Cibelle Maria Jacinta Da Silva, Álvaro Ferreira, Bruno Antônio Cruz Nogueira, Alexandre Augusto De Andrade Santana
{"title":"LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA INFANTIL NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19","authors":"Cibelle Maria Jacinta Da Silva, Álvaro Ferreira, Bruno Antônio Cruz Nogueira, Alexandre Augusto De Andrade Santana","doi":"10.51161/hematoclil/138","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Os cânceres infantis são uma das principais causas de morte por doenças não transmissíveis para crianças em todo o mundo, sendo a leucemia linfoide aguda (LLA) o tipo mais comum. A pandemia de COVID-19 afetou de forma direta os sistemas de saúde com restrições de recursos hospitalares, prejudicando a oferta de cuidado para esses pacientes. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo demonstrar de que forma a pandemia da COVID-19 afetou de maneira direta e indireta o tratamento e o diagnóstico da leucemia linfoide aguda infantil. Material e Método: Revisão integrativa da literatura com artigos selecionados na base de dados PubMed. Descritores utilizados: “acute leukemia AND (COVID or pandemic)’’. Foram incluídas todas as publicações indexadas, nos idiomas disponíveis, relacionadas ao impacto da pandemia COVID-19 sobre a leucemia aguda infantil em crianças de 2-12 anos de idade, independente do gênero, publicadas até 13 de janeiro de 2022, data de busca dessa pesquisa. Foram excluídos os trabalhos que não tratem de pesquisa em seres humanos, não atendam à demanda bibliográfica desta pesquisa, metodologicamente fracos e/ou inconsistentes e que apresentem informações repetidas. Resultados: Os 16 artigos obtidos mostraram que, durante a pandemia, crianças com leucemia linfoide aguda (LLA) apresentaram um alto risco de doença grave e morte por COVID-19, manifestando desde erupções cutâneas até a síndrome inflamatória multissistêmica. A taxa de mortalidade dos pacientes pediátricos com malignidade hematológica e COVID-19 foi de 4%. Dentre os subtipos existentes, a LLA foi a que apresentou o segundo maior risco de morte (41%), ficando atrás das síndromes de insuficiência medular adquirida (53%). O atraso ou interrupção do tratamento da leucemia, devido à infecção por SARS-CoV-2, pode resultar em mau prognóstico. Os cancelamentos de consultas ambulatoriais de onco-hematologia pediátrica aumentaram em 50% em março de 2020, sendo a principal causa da redução no número de novos casos de diagnósticos de LLA. Conclusão: Foi possível evidenciar que houve uma redução acentuada nos casos de LLA durante a pandemia de COVID-19, embora o índice de mortalidade seja alto, visto que houve redução nos diagnósticos, devido à diminuição dos acompanhamentos ambulatoriais.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/hematoclil/138","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA INFANTIL NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19
Introdução: Os cânceres infantis são uma das principais causas de morte por doenças não transmissíveis para crianças em todo o mundo, sendo a leucemia linfoide aguda (LLA) o tipo mais comum. A pandemia de COVID-19 afetou de forma direta os sistemas de saúde com restrições de recursos hospitalares, prejudicando a oferta de cuidado para esses pacientes. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo demonstrar de que forma a pandemia da COVID-19 afetou de maneira direta e indireta o tratamento e o diagnóstico da leucemia linfoide aguda infantil. Material e Método: Revisão integrativa da literatura com artigos selecionados na base de dados PubMed. Descritores utilizados: “acute leukemia AND (COVID or pandemic)’’. Foram incluídas todas as publicações indexadas, nos idiomas disponíveis, relacionadas ao impacto da pandemia COVID-19 sobre a leucemia aguda infantil em crianças de 2-12 anos de idade, independente do gênero, publicadas até 13 de janeiro de 2022, data de busca dessa pesquisa. Foram excluídos os trabalhos que não tratem de pesquisa em seres humanos, não atendam à demanda bibliográfica desta pesquisa, metodologicamente fracos e/ou inconsistentes e que apresentem informações repetidas. Resultados: Os 16 artigos obtidos mostraram que, durante a pandemia, crianças com leucemia linfoide aguda (LLA) apresentaram um alto risco de doença grave e morte por COVID-19, manifestando desde erupções cutâneas até a síndrome inflamatória multissistêmica. A taxa de mortalidade dos pacientes pediátricos com malignidade hematológica e COVID-19 foi de 4%. Dentre os subtipos existentes, a LLA foi a que apresentou o segundo maior risco de morte (41%), ficando atrás das síndromes de insuficiência medular adquirida (53%). O atraso ou interrupção do tratamento da leucemia, devido à infecção por SARS-CoV-2, pode resultar em mau prognóstico. Os cancelamentos de consultas ambulatoriais de onco-hematologia pediátrica aumentaram em 50% em março de 2020, sendo a principal causa da redução no número de novos casos de diagnósticos de LLA. Conclusão: Foi possível evidenciar que houve uma redução acentuada nos casos de LLA durante a pandemia de COVID-19, embora o índice de mortalidade seja alto, visto que houve redução nos diagnósticos, devido à diminuição dos acompanhamentos ambulatoriais.