Emanuel Cintra Austregésilo Bezerra, A. Teles, Eduarda Sousa Machado, M. C. G. D. O. Lima, Aline Diogo Marinho
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Como critério de inclusão, artigos publicados até 5 anos e de língua inglesa e excluídos aqueles que não contemplavam a imunoterapia ou ensaios clínicos. RESULTADOS: Selecionamos os 12 artigos considerados mais relevantes. Foram analisadas as drogas como monoterapia ou em associação com quimioterapia. Pembrolizumabe, anti-PD-1, mostrou efetivo tanto em pacientes não previamente tratados no grupo inicial desfavorável quanto avançado após tratamento com AVD. Mostrou-se efetivo no controle do LH refratário independente do tratamento prévio, inclusive em casos de pacientes pós transplante autólogo. Tislelizumabe, novo inibidor de PD-1, mostrou-se também eficaz na sustentação da resposta em pacientes com LH refratário ou recidivado. Brentuximabe vedotin, um anti-CD30, é anticorpo já utilizado em caso de LH refratário, porém com potencial de se tornar terapia de primeira escolha em pacientes não tratados, substituindo a bleomicina no esquema ABVD. Também em associação com nivolumabe, anti-PD-1, como droga de resgate para pacientes refratários. Nivolumabe pode ser usado em monoterapia em pacientes refratários a outros tratamentos e possui potencial para substituir bleomicina no esquema ABVD tanto em estágio inicial desfavorável como em estágio avançado. Avelumabe, um anti-PD-1, também mostrou potencial em pacientes com LH refratário à quimioterapia. 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O PAPEL DA IMUNOTERAPIA NO TRATAMENTO DO LINFOMA DE HODGKIN: REVISÃO DE LITERATURA
INTRODUÇÃO: Linfoma de Hodgkin (LH) é uma das principais neoplasias hematológicas. Com o esquema atual de quimioterapia, doxorrubicina, bleomicina, vimblastina e dacarbazina (ABVD), mais de 80% dos pacientes tem aumento da sobrevida. Devido às altas taxas de resposta, os estudos visam esquemas menos tóxicos, haja vista que uma parcela importante dos pacientes diagnosticados são jovens, e estes efeitos tóxicos dos quimioterápicos podem ocasionar uma diminuição da qualidade de vida. OBJETIVOS: Breve revisão sobre os avanços da imunoterapia no tratamento do LH, com grande potencial para a redução dos efeitos tardios da quimioterapia. MÉTODOS: Revisão narrativa com busca na plataforma PubMed com os descritores classical hodgkin lymphoma e immune therapy. Como critério de inclusão, artigos publicados até 5 anos e de língua inglesa e excluídos aqueles que não contemplavam a imunoterapia ou ensaios clínicos. RESULTADOS: Selecionamos os 12 artigos considerados mais relevantes. Foram analisadas as drogas como monoterapia ou em associação com quimioterapia. Pembrolizumabe, anti-PD-1, mostrou efetivo tanto em pacientes não previamente tratados no grupo inicial desfavorável quanto avançado após tratamento com AVD. Mostrou-se efetivo no controle do LH refratário independente do tratamento prévio, inclusive em casos de pacientes pós transplante autólogo. Tislelizumabe, novo inibidor de PD-1, mostrou-se também eficaz na sustentação da resposta em pacientes com LH refratário ou recidivado. Brentuximabe vedotin, um anti-CD30, é anticorpo já utilizado em caso de LH refratário, porém com potencial de se tornar terapia de primeira escolha em pacientes não tratados, substituindo a bleomicina no esquema ABVD. Também em associação com nivolumabe, anti-PD-1, como droga de resgate para pacientes refratários. Nivolumabe pode ser usado em monoterapia em pacientes refratários a outros tratamentos e possui potencial para substituir bleomicina no esquema ABVD tanto em estágio inicial desfavorável como em estágio avançado. Avelumabe, um anti-PD-1, também mostrou potencial em pacientes com LH refratário à quimioterapia. CONCLUSÃO: A imunoterapia possui grande potencial no tratamento do LH e estudos mais robustos auxiliarão na implementação adequada dessa terapêutica.