J. Spira, E. Borges, Paula Gabriela Ribeiro Andrade, Cristiane Rabelo Lisboa, V. L. Lima
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Resultado: Das 72 pessoas com úlcera da perna, 54,2% eram solteiras, do sexo feminino (51,4%), de declararam negras (48,6%), com idade média de 39 anos, mediana de tempo de existência da úlcera foi de 3 anos e escore de dor entre ≥7 a ≤10 (40,3%). O principal prescritor do tratamento tópico era o médico (45,8%). A respeito do cuidado direto da úlcera, 66,7% pessoas realizavam o cuidado exclusivamente no domicílio, 15,3% no domicílio e na Unidade Básica de Saúde (UBS), 8,3% no serviço ambulatorial público, 5,6% exclusivamente na UBS e 4,2% no serviço privado. Os produtos mais utilizados no tratamento tópico eram colagenase (22,2%), coberturas especiais (19,4%), antibiótico tópico (15,3%) e AGE (9,7%). No que se refere ao intervalo da troca de curativo, 72,2% realizavam uma ou mais trocas/dia. O edema nos membros inferiores estava presente em 76,4% pessoas e 89% não utilizavam terapia para o controle do edema. 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DOENÇA FALCIFORME: O CUIDADO ÀS PESSOAS COM ÚLCERAS DA PERNA
Introdução: Úlceras da perna são uma das complicações da doença falciforme (DF), acomete principalmente homens com anemia falciforme (HbSS) na segunda década de vida. Elas são dolorosas, de difícil cicatrização e altas taxas de recidiva. O manejo, na maioria das vezes, fica a cargo de profissionais de enfermagem, que nem sempre têm o conhecimento suficiente para atender à demanda de cuidado requerida. Objetivo: Identificar o local de tratamento das pessoas com DF e úlcera da perna, bem como o tipo de tratamento recebido. Material e métodos: Estudo transversal, realizado em 11 centros da Fundação Hemominas, com pessoas com DF e com úlcera da perna ativa. A pesquisa foi aprovada pelos CEPs nos pareceres n° 08052818.3.0000.5149 e 08052818.3.3001.5118. Resultado: Das 72 pessoas com úlcera da perna, 54,2% eram solteiras, do sexo feminino (51,4%), de declararam negras (48,6%), com idade média de 39 anos, mediana de tempo de existência da úlcera foi de 3 anos e escore de dor entre ≥7 a ≤10 (40,3%). O principal prescritor do tratamento tópico era o médico (45,8%). A respeito do cuidado direto da úlcera, 66,7% pessoas realizavam o cuidado exclusivamente no domicílio, 15,3% no domicílio e na Unidade Básica de Saúde (UBS), 8,3% no serviço ambulatorial público, 5,6% exclusivamente na UBS e 4,2% no serviço privado. Os produtos mais utilizados no tratamento tópico eram colagenase (22,2%), coberturas especiais (19,4%), antibiótico tópico (15,3%) e AGE (9,7%). No que se refere ao intervalo da troca de curativo, 72,2% realizavam uma ou mais trocas/dia. O edema nos membros inferiores estava presente em 76,4% pessoas e 89% não utilizavam terapia para o controle do edema. Conclusão: A maioria dos participantes não recebia insumos e assistência sistematizada para o tratamento da úlcera.