D-二聚体剂量评估COVID - 19感染患者静脉血栓栓塞风险

Waldemar de Brito Cavalcanti Neto, Thiago José Monteiro Borges da Silva Valente, Luciana Ramos Teixeira
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Foram encontrados 12 artigos, sem restrição de idioma. Resultados: Estudo brasileiro recente mostrou que níveis elevados de D-dímero são comuns em infecções virais no Brasil, como vírus Zika, associados a um aumento no risco de tromboembolismo. Foi evidenciado que pacientes não-COVID-19 os valores de D-dímero tem sido utilizados em sistemas de pontuação para identificar pacientes com risco TEV. Estudos relatam que a incidência de TEV em pacientes com COVID-19 varia de 8% a 69% com maior incidência entre os pacientes em UTI a alta incidência de TEV, sendo recomendado que todo paciente internado por suspeita ou confirmação de COVID-19 uso tromboprofilaxia, sendo fundamental a detecção precoce da doença. Alguns especialistas recomendam a triagem de TVP em pacientes com COVID-19 na admissão em UTI e a triagem de rotina para TEV com base apenas nos valores de D-dímero não seria ainda recomendada. 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摘要

简介:严重急性呼吸系统综合征病毒(SARS-CoV-2)感染表达血管紧张素转换酶2 (ACE2)表面受体的细胞,引起内皮炎症过程,易发生静脉血栓栓塞(vte)。静脉血栓栓塞风险的特征是D-二聚体水平的增加,这被认为是所有住院患者或有静脉血栓栓塞风险的患者所需要的COVID-19预后标志物。摘要目的:探讨COVID - 19患者D-二聚体水平升高与静脉血栓形成风险的关系。材料和方法:在Pubmed数据库(Medline)上进行文献综述,搜索词为:“D-二聚体”、“COVID-19”、“静脉血栓栓塞”。共发现12篇文章,没有语言限制。结果:巴西最近的一项研究表明,高水平的D-二聚体在巴西的病毒感染中很常见,如寨卡病毒,与血栓栓塞的风险增加有关。研究表明,非covid -19患者D-二聚体值已被用于评分系统,以识别有静脉血栓栓塞风险的患者。研究报告-19年COVID患者静脉血栓栓塞事件的发生率从8%到69%,发病率在重症病人罹患静脉血栓栓塞的发病率很高,建议所有住院病人被疑似或确诊的-19 COVID tromboprofilaxia使用基本疾病的早期检测。一些专家建议在icu入院时对COVID-19患者进行深静脉血栓筛查,目前还不建议仅基于D-二聚体值对静脉血栓栓塞进行常规筛查。随着COVID-19中静脉血栓栓塞的发生,一些中心改变了治疗方法,增加了D-二聚体值高的患者的抗凝预防剂量。虽然COVID-19患者D-二聚体升高,但目前还没有有效的截止值来区分冠状动脉血栓栓塞高危患者和COVID-19患者。静脉血栓栓塞的诊断不应仅仅基于D-二聚体值,需要临床研究来评估这个问题。结论:在目前的背景下,没有具体的证据来区分COVID-19患者中D-二聚体升高与静脉血栓形成的高风险。
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DOSAGEM DE D-DÍMERO PARA AVALIAÇÃO DE RISCO DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM PACIENTES INFECTADOS PELO COVID 19
Introdução: O vírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) infecta células que expressam os receptores de superfície da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) causando um processo inflamatório endotelial que predispõe ao tromboembolismo venoso (TEV). O risco de TEV é caracterizado pelo aumento dos níveis de D-dímero, sendo considerado um marcador de prognóstico da COVID-19 solicitado para todos os pacientes hospitalizados ou com risco de tromboembolismo venoso. Objetivo: Determinar a relação dos níveis elevados do D-dímero e o risco de TEV em pacientes infectados pelo COVID 19. Material e Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura na base Pubmed (Medline), utilizando os termos de pesquisa: “D-dímero” “COVID-19” “tromboembolismo venoso”. Foram encontrados 12 artigos, sem restrição de idioma. Resultados: Estudo brasileiro recente mostrou que níveis elevados de D-dímero são comuns em infecções virais no Brasil, como vírus Zika, associados a um aumento no risco de tromboembolismo. Foi evidenciado que pacientes não-COVID-19 os valores de D-dímero tem sido utilizados em sistemas de pontuação para identificar pacientes com risco TEV. Estudos relatam que a incidência de TEV em pacientes com COVID-19 varia de 8% a 69% com maior incidência entre os pacientes em UTI a alta incidência de TEV, sendo recomendado que todo paciente internado por suspeita ou confirmação de COVID-19 uso tromboprofilaxia, sendo fundamental a detecção precoce da doença. Alguns especialistas recomendam a triagem de TVP em pacientes com COVID-19 na admissão em UTI e a triagem de rotina para TEV com base apenas nos valores de D-dímero não seria ainda recomendada. Com da incidência de TEV na COVID-19 alguns centros mudarem a conduta, aumentando a dose profilática de anticoagulação em pacientes com valores altos de D-dímero. Embora os pacientes com COVID-19 apresentam uma elevação de D-dímero, ainda não há valor de corte validado para discriminar pacientes com alto risco de TEV em pacientes com COVID-19. O diagnóstico de TEV não deve ser baseado apenas nos valores de D-dímero sendo necessários estudos clínicos que avaliem essa questão. Conclusão: No contexto atual, ainda não há evidência concreta para discriminar, a elevação do D-dímero com alto risco de TEV em pacientes COVID-19.
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