{"title":"童年的叙述","authors":"Clarisse Dias Pessôa","doi":"10.48075/rlhm.v18i31.28865","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo, no âmbito da literatura infantojuvenil africana de língua portuguesa, com base, sobretudo, em Os da minha rua (2007), tem como objetivo analisar de que maneira a obra de Ondjaki contribui para ampliar o corpus das histórias escritas em e sobre Luanda, amplificando outras vozes para a ressignificação do passado e trazer para o presente uma percepção ampliada de sua sociedade. A partir da importância de diversos fatores, no que diz respeito ao contar histórias, para que elas possam criar imagens que fujam aos estereótipos, e tomando por empréstimo a colocação de Adichie em O perigo de uma história única (2018) este artigo se apresenta dividido em duas partes: Quem conta e como conta; e Quando (Onde) conta. Na primeira parte, a autoficção como estratégia do autor será analisada, a obra traz à cena narrativa a figura autoral, narrador-personagem- infante, assim como a memória do autor onde se configura o autoficcional explorado como estratégia da narração. Na segunda parte, o artigo abordará as questões relacionadas à infância e suas estratégias para significar o mundo ao seu redor. O olhar infantil ajuda a compreender Os da minha rua como um cronotopo, em que espaço e tempo são indissociáveis para a experiência infantil, além de descrever uma análise das relações entre o espaço de Luanda e o tempo da infância, localizando a obra no contexto contemporâneo.","PeriodicalId":340500,"journal":{"name":"Revista de Literatura, História e Memória","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"NARRATIVAS DA INFÂNCIA\",\"authors\":\"Clarisse Dias Pessôa\",\"doi\":\"10.48075/rlhm.v18i31.28865\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo, no âmbito da literatura infantojuvenil africana de língua portuguesa, com base, sobretudo, em Os da minha rua (2007), tem como objetivo analisar de que maneira a obra de Ondjaki contribui para ampliar o corpus das histórias escritas em e sobre Luanda, amplificando outras vozes para a ressignificação do passado e trazer para o presente uma percepção ampliada de sua sociedade. A partir da importância de diversos fatores, no que diz respeito ao contar histórias, para que elas possam criar imagens que fujam aos estereótipos, e tomando por empréstimo a colocação de Adichie em O perigo de uma história única (2018) este artigo se apresenta dividido em duas partes: Quem conta e como conta; e Quando (Onde) conta. Na primeira parte, a autoficção como estratégia do autor será analisada, a obra traz à cena narrativa a figura autoral, narrador-personagem- infante, assim como a memória do autor onde se configura o autoficcional explorado como estratégia da narração. Na segunda parte, o artigo abordará as questões relacionadas à infância e suas estratégias para significar o mundo ao seu redor. O olhar infantil ajuda a compreender Os da minha rua como um cronotopo, em que espaço e tempo são indissociáveis para a experiência infantil, além de descrever uma análise das relações entre o espaço de Luanda e o tempo da infância, localizando a obra no contexto contemporâneo.\",\"PeriodicalId\":340500,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Literatura, História e Memória\",\"volume\":\"37 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2022-07-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Literatura, História e Memória\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i31.28865\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Literatura, História e Memória","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48075/rlhm.v18i31.28865","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O presente artigo, no âmbito da literatura infantojuvenil africana de língua portuguesa, com base, sobretudo, em Os da minha rua (2007), tem como objetivo analisar de que maneira a obra de Ondjaki contribui para ampliar o corpus das histórias escritas em e sobre Luanda, amplificando outras vozes para a ressignificação do passado e trazer para o presente uma percepção ampliada de sua sociedade. A partir da importância de diversos fatores, no que diz respeito ao contar histórias, para que elas possam criar imagens que fujam aos estereótipos, e tomando por empréstimo a colocação de Adichie em O perigo de uma história única (2018) este artigo se apresenta dividido em duas partes: Quem conta e como conta; e Quando (Onde) conta. Na primeira parte, a autoficção como estratégia do autor será analisada, a obra traz à cena narrativa a figura autoral, narrador-personagem- infante, assim como a memória do autor onde se configura o autoficcional explorado como estratégia da narração. Na segunda parte, o artigo abordará as questões relacionadas à infância e suas estratégias para significar o mundo ao seu redor. O olhar infantil ajuda a compreender Os da minha rua como um cronotopo, em que espaço e tempo são indissociáveis para a experiência infantil, além de descrever uma análise das relações entre o espaço de Luanda e o tempo da infância, localizando a obra no contexto contemporâneo.