Nelson Tomelin Júnior, Maria do Rosário da Cunha Peixoto
{"title":"“É UMA COMUNIDADE. É UMA COISA COMUM”. TERRITÓRIOS DE MEMÓRIA E DE LUTA POR MORADIA POPULAR NA AMAZÔNIA BRASILEIRA (COARI, 1980/2012)","authors":"Nelson Tomelin Júnior, Maria do Rosário da Cunha Peixoto","doi":"10.23925/2176-2767.2021v70p261-287","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Procura-se neste artigo problematizar processos de luta e organização de moradores de Coari, cidade do interior do Estado do Amazonas, que, a partir de experiências comuns de mutirão articuladas desde diferentes locais de cultura na região, lograram alcançar naquele município um movimento social pela posse de expressiva gleba de terra firme, livres das enchentes dos rios, onde então consolidaram o conjunto de moradias populares do Bairro do Pêra. Migrantes do campo para a área urbana, antigos habitantes da floresta e das águas, vivendo em colocações de extração da borracha e em casas flutuantes, os narradores orais desta pesquisa nos falam de suas histórias, modos de viver, trabalhar e de resistir pelo direito à cidade. São memórias revalorizadas aqui como fronteiras da experiência e espaços de disputas, que apontam para lugares diversos do político e utopias no fazer-se presente de uma comunidade de trabalhadores na Amazônia brasileira.","PeriodicalId":36256,"journal":{"name":"Esbocos","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Esbocos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/2176-2767.2021v70p261-287","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Procura-se neste artigo problematizar processos de luta e organização de moradores de Coari, cidade do interior do Estado do Amazonas, que, a partir de experiências comuns de mutirão articuladas desde diferentes locais de cultura na região, lograram alcançar naquele município um movimento social pela posse de expressiva gleba de terra firme, livres das enchentes dos rios, onde então consolidaram o conjunto de moradias populares do Bairro do Pêra. Migrantes do campo para a área urbana, antigos habitantes da floresta e das águas, vivendo em colocações de extração da borracha e em casas flutuantes, os narradores orais desta pesquisa nos falam de suas histórias, modos de viver, trabalhar e de resistir pelo direito à cidade. São memórias revalorizadas aqui como fronteiras da experiência e espaços de disputas, que apontam para lugares diversos do político e utopias no fazer-se presente de uma comunidade de trabalhadores na Amazônia brasileira.