{"title":"DE ORIENTES E ÁFRICAS: VISUALIDADES COLONIAIS NAS IMAGENS DOS CARTÕES-POSTAIS DA COLEÇÃO AUGUSTO OLIVEIRA","authors":"Cibele Barbosa","doi":"10.23925/2176-2767.2021v70p36-64","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Entre os anos de 1906 e 1908, o cartofilista Augusto de Oliveira recebeu mais de 300 cartões-postais de diversas partes do mundo. Do Cairo a Tóquio, esses postais, ilustrados com fotografias de “tipos” e “paisagens”, são registros de uma época imersa em um regime de visualidade marcado pela reprodutibilidade técnica da imagem e pelo colonialismo europeu na África e Ásia. Com base em estudos contemporâneos da Cultura Visual e em leituras pós-coloniais, a pesquisa sobre esse farto material iconográfico abre novas janelas analíticas para pensar de que modo o culto ao exótico e a episteme racializada da época informaram percepções e produziram olhares transnacionais sobre o “Outro”.","PeriodicalId":36256,"journal":{"name":"Esbocos","volume":"23 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Esbocos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/2176-2767.2021v70p36-64","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Entre os anos de 1906 e 1908, o cartofilista Augusto de Oliveira recebeu mais de 300 cartões-postais de diversas partes do mundo. Do Cairo a Tóquio, esses postais, ilustrados com fotografias de “tipos” e “paisagens”, são registros de uma época imersa em um regime de visualidade marcado pela reprodutibilidade técnica da imagem e pelo colonialismo europeu na África e Ásia. Com base em estudos contemporâneos da Cultura Visual e em leituras pós-coloniais, a pesquisa sobre esse farto material iconográfico abre novas janelas analíticas para pensar de que modo o culto ao exótico e a episteme racializada da época informaram percepções e produziram olhares transnacionais sobre o “Outro”.