Esther Carneiro Costa, Sarah Teixeira Almeida, Giovanna Matias Duarte, Letícia Santiago Capistrano
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Material e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da avaliação de 11 periódicos publicados entre 2013 e 2020. Destes, foram selecionados sete (7), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “Anemia Falciforme” e “Infarto esplênico”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: O sequestro esplênico possui instalação súbita, associado a queda rápida da concentração sanguínea de hemoglobina, com potencial evolução para choque hipovolêmico e morte se não tratado rapidamente. Destarte, a clínica é caracterizada por mal-estar, dor abdominal, sudorese, taquicardia e taquipneia, apresentando, além disso, intensa palidez e esplenomegalia, visualizados no exame físico. Diante disso, o manejo tem o fito de restituir a hemoglobina ao seu valor normal, mediante hidratação venosa e transfusão de hemácias. Ademais, estudos mostram que quase metade dos casos de sequestro esplênico reincidem, sendo, portanto, recomendada a realização da esplenectomia nos pacientes, pois o baço removido é hipofuncionante e a cirurgia não aumenta o risco de infecções já vigentes. Conclusão: Portanto, conclui-se que o sequestro esplênico é uma das intercorrências mais relevantes nas crianças com anemia falciforme, sendo necessárias medidas de educação precoce dos pais desses pacientes, com o fito de identificar os sinais e sintomas antecipadamente e prevenir a morbimortalidade dessa complicação.","PeriodicalId":212401,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-03-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"CARACTERIZAÇÃO E MANEJO DA CRISE DE SEQUESTRO ESPLÊNICO COMO COMPLICAÇÃO DA ANEMIA FALCIFORME\",\"authors\":\"Esther Carneiro Costa, Sarah Teixeira Almeida, Giovanna Matias Duarte, Letícia Santiago Capistrano\",\"doi\":\"10.51161/hematoclil/84\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária e autossômica, caracterizada por uma alteração na estrutura da hemoglobina. 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CARACTERIZAÇÃO E MANEJO DA CRISE DE SEQUESTRO ESPLÊNICO COMO COMPLICAÇÃO DA ANEMIA FALCIFORME
Introdução: A doença falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária e autossômica, caracterizada por uma alteração na estrutura da hemoglobina. Nesse espectro, tem-se a anemia falciforme, que requer a transmissão genética materna e paterna. A falcização modifica o fluxo sanguíneo e aumenta a adesão dos eritrócitos ao endotélio vascular, o que pode provocar estase, causando inúmeras complicações nos pacientes falcêmicos. Dentre elas, a crise de sequestro esplênico aguda é de grande gravidade, resultante do aprisionamento das células falciformes no baço. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura reconhecendo a crise de sequestro esplênico como importante causador de morbimortalidade na anemia falciforme. Material e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da avaliação de 11 periódicos publicados entre 2013 e 2020. Destes, foram selecionados sete (7), na base de dados PubMed e Scielo, utilizando como termos de pesquisa: “Anemia Falciforme” e “Infarto esplênico”, terminologias de acordo com o sistema de Descritores em Ciências da Saúde (DeCs). Resultados: O sequestro esplênico possui instalação súbita, associado a queda rápida da concentração sanguínea de hemoglobina, com potencial evolução para choque hipovolêmico e morte se não tratado rapidamente. Destarte, a clínica é caracterizada por mal-estar, dor abdominal, sudorese, taquicardia e taquipneia, apresentando, além disso, intensa palidez e esplenomegalia, visualizados no exame físico. Diante disso, o manejo tem o fito de restituir a hemoglobina ao seu valor normal, mediante hidratação venosa e transfusão de hemácias. Ademais, estudos mostram que quase metade dos casos de sequestro esplênico reincidem, sendo, portanto, recomendada a realização da esplenectomia nos pacientes, pois o baço removido é hipofuncionante e a cirurgia não aumenta o risco de infecções já vigentes. Conclusão: Portanto, conclui-se que o sequestro esplênico é uma das intercorrências mais relevantes nas crianças com anemia falciforme, sendo necessárias medidas de educação precoce dos pais desses pacientes, com o fito de identificar os sinais e sintomas antecipadamente e prevenir a morbimortalidade dessa complicação.