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negacionismo científico como prisão teológica da colonialidade e propostas libertadoras na relação entre ciência e fé
Neste ensaio teórico argumentamos que o negacionismo científico, visto antes da e durante a pandemia de covid-19, pode ser compreendido como uma prisão teológica colonial, que destrói outros conhecimentos e visões de mundo, especialmente em certos grupos evangélicos. Iniciamos com perguntas acerca da natureza das ciências naturais em nosso mundo e época, para depois traçar uma breve história do negacionismo científico em relação à importação de modelos teológicos desconectados das realidades brasileiras, especialmente dentro do contexto de denominações neopentecostais aprendendo e reproduzindo o discurso do criacionismo de terra jovem, vindo dos Estados Unidos. Buscamos, então, convergir os conceitos de colonialidade, de Catherine Walsh et al; ecologia dos saberes, de Souza, Menezes e Nunes; além dos modos de relação entre ciência e fé explorados por Ian Barbour, como o conflito, a independência, o diálogo e a integração, utilizando ideais oriundas do trabalho de Cootsona (2018) para oferecer uma perspectiva teórica de abordagem decolonial possível em sala de aula no ensino de ciências naturais, com o fim de mitigar conflitos com e entre os alunos, considerados em suas individualidades e contextos culturais e religiosos, bem como oferecer aos professores algumas possibilidades de diálogo e integração com o currículo de ciências da natureza no Brasil.