias, bien como establecer un panorama de las influencias artísticas, de los conceptos importantes, de las repercusiones y de los límites del cubismo. De esa manera, la novela maxaubiana demuestra la imposibilidad de describir lo real, sino de escribirlo, de reinventarlo en sus propios moldes.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"149 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036710","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.73363
Laís Fujiyama, William Teixeira
Este artigo discute as narrativas indígenas sob a ótica da canção enquanto campo de diálogo entre música e literatura, considerando dois arranjos da música Kikiô, de Geraldo Espíndola: o primeiro é o da banda Tarancón (LP Mama Hue em 1988) e o outro na voz do cantor Almir Sater (CD O violeiro canta, em 2016). Para esta discussão trazemos o conceito de Outridade de Kilomba (2019) e as perspectivas de líderes e escritores indígenas como Kopenawa e Potiguara, com objetivo de responder questões como: Como uma canção pode conferir uma narrativa que protagoniza os povos originários? Em quais aspectos os arranjos contribuem para um espaço narrativo que se dialogue com a cultura dos povos originários? As análises foram guiadas pelos autores White (1976), Copland (2013) e Jardim (2016). Ao final da discussão os resultados apontaram as diferenças dos arranjos na questão da narrativa do mito Kikiô, demonstrando que a gravação da banda Tarancón contribui de forma contundente à narrativa dos povos originários, ao contemplar instrumentos primitivos e priorizar o aspecto vocal; já na gravação de Almir Sater vimos um arranjo que com sua roupagem eletrônica coloca em evidência o saxofone e suprime a letra sem dialogar com o universo indígena.
{"title":"A canção Kikiô – uma discussão sobre as narrativas indígenas a partir dos arranjos nas gravações da banda Tarancón e de Almir Sater","authors":"Laís Fujiyama, William Teixeira","doi":"10.12957/soletras.2023.73363","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/soletras.2023.73363","url":null,"abstract":"Este artigo discute as narrativas indígenas sob a ótica da canção enquanto campo de diálogo entre música e literatura, considerando dois arranjos da música Kikiô, de Geraldo Espíndola: o primeiro é o da banda Tarancón (LP Mama Hue em 1988) e o outro na voz do cantor Almir Sater (CD O violeiro canta, em 2016). Para esta discussão trazemos o conceito de Outridade de Kilomba (2019) e as perspectivas de líderes e escritores indígenas como Kopenawa e Potiguara, com objetivo de responder questões como: Como uma canção pode conferir uma narrativa que protagoniza os povos originários? Em quais aspectos os arranjos contribuem para um espaço narrativo que se dialogue com a cultura dos povos originários? As análises foram guiadas pelos autores White (1976), Copland (2013) e Jardim (2016). Ao final da discussão os resultados apontaram as diferenças dos arranjos na questão da narrativa do mito Kikiô, demonstrando que a gravação da banda Tarancón contribui de forma contundente à narrativa dos povos originários, ao contemplar instrumentos primitivos e priorizar o aspecto vocal; já na gravação de Almir Sater vimos um arranjo que com sua roupagem eletrônica coloca em evidência o saxofone e suprime a letra sem dialogar com o universo indígena.","PeriodicalId":41535,"journal":{"name":"SOLETRAS","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036707","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.12957/soletras.2023.78864
Alex Martoni, Maria Cristina Cardoso Ribas, Thaïs Flores Nogueira Diniz
A emergência de novos meios técnicos de registro, processamento e transmissão de palavras, sons e imagens nas últimas décadas implicou uma profunda expansão das formas de narratividade e produção poética. Nesse contexto, linguagens, meios e formas de expressão próprias a diferentes domínios artísticos e midiáticos passaram a constituir um campo de permanente negociação entre processos de tradução, adaptação, migração, apropriação e hibridismo. No que diz respeito, particularmente, à literatura, as distintas formas de mediação à qual ela está sujeita (página impressa, tela, som, imagem e corpo) vêm constituindo novos horizontes de reflexão teórico-crítica em consonância com a ampliação vertiginosa de experiências intermidiáticas na produção literária contemporânea, como a inserção de fotografias e documentos na página impressa, a experimentação verbivocovisual no âmbito da tela, as interseções entre poesia, voz e performance, e o aspecto transcultural das adaptações literárias para o cinema e os quadrinhos, sem esquecer as fortes implicações deste mosaico composicional nos processos de apropriação, releitura e reescritura. Partindo da noção de que a ação comunicativa ocorre por meio de dispositivos que misturam mídias (BRUHN, 2020), os estudos de intermidialidade se apresentam, contemporaneamente, como um campo produtivo para se compreender a configuração e os efeitos deste consórcio entre campos e objetos, seja em sua interface com os estudos interartes (CLÜVER, 2019), em sua perspectiva arqueológica (MÜLLER, 2020) ou em seu cruzamento com os estudos de multimodalidade e semiótica social (ELLESTRÖM, 2021). A teórica alemã Irina Rajewsky (2012) propõe, para a abordagem literária da intermidialidade, três categorias voltadas à identificação dessas diferentes configurações e qualidades intermidiáticas específicas: a transposição, que consiste na transformação de um produto de mídia em outro, como ocorre, por exemplo, nas adaptações; a combinação, em que diferentes formas midiáticas convivem, como na ópera, no teatro e nas instalações artísticas; e as referências, em que se evocam, imitam, recriam ou tematizam elementos constitutivos de outras mídias. Dentro dessa perspectiva, o presente dossiê tem por objetivo fazer um mapeamento das diferentes práticas de criação literárias e artísticas no mundo contemporâneo, colocando em relevo os processos intermidiáticos que lhes impõem diferentes configurações qualitativas, bem como seus efeitos no plano da produção de sentidos.
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