{"title":"团结经济中互惠的基本功能","authors":"L. Gaiger","doi":"10.25247/2447-861x.2023.n258.p28-49","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O propósito desse artigo é caracterizar conceitualmente a reciprocidade e demonstrar como desempenha uma função de vital importância na dinâmica dos empreendimentos de Economia Solidária. A partir principalmente das obras seminais de Marcel Mauss e Karl Polanyi, a reciprocidade é definida como um princípio socialmente vinculante, ao qual se soma um mecanismo prático de prestações e contraprestações reiterativas entre indivíduos, grupos e organizações. Argumenta-se que os empreendimentos solidários, estando fundamentados na lógica da reciprocidade, atuam como vetores da pluralidade econômica, à medida que alimentam várias lógicas e se contrapõem ao monismo do mercado. Eles acionam a reciprocidade como base integrativa da produção e circulação de bens, instilando-a no interior das formas de economia correspondentes aos demais princípios e, assim, expandindo a reciprocidade a todo o corpo social. Dessa forma, demonstram o papel crucial da associação e da cooperação produtiva como bases para a resolução de problemas, valorizando novas formas de solidariedade. Tais proposições encontram seu fundamento em revisões bibliográficas sucessivas, integradas a pesquisas empíricas diversas, com foco na realidade brasileira e de outros países.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"19 24","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A FUNÇÃO BASILAR DA RECIPROCIDADE NA ECONOMIA SOLIDÁRIA\",\"authors\":\"L. Gaiger\",\"doi\":\"10.25247/2447-861x.2023.n258.p28-49\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O propósito desse artigo é caracterizar conceitualmente a reciprocidade e demonstrar como desempenha uma função de vital importância na dinâmica dos empreendimentos de Economia Solidária. A partir principalmente das obras seminais de Marcel Mauss e Karl Polanyi, a reciprocidade é definida como um princípio socialmente vinculante, ao qual se soma um mecanismo prático de prestações e contraprestações reiterativas entre indivíduos, grupos e organizações. Argumenta-se que os empreendimentos solidários, estando fundamentados na lógica da reciprocidade, atuam como vetores da pluralidade econômica, à medida que alimentam várias lógicas e se contrapõem ao monismo do mercado. Eles acionam a reciprocidade como base integrativa da produção e circulação de bens, instilando-a no interior das formas de economia correspondentes aos demais princípios e, assim, expandindo a reciprocidade a todo o corpo social. Dessa forma, demonstram o papel crucial da associação e da cooperação produtiva como bases para a resolução de problemas, valorizando novas formas de solidariedade. Tais proposições encontram seu fundamento em revisões bibliográficas sucessivas, integradas a pesquisas empíricas diversas, com foco na realidade brasileira e de outros países.\",\"PeriodicalId\":176936,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades\",\"volume\":\"19 24\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-21\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2023.n258.p28-49\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2023.n258.p28-49","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A FUNÇÃO BASILAR DA RECIPROCIDADE NA ECONOMIA SOLIDÁRIA
O propósito desse artigo é caracterizar conceitualmente a reciprocidade e demonstrar como desempenha uma função de vital importância na dinâmica dos empreendimentos de Economia Solidária. A partir principalmente das obras seminais de Marcel Mauss e Karl Polanyi, a reciprocidade é definida como um princípio socialmente vinculante, ao qual se soma um mecanismo prático de prestações e contraprestações reiterativas entre indivíduos, grupos e organizações. Argumenta-se que os empreendimentos solidários, estando fundamentados na lógica da reciprocidade, atuam como vetores da pluralidade econômica, à medida que alimentam várias lógicas e se contrapõem ao monismo do mercado. Eles acionam a reciprocidade como base integrativa da produção e circulação de bens, instilando-a no interior das formas de economia correspondentes aos demais princípios e, assim, expandindo a reciprocidade a todo o corpo social. Dessa forma, demonstram o papel crucial da associação e da cooperação produtiva como bases para a resolução de problemas, valorizando novas formas de solidariedade. Tais proposições encontram seu fundamento em revisões bibliográficas sucessivas, integradas a pesquisas empíricas diversas, com foco na realidade brasileira e de outros países.