Anna Luísa Lipinski, Davi Carboni, Eduarda Negrini, Bianca Schemberk Chamma, D. Borges
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Material e métodos: Análise criteriosa do prontuário de paciente ao longo de um período de quatro meses, discussão com equipe de hematologia e oftalmologia de hospital em Curitiba para melhor manejo clínico. Resultados: Paciente masculino, cinquenta e cinco anos, veio a consulta ambulatorial oftalmológica com quadro de quemose e hiperemia conjuntival em olho direito, baixa da acuidade visual, diplopia, pupilas fixas, impossibilidade de fechamento palpebral, ptose e redução da mobilidade ocular. Subsequentemente foi constatada a presença de linfonodomegalia submandibular direita, emagrecimento, sudorese e adinamia em fevereiro de 2021. Posteriormente o paciente foi diagnosticado com LLA e síndrome lise tumoral, e recebeu encaminhamento para oncologia, onde foi solicitado imunofenotipagem de sg periférico. Apresentou melhora gradual recebendo alta hospitalar em abril de 2021. Evolui com acometimento renal, linfonodal, cardíaco e pulmonar. Em maio de 2021, compareceu ao pronto socorro devido queixa em vias aéreas superiores, durante tratamento quimioterápico, que resultaram no óbito do paciente. Conclusão: O envolvimento conjuntival é a forma mais frequente de manifestação ocular em pacientes com leucemias linfocíticas, portanto, é imprescindível que seja valorizado e desperte o alerta para essa patologia. 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INFILTRAÇÃO CONJUNTIVAL COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA: RELATO DE CASO
Introdução: A leucemia é uma neoplasia maligna, que pode estar associadas a anemias, infecções, hemorragias e infiltração de órgãos. As manifestações oculares são o terceiro local extra-medular mais acometido em pacientes diagnosticados com leucemias agudas. Embora todos os segmentos oculares possam ser afetados, alguns sinais oftalmológicos podem preceder as características sistêmicas, proporcionado um diagnóstico precoce, melhor manejo e bem-estar dos pacientes. Objetivos: Relatar um caso de leucemia linfoide aguda (LLA) com apresentação de alterações oftalmológicas no início do quadro. Destacar a relevância da investigação interdisciplinar para correto manejo terapêutico de pacientes. Material e métodos: Análise criteriosa do prontuário de paciente ao longo de um período de quatro meses, discussão com equipe de hematologia e oftalmologia de hospital em Curitiba para melhor manejo clínico. Resultados: Paciente masculino, cinquenta e cinco anos, veio a consulta ambulatorial oftalmológica com quadro de quemose e hiperemia conjuntival em olho direito, baixa da acuidade visual, diplopia, pupilas fixas, impossibilidade de fechamento palpebral, ptose e redução da mobilidade ocular. Subsequentemente foi constatada a presença de linfonodomegalia submandibular direita, emagrecimento, sudorese e adinamia em fevereiro de 2021. Posteriormente o paciente foi diagnosticado com LLA e síndrome lise tumoral, e recebeu encaminhamento para oncologia, onde foi solicitado imunofenotipagem de sg periférico. Apresentou melhora gradual recebendo alta hospitalar em abril de 2021. Evolui com acometimento renal, linfonodal, cardíaco e pulmonar. Em maio de 2021, compareceu ao pronto socorro devido queixa em vias aéreas superiores, durante tratamento quimioterápico, que resultaram no óbito do paciente. Conclusão: O envolvimento conjuntival é a forma mais frequente de manifestação ocular em pacientes com leucemias linfocíticas, portanto, é imprescindível que seja valorizado e desperte o alerta para essa patologia. Destaca-se a importância de uma propedêutica direcionada em casos de alterações oculares atípicas, que podem ser a primeira manifestação de doenças sistêmicas graves.