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Neste escrito, discorremos acerca da produção de espaços discursivos de confinamento para os animais no ensino de Biologia. Apoiados em teorizações do campo da História do Currículo, concebemos esses espaços atuando de maneira produtiva sobre os animais que os habitam, normalizando os mesmos através de aspectos psicológicos e pedagógicos do ensino. Lançando mão da análise de livros didáticos e artigos científicos, apresentamos espacialidades advindas de práticas discursivas da disciplina escolar Biologia. Ponderamos que, ao habitarem espaços ecológicos, periculosos, evolutivos, econômicos, quantitativos, experienciais e populares, processos alquímicos produzem, simultaneamente, quem os animais e as crianças são ou deveriam ser. Desse modo, consideramos os animais como sujeitos políticos da escolarização, cujos modos de existência são regulados, dentre outras ordens, pelo confinamento curricular.