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A canção Kikiô – uma discussão sobre as narrativas indígenas a partir dos arranjos nas gravações da banda Tarancón e de Almir Sater
Este artigo discute as narrativas indígenas sob a ótica da canção enquanto campo de diálogo entre música e literatura, considerando dois arranjos da música Kikiô, de Geraldo Espíndola: o primeiro é o da banda Tarancón (LP Mama Hue em 1988) e o outro na voz do cantor Almir Sater (CD O violeiro canta, em 2016). Para esta discussão trazemos o conceito de Outridade de Kilomba (2019) e as perspectivas de líderes e escritores indígenas como Kopenawa e Potiguara, com objetivo de responder questões como: Como uma canção pode conferir uma narrativa que protagoniza os povos originários? Em quais aspectos os arranjos contribuem para um espaço narrativo que se dialogue com a cultura dos povos originários? As análises foram guiadas pelos autores White (1976), Copland (2013) e Jardim (2016). Ao final da discussão os resultados apontaram as diferenças dos arranjos na questão da narrativa do mito Kikiô, demonstrando que a gravação da banda Tarancón contribui de forma contundente à narrativa dos povos originários, ao contemplar instrumentos primitivos e priorizar o aspecto vocal; já na gravação de Almir Sater vimos um arranjo que com sua roupagem eletrônica coloca em evidência o saxofone e suprime a letra sem dialogar com o universo indígena.