D. Souza, Rafael Boito De Oliveira, Sabrina Favaretto, Lucas Do Prado, Dra. Maiara Conzatti
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Objetivos: Demonstrar a importância da investigação diagnóstica frente à suspeita de linfoma para garantir o seguimento adequado. Material e métodos: leitura do prontuário virtual do paciente associada à pesquisa bibliográfica nas plataformas “Scielo”, “Pubmed” e “Google Scholar”. Resultados - Relato de caso: paciente masculino, 57 anos, hipertenso e ex-tabagista, vem à consulta com queixa de lesão na virilha há 1 ano, com eventual crescimento. Nega perda de peso, febre, cansaço, fadiga, queixas urinárias e intestinais ou problemas na relação sexual. Refere que pai faleceu com diversas neoplasias, não soube relatar sítio primário. Ao exame físico, identificou-se em região inguinal esquerda nódulo móvel, indolor, de consistência pétrea, não aderido, medindo aproximadamente 4x3 cm. Inicialmente, foram solicitados testes rápidos, exames laboratoriais e ecografia da região com urgência. Em consulta de retorno, o paciente traz testes rápidos não reagentes e resultado de hemograma, plaquetas, creatinina e provas de função hepática normais. A ultrassonografia identificou alterações em linfonodos sugerindo infiltração neoplásica, dessa forma foram solicitadas tomografias de abdomen tórax contrastadas, biopsia de linfonodo inguinal, além de antígeno específico da próstata e desidrogenase láctica. Os exames de imagem demonstraram linfonodomegalias generalizadas, enquanto que os exames de sangue não demonstraram alterações. Paciente foi encaminhado ao oncologista que com auxílio da biópsia identificou um Linfoma Folicular de Baixo Grau. Devido à baixa gravidade foi mantida conduta expectante do caso por ora. 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A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA FRENTE À SUSPEITA DE LINFOMA: RELATO DE CASO
Introdução: Os linfomas são caracterizados por mais de 90 subtipos de neoplasias linfóides malignas, divididas basicamente entre Linfomas Não Hodgkin e Linfomas de Hodgkin. Cada tipo de linfoma apresenta suas particularidades referentes às manifestações clínicas, resposta terapêutica e prognóstico. Enquanto o Linfoma de Hodgkin apresenta as células Reed-Sternberg, o Linfoma não Hodgkin é originado de mutações em células B, T ou Natural Killers. Dentre os Linfomas não Hodgkin podemos citar o linfoma folicular – de crescimento lento, recidivas frequentes, inicialmente indolente e dificilmente curável, embora a expectativa de vida média dos pacientes se mostre longa. Objetivos: Demonstrar a importância da investigação diagnóstica frente à suspeita de linfoma para garantir o seguimento adequado. Material e métodos: leitura do prontuário virtual do paciente associada à pesquisa bibliográfica nas plataformas “Scielo”, “Pubmed” e “Google Scholar”. Resultados - Relato de caso: paciente masculino, 57 anos, hipertenso e ex-tabagista, vem à consulta com queixa de lesão na virilha há 1 ano, com eventual crescimento. Nega perda de peso, febre, cansaço, fadiga, queixas urinárias e intestinais ou problemas na relação sexual. Refere que pai faleceu com diversas neoplasias, não soube relatar sítio primário. Ao exame físico, identificou-se em região inguinal esquerda nódulo móvel, indolor, de consistência pétrea, não aderido, medindo aproximadamente 4x3 cm. Inicialmente, foram solicitados testes rápidos, exames laboratoriais e ecografia da região com urgência. Em consulta de retorno, o paciente traz testes rápidos não reagentes e resultado de hemograma, plaquetas, creatinina e provas de função hepática normais. A ultrassonografia identificou alterações em linfonodos sugerindo infiltração neoplásica, dessa forma foram solicitadas tomografias de abdomen tórax contrastadas, biopsia de linfonodo inguinal, além de antígeno específico da próstata e desidrogenase láctica. Os exames de imagem demonstraram linfonodomegalias generalizadas, enquanto que os exames de sangue não demonstraram alterações. Paciente foi encaminhado ao oncologista que com auxílio da biópsia identificou um Linfoma Folicular de Baixo Grau. Devido à baixa gravidade foi mantida conduta expectante do caso por ora. Conclusão: a compreensão das possíveis apresentações do Linfoma não Hodgkin, como a relatada no estudo, é fundamental para o melhor manejo possível e orientações adequadas ao paciente e à família.